É exasperante ouvir, vez e vez seguida, que "nenhuma capital europeia tem um aeroporto no seu centro", e Lisboa tem-no, logo é preciso mandar o aeroporto da Portela bem para longe.A grande proximidade do aeroporto de Lisboa ao seu centro é uma vantagem relativamente a outros destinos. Ao deslocá-lo para longe, a cidade não fica mais igual ao padrão europeu, fica pior — e mais indistinta. Ao fazerem a sua lista de preferências, os viajantes agora darão a Lisboa uma classificação inferior. O mau não pode ser bom. Tal como não pode ser bom todo o progresso que será criado "de raiz" na dita cidade aeroportuária, quando na verdade todo o investimento terá de ser desviado — arrastado — para longe do seu natural enquadramento.Os europeus não têm, a poucos quilómetros da cidade, praias como as da linha de Cascais e da linha da Caparica. Há que as desactivar, investindo noutros acessos ao mar, mais longe? Com que vantagens? E é verdade que a maior parte das capitais europeias não tem rio e mar. Podia ser boa ideia recuar Lisboa para o interior da Estremadura. Se poucas cidades europeias têm tanta insolação, que confere a Lisboa a sua famosa luminosidade e clima ameno, talvez fosse melhor obrigar as pessoas a trabalhar às escuras, para simular climas menos mediterrâneos. E, se por inspiração divina fossemos o povo mais esforçado do mundo, bem podíamos trabalhar com uma só mão.
É exasperante ouvir, vez e vez seguida, que "nenhuma capital europeia tem um aeroporto no seu centro", e Lisboa tem-no, logo é preciso mandar o aeroporto da Portela bem para longe.A grande proximidade do aeroporto de Lisboa ao seu centro é uma vantagem relativamente a outros destinos. Ao deslocá-lo para longe, a cidade não fica mais igual ao padrão europeu, fica pior — e mais indistinta. Ao fazerem a sua lista de preferências, os viajantes agora darão a Lisboa uma classificação inferior. O mau não pode ser bom. Tal como não pode ser bom todo o progresso que será criado "de raiz" na dita cidade aeroportuária, quando na verdade todo o investimento terá de ser desviado — arrastado — para longe do seu natural enquadramento.Os europeus não têm, a poucos quilómetros da cidade, praias como as da linha de Cascais e da linha da Caparica. Há que as desactivar, investindo noutros acessos ao mar, mais longe? Com que vantagens? E é verdade que a maior parte das capitais europeias não tem rio e mar. Podia ser boa ideia recuar Lisboa para o interior da Estremadura. Se poucas cidades europeias têm tanta insolação, que confere a Lisboa a sua famosa luminosidade e clima ameno, talvez fosse melhor obrigar as pessoas a trabalhar às escuras, para simular climas menos mediterrâneos. E, se por inspiração divina fossemos o povo mais esforçado do mundo, bem podíamos trabalhar com uma só mão.
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É exasperante ouvir, vez e vez seguida, que "nenhuma capital europeia tem um aeroporto no seu centro", e Lisboa tem-no, logo é preciso mandar o aeroporto da Portela bem para longe.A grande proximidade do aeroporto de Lisboa ao seu centro é uma vantagem relativamente a outros destinos. Ao deslocá-lo para longe, a cidade não fica mais igual ao padrão europeu, fica pior — e mais indistinta. Ao fazerem a sua lista de preferências, os viajantes agora darão a Lisboa uma classificação inferior. O mau não pode ser bom. Tal como não pode ser bom todo o progresso que será criado "de raiz" na dita cidade aeroportuária, quando na verdade todo o investimento terá de ser desviado — arrastado — para longe do seu natural enquadramento.Os europeus não têm, a poucos quilómetros da cidade, praias como as da linha de Cascais e da linha da Caparica. Há que as desactivar, investindo noutros acessos ao mar, mais longe? Com que vantagens? E é verdade que a maior parte das capitais europeias não tem rio e mar. Podia ser boa ideia recuar Lisboa para o interior da Estremadura. Se poucas cidades europeias têm tanta insolação, que confere a Lisboa a sua famosa luminosidade e clima ameno, talvez fosse melhor obrigar as pessoas a trabalhar às escuras, para simular climas menos mediterrâneos. E, se por inspiração divina fossemos o povo mais esforçado do mundo, bem podíamos trabalhar com uma só mão.
É exasperante ouvir, vez e vez seguida, que "nenhuma capital europeia tem um aeroporto no seu centro", e Lisboa tem-no, logo é preciso mandar o aeroporto da Portela bem para longe.A grande proximidade do aeroporto de Lisboa ao seu centro é uma vantagem relativamente a outros destinos. Ao deslocá-lo para longe, a cidade não fica mais igual ao padrão europeu, fica pior — e mais indistinta. Ao fazerem a sua lista de preferências, os viajantes agora darão a Lisboa uma classificação inferior. O mau não pode ser bom. Tal como não pode ser bom todo o progresso que será criado "de raiz" na dita cidade aeroportuária, quando na verdade todo o investimento terá de ser desviado — arrastado — para longe do seu natural enquadramento.Os europeus não têm, a poucos quilómetros da cidade, praias como as da linha de Cascais e da linha da Caparica. Há que as desactivar, investindo noutros acessos ao mar, mais longe? Com que vantagens? E é verdade que a maior parte das capitais europeias não tem rio e mar. Podia ser boa ideia recuar Lisboa para o interior da Estremadura. Se poucas cidades europeias têm tanta insolação, que confere a Lisboa a sua famosa luminosidade e clima ameno, talvez fosse melhor obrigar as pessoas a trabalhar às escuras, para simular climas menos mediterrâneos. E, se por inspiração divina fossemos o povo mais esforçado do mundo, bem podíamos trabalhar com uma só mão.