O Monárquico

03-08-2010
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HedonismoÉ quarta-feira e a noite já caiu sobre a cidade. Cometi o erro de ir fazer umas compras rápidas a um shopping da moda. Tudo aquilo que vejo, as pessoas que passam, os artíficies das lojas, a multidão que se empurra, que se acotovela, que luta por um qualquer vestido para o baile de máscaras que representará a ascenção social. Contra tudo isto me esforço diariamente: a luta contra a ordem burguesa da medíocridade, sensaboria, vulgaridade; o engano duma sociedade dedicada ao hedonismo, na qual tudo se torna causa de irritação e suplício.À nossa volta uma ideia de felicidade materialista e todos nós preferimos ser felizes a ser sublimes ou salvos. De nada serve a herança espiritual, a liberdade, ou mesmo o amor. Tudo o que compramos, o que vêmos e o que idolatramos, tem um sabor amargo e fútil. São breves consolações sobre a miséria diária da nossa condição. Nas prateleiras do consumismo somos empaturrados, saturados como um bebé alimentado à colherada. No final continuamos sempre com fome, sem nos apercebermos que nada daquilo nos fortalece.


HedonismoÉ quarta-feira e a noite já caiu sobre a cidade. Cometi o erro de ir fazer umas compras rápidas a um shopping da moda. Tudo aquilo que vejo, as pessoas que passam, os artíficies das lojas, a multidão que se empurra, que se acotovela, que luta por um qualquer vestido para o baile de máscaras que representará a ascenção social. Contra tudo isto me esforço diariamente: a luta contra a ordem burguesa da medíocridade, sensaboria, vulgaridade; o engano duma sociedade dedicada ao hedonismo, na qual tudo se torna causa de irritação e suplício.À nossa volta uma ideia de felicidade materialista e todos nós preferimos ser felizes a ser sublimes ou salvos. De nada serve a herança espiritual, a liberdade, ou mesmo o amor. Tudo o que compramos, o que vêmos e o que idolatramos, tem um sabor amargo e fútil. São breves consolações sobre a miséria diária da nossa condição. Nas prateleiras do consumismo somos empaturrados, saturados como um bebé alimentado à colherada. No final continuamos sempre com fome, sem nos apercebermos que nada daquilo nos fortalece.

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