Serpente Emplumada: Tentação das Almas Condenadas

21-05-2011
marcar artigo


Senhor, se o cálice é para mim, se é para ser bebido, que o tornes amargo e insuportável aos sentidos, assim me lembrarás o que sou. Torna-o, pois, Senhor, de vagaroso beber, para que não precises de recordar-me tantas vezes o quão imperfeito sou. Se o cálice é para ser por mim bebido, deixa-me deitar-lhe fogo, assim me lembrarei de mais alguns males que tenha provocado. Se o Cálice, Senhor, está vazio (o que duvido), deixa-me enchê-lo de beijos, assim verás como o engano é doce, e a Serpente astuta. Se não é para ser bebido o que o cálice contém, para que me enganas com o oferecer-mo?Se o Cálice é Silêncio, oculto até no seu revelar, porque o procuramos sem cessar, para o fazer calar...Aqui é Silêncio porque simplesmente não sei a resposta. Nem a poderia saber, sob o risco do cálice não ser o Cálice.


Senhor, se o cálice é para mim, se é para ser bebido, que o tornes amargo e insuportável aos sentidos, assim me lembrarás o que sou. Torna-o, pois, Senhor, de vagaroso beber, para que não precises de recordar-me tantas vezes o quão imperfeito sou. Se o cálice é para ser por mim bebido, deixa-me deitar-lhe fogo, assim me lembrarei de mais alguns males que tenha provocado. Se o Cálice, Senhor, está vazio (o que duvido), deixa-me enchê-lo de beijos, assim verás como o engano é doce, e a Serpente astuta. Se não é para ser bebido o que o cálice contém, para que me enganas com o oferecer-mo?Se o Cálice é Silêncio, oculto até no seu revelar, porque o procuramos sem cessar, para o fazer calar...Aqui é Silêncio porque simplesmente não sei a resposta. Nem a poderia saber, sob o risco do cálice não ser o Cálice.

marcar artigo