Imagem da necrópsia do macho de águia imperial abatido. O relatório da necrópsia pode ser lido aqui.A propósito da águia imperial morta no ano passado e subsequentes discussões escrevi alguns posts há tempos, aqui e aqui, por exemplo.O Secretário de Estado Ambiente terá dito este sábado:"Humberto Rosa referiu, também, o caso da águia imperial, que nos anos 70 deixou de nidificar em Portugal. “Nos anos 2000 e tal começou a haver um casal, mas em Fevereiro de 2009 o macho foi abatido por caça ilegal e deixámos novamente de ter nidificação. Hoje, em 2010, temos nove casais, cinco confirmadamente nidificando, três que estão de volta, em Barrancos, no Baixo Alentejo, em Idanha, Castelo Branco"A Ministra do Ambiente terá dito:"os peritos e técnicos transmitem-nos boas expetativas de vermos continuar a aumentar a população' destas aves."Vamos esquecer as justificações, que são meramente políticas e sem nada que as suporte, vamos admitir que há eventualmente algum exagero na contabilização (não sei se há) e mesmo assim o que vemos na evolução da águia imperial é exactamente o que tinha sido previsto neste blog (mas não pelas associações que usaram a dramatização do costume): a morte do macho de um casal de águia imperial é um caso de polícia, mas está longe de ser um problema importante de conservação.Não tenhamos dúvidas: se as populações de coelho continuarem a recuperar como aparentemente estão, também recuperarão os predadores que lhe estão associados, incluindo o lince e o lobo ao Sul do Douro.Esqueçam as estradas, as barragens, os fios eléctricos, a perturbação, a caça e essas coisas todas que pontualmente e em algumas circunstâncias podem de facto ter algum impacto porque o que estas espécies têm é fome.henrique pereira dos santos
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Imagem da necrópsia do macho de águia imperial abatido. O relatório da necrópsia pode ser lido aqui.A propósito da águia imperial morta no ano passado e subsequentes discussões escrevi alguns posts há tempos, aqui e aqui, por exemplo.O Secretário de Estado Ambiente terá dito este sábado:"Humberto Rosa referiu, também, o caso da águia imperial, que nos anos 70 deixou de nidificar em Portugal. “Nos anos 2000 e tal começou a haver um casal, mas em Fevereiro de 2009 o macho foi abatido por caça ilegal e deixámos novamente de ter nidificação. Hoje, em 2010, temos nove casais, cinco confirmadamente nidificando, três que estão de volta, em Barrancos, no Baixo Alentejo, em Idanha, Castelo Branco"A Ministra do Ambiente terá dito:"os peritos e técnicos transmitem-nos boas expetativas de vermos continuar a aumentar a população' destas aves."Vamos esquecer as justificações, que são meramente políticas e sem nada que as suporte, vamos admitir que há eventualmente algum exagero na contabilização (não sei se há) e mesmo assim o que vemos na evolução da águia imperial é exactamente o que tinha sido previsto neste blog (mas não pelas associações que usaram a dramatização do costume): a morte do macho de um casal de águia imperial é um caso de polícia, mas está longe de ser um problema importante de conservação.Não tenhamos dúvidas: se as populações de coelho continuarem a recuperar como aparentemente estão, também recuperarão os predadores que lhe estão associados, incluindo o lince e o lobo ao Sul do Douro.Esqueçam as estradas, as barragens, os fios eléctricos, a perturbação, a caça e essas coisas todas que pontualmente e em algumas circunstâncias podem de facto ter algum impacto porque o que estas espécies têm é fome.henrique pereira dos santos