O Cachimbo de Magritte: Os Congressos é que eram emotivos e tal

19-12-2009
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A confirmarem-se os números da mobilização de votos nestas eleições directas do PPD-PSD, não deixa de ser tentador e paradoxal compará-los com as certidões de óbito e os atestados ao moribundo que abundaram em jornais e blogues. Como é possível que algumas pessoas continuem passados tantos anos a não perceber a dinâmica deste partido? Sobretudo das suas coisas mais simples e sólidas: as bases. A penetração que o partido tem na sociedade é extraordinária, assim como o é a sua capacidade de mobilização para uma votação alegadamente pouco empolgante destinada a eleger, a acreditar nos oráculos do regime, o derrotado de 2009.Sem ser extraordinariamente surpreendente, não deixa de impressionar a forte derrota que um certo establishment do partido sofreu. Alternando maioritariamente entre a ausência e um apoio meramente institucional, nunca entrou verdadeiramente na disputa e conquista dos votos, apostando timidamente na eleição de um regente que garantisse serviços mínimos, mas com o qual não se poderiam confundir em demasia. Já se percebeu que as contas sairam mal.Regista-se então a continuidade da força eleitoral do PPD-PSD, e lança-se um aviso forte às "elites" do partido sempre que estas rejeitem a participação "de facto" em disputas eleitorais. Ambos são factores positivos e, assim de repente, não me lembro de mais nada positivo que resulte destas eleições.


A confirmarem-se os números da mobilização de votos nestas eleições directas do PPD-PSD, não deixa de ser tentador e paradoxal compará-los com as certidões de óbito e os atestados ao moribundo que abundaram em jornais e blogues. Como é possível que algumas pessoas continuem passados tantos anos a não perceber a dinâmica deste partido? Sobretudo das suas coisas mais simples e sólidas: as bases. A penetração que o partido tem na sociedade é extraordinária, assim como o é a sua capacidade de mobilização para uma votação alegadamente pouco empolgante destinada a eleger, a acreditar nos oráculos do regime, o derrotado de 2009.Sem ser extraordinariamente surpreendente, não deixa de impressionar a forte derrota que um certo establishment do partido sofreu. Alternando maioritariamente entre a ausência e um apoio meramente institucional, nunca entrou verdadeiramente na disputa e conquista dos votos, apostando timidamente na eleição de um regente que garantisse serviços mínimos, mas com o qual não se poderiam confundir em demasia. Já se percebeu que as contas sairam mal.Regista-se então a continuidade da força eleitoral do PPD-PSD, e lança-se um aviso forte às "elites" do partido sempre que estas rejeitem a participação "de facto" em disputas eleitorais. Ambos são factores positivos e, assim de repente, não me lembro de mais nada positivo que resulte destas eleições.

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