O Monárquico

03-08-2010
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The Darjeeling LimitedViagem espiritual de três irmãos (Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman) pela India, terra de gurus, exotismo e iluminação espiritual, tentando arranjar um sentido para a vida, algo que a transforme ou a modele. O comboio, que Bill Murray não consegue apanhar logo no início, tem o nome do título do filme e leva os três irmãos a uma série de descobertas pessoais que os une novamente.Muito dificilmente poderemos apelidar este filme dentro do género comédia. Mas tem características muito criativas. O cenário e música de fundo são predominantemente indianos (mas não procure aqui uma linha coerente), o visual é absolutamente retro e o estilo predominante é o dos anos setenta. Os actores são excelentes e suportam grande parte do filme, mas uma das grandes mais-valias é a realização de Wes Anderson, que também é um dos produtores e escritores de serviço. Owen Wilson está fantástico, Jason Schwartzman (também escreveu o argumento) brilhante e Adrien Brody fenomenal.É curioso e muito interessante que Owen Wilson tenha feito um filme destes, menos cómico do que é costume e de descoberta pessoal, depois da tentativa de suicidio e fase difícil da sua vida, ligada às drogas e a dependências.O argumento é inteligente. Aliás, há cada vez menos guiões medíocres em Hollywood e os profetas da desgraça, que clamam pela qualidade do cinema europeu e brasileiro, têm muito a aprender com a meca do cinema. Mesmo em filmes sem grandes objectivos ou sabedorias inerentes, há sempre algo de bom em obras com bons argumentistas - e os melhores estão na costa ocidental e oriental dos EUA, quer se queira ou não. As melhores escolas do ramo também são lá, quer se queira ou não, porque o ensino clássico europeu não se compatibiza com este género de escrita criativa.


The Darjeeling LimitedViagem espiritual de três irmãos (Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman) pela India, terra de gurus, exotismo e iluminação espiritual, tentando arranjar um sentido para a vida, algo que a transforme ou a modele. O comboio, que Bill Murray não consegue apanhar logo no início, tem o nome do título do filme e leva os três irmãos a uma série de descobertas pessoais que os une novamente.Muito dificilmente poderemos apelidar este filme dentro do género comédia. Mas tem características muito criativas. O cenário e música de fundo são predominantemente indianos (mas não procure aqui uma linha coerente), o visual é absolutamente retro e o estilo predominante é o dos anos setenta. Os actores são excelentes e suportam grande parte do filme, mas uma das grandes mais-valias é a realização de Wes Anderson, que também é um dos produtores e escritores de serviço. Owen Wilson está fantástico, Jason Schwartzman (também escreveu o argumento) brilhante e Adrien Brody fenomenal.É curioso e muito interessante que Owen Wilson tenha feito um filme destes, menos cómico do que é costume e de descoberta pessoal, depois da tentativa de suicidio e fase difícil da sua vida, ligada às drogas e a dependências.O argumento é inteligente. Aliás, há cada vez menos guiões medíocres em Hollywood e os profetas da desgraça, que clamam pela qualidade do cinema europeu e brasileiro, têm muito a aprender com a meca do cinema. Mesmo em filmes sem grandes objectivos ou sabedorias inerentes, há sempre algo de bom em obras com bons argumentistas - e os melhores estão na costa ocidental e oriental dos EUA, quer se queira ou não. As melhores escolas do ramo também são lá, quer se queira ou não, porque o ensino clássico europeu não se compatibiza com este género de escrita criativa.

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