III (Acessibilidade e Eliminação das Barreiras Arquitectónicas)

23-12-2009
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«Acessível: que se pode atingir, alcançar ou obter facilmente; compreensível; aberto; comunicativo; tratável. Do latim, praticável, inteligível». É assim que os dicionários da Porto Editora explicam o conceito da acessibilidade. É assim que o pretendemos aplicar em Lisboa, para potenciar a integração social das pessoas portadoras de deficiência que aqui tentam mover-se. Garantir a acessibilidade é assegurar o exercício de cidadania e de autonomia às pessoas com deficiência. Em cada passeio, em todos os licenciamentos de novas construções, em qualquer espaço público, a acessibilidade deixa de ser uma opção cuidadosa para se tornar numa obrigação elementar.Trataremos igualmente de identificar as carências a nível das infraestruturas comuns e dos transportes públicos. Os estudos revelam que a intervenção nos autocarros para facilitar a mobilidade teve um impacto directo na economia de tempo das carreiras agilizando os movimentos de todos os passageiros, independentemente de serem ou não portadores de deficiência. Sabemos que a Lei já acompanha este espírito e estabelece mínimos para a sua concretização e nem sempre é observada. Mas queremos mais ambição na planificação dos novos edifícios e do espaço urbano, na semaforização para invisuais, em geral, na eliminação das barreiras arquitectónicas.É com sentido de compromisso que assumimos um papel interveniente na área da mobilidade reduzida. Continuaremos a trabalhar, em conjunto, com instituições que se batem fortemente por uma igualdade de oportunidades na mobilidade.Estima-se que o PIB de um País é afectado negativamente em cerca de 7% por causa da não inclusão de portadores de deficiência, estando 10% da população numa situação de mobilidade reduzida. Em qualquer Capital europeia é natural verem-se pessoas de cadeiras de rodas na rua, em restaurantes, museus, autocarros. Nestas cidades, para além do sentido de equidade social, já se reconheceu o benefício económico da inclusão destas pessoas.Para além disso, toda a acessibilidade produz maior qualidade de vida para quem transporta carrinhos de bébé, «trolleys» de compras, idosos, grávidas e acidentados com dificuldade de locomoção. A acessibilidade é, ainda, um factor de competitividade para qualquer destino turístico, ainda mais quando se assiste ao envelhecimento dos grupos de turistas que mais disponibilidade têm para viajar. A criação de acessibilidade é um indicador de visão de futuro na medida em que prepara uma maior autonomia para um número crescente de «utentes», tal como indicam as previsões demográficas mais realistas. A simples presença de uma rampa ou de uma calha elevatória para transpor escadas torna mais evidente a dificuldade que outros têm em movimentar-se. Torna-nos mais humanos, solidários. Todos somos um só, na mesma Cidade. Assim se constrói Comunidade. Com sentido.Dia 17 - Cinco Sentidos - IV (Mobilidade e Uso Sistemático dos Transportes Públicos)


«Acessível: que se pode atingir, alcançar ou obter facilmente; compreensível; aberto; comunicativo; tratável. Do latim, praticável, inteligível». É assim que os dicionários da Porto Editora explicam o conceito da acessibilidade. É assim que o pretendemos aplicar em Lisboa, para potenciar a integração social das pessoas portadoras de deficiência que aqui tentam mover-se. Garantir a acessibilidade é assegurar o exercício de cidadania e de autonomia às pessoas com deficiência. Em cada passeio, em todos os licenciamentos de novas construções, em qualquer espaço público, a acessibilidade deixa de ser uma opção cuidadosa para se tornar numa obrigação elementar.Trataremos igualmente de identificar as carências a nível das infraestruturas comuns e dos transportes públicos. Os estudos revelam que a intervenção nos autocarros para facilitar a mobilidade teve um impacto directo na economia de tempo das carreiras agilizando os movimentos de todos os passageiros, independentemente de serem ou não portadores de deficiência. Sabemos que a Lei já acompanha este espírito e estabelece mínimos para a sua concretização e nem sempre é observada. Mas queremos mais ambição na planificação dos novos edifícios e do espaço urbano, na semaforização para invisuais, em geral, na eliminação das barreiras arquitectónicas.É com sentido de compromisso que assumimos um papel interveniente na área da mobilidade reduzida. Continuaremos a trabalhar, em conjunto, com instituições que se batem fortemente por uma igualdade de oportunidades na mobilidade.Estima-se que o PIB de um País é afectado negativamente em cerca de 7% por causa da não inclusão de portadores de deficiência, estando 10% da população numa situação de mobilidade reduzida. Em qualquer Capital europeia é natural verem-se pessoas de cadeiras de rodas na rua, em restaurantes, museus, autocarros. Nestas cidades, para além do sentido de equidade social, já se reconheceu o benefício económico da inclusão destas pessoas.Para além disso, toda a acessibilidade produz maior qualidade de vida para quem transporta carrinhos de bébé, «trolleys» de compras, idosos, grávidas e acidentados com dificuldade de locomoção. A acessibilidade é, ainda, um factor de competitividade para qualquer destino turístico, ainda mais quando se assiste ao envelhecimento dos grupos de turistas que mais disponibilidade têm para viajar. A criação de acessibilidade é um indicador de visão de futuro na medida em que prepara uma maior autonomia para um número crescente de «utentes», tal como indicam as previsões demográficas mais realistas. A simples presença de uma rampa ou de uma calha elevatória para transpor escadas torna mais evidente a dificuldade que outros têm em movimentar-se. Torna-nos mais humanos, solidários. Todos somos um só, na mesma Cidade. Assim se constrói Comunidade. Com sentido.Dia 17 - Cinco Sentidos - IV (Mobilidade e Uso Sistemático dos Transportes Públicos)

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