O Cachimbo de Magritte: Não me lixes pá

29-05-2010
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Tomo a liberdade de me intrometer no debate sobre a melhor canção de amor de sempre, travado aqui entre o André Pessoa e o Jorge C. Os senhores Cohen, Dylan e Cave parecem-me muito bem, camaradas, mas o Elvis?...Aproveitando a maré de atrevimento, deixo a minha santíssima trindade: "Hallellujah", também do Cohen, "Hard Love", na versão da June Tabor (garanto que a escolha não se deve só a uma eterna paixoneta adolescente pela dama), e sobretudo o inigualável, insuperável, extraordinário, grandioso, majestoso, sumptuoso, glorioso e todos os adjectivos magnificentes que encontrarem "Ne me quitte pas", do inigualável etc. Jacques Brel. O facto de os críticos de música do Público traduzirem possivelmente o título de tal cume do génio humano por "Não me lixes pá", lapso freudiano mais fiel ao espírito sacudido dos tempos do que à chanson original, não será motivo que nos impeça de olhar para lá do muro saxão na demanda das mais belas palavras de amor já entregues ao vinil.Aliás, ó Morgado, em vez de estares praí com o Nobel da Ciência Política, porque é que não lanças um prémio para a melhor canção de amor (pá)?


Tomo a liberdade de me intrometer no debate sobre a melhor canção de amor de sempre, travado aqui entre o André Pessoa e o Jorge C. Os senhores Cohen, Dylan e Cave parecem-me muito bem, camaradas, mas o Elvis?...Aproveitando a maré de atrevimento, deixo a minha santíssima trindade: "Hallellujah", também do Cohen, "Hard Love", na versão da June Tabor (garanto que a escolha não se deve só a uma eterna paixoneta adolescente pela dama), e sobretudo o inigualável, insuperável, extraordinário, grandioso, majestoso, sumptuoso, glorioso e todos os adjectivos magnificentes que encontrarem "Ne me quitte pas", do inigualável etc. Jacques Brel. O facto de os críticos de música do Público traduzirem possivelmente o título de tal cume do génio humano por "Não me lixes pá", lapso freudiano mais fiel ao espírito sacudido dos tempos do que à chanson original, não será motivo que nos impeça de olhar para lá do muro saxão na demanda das mais belas palavras de amor já entregues ao vinil.Aliás, ó Morgado, em vez de estares praí com o Nobel da Ciência Política, porque é que não lanças um prémio para a melhor canção de amor (pá)?

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