O montante do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização vai ajudar mais de 1500 trabalhadores despedidos do sector têxtil no Norte e Centro do país.Lusa15:54 Sexta-feira, 13 de Nov de 2009A Comissão Europeia entregou hoje a Portugal quase 833 mil euros do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização para ajudar 1504 trabalhadores despedidos de 49 empresas do sector têxtil no Norte e Centro do país. O pedido de 832.800 euros foi feito em Janeiro, autorizado por Bruxelas em Junho e recebeu luz verde do Parlamento e Conselho europeus em Setembro. Os trabalhadores envolvidos ficaram desempregados entre Fevereiro e Novembro de 2008 e este valor destina-se a facilitar o seu regresso ao mercado de trabalho. O Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), com um limite anual de 500 milhões de euros, foi criado para prestar apoio complementar aos trabalhadores afectados pelas mutações na estrutura do comércio mundial e para contribuir para a sua reinserção no mercado de trabalho.Norte é especialista no sectorO custo estimado do pacote de assistência, que incluirá medidas de orientação de carreira, formação profissional, apoio ao empreendedorismo e reconhecimento e certificação de competências para os trabalhadores despedidos, ascende a 1,6 milhões de euros, 832.800 dos quais solicitados ao FEG. Segundo dados de Bruxelas, o Norte de Portugal é a região da União Europeia (UE) que mais especialização concentra no sector dos têxteis e do vestuário. Em termos de emprego nesta região, o sector representa mais de 14% do total da mão-de-obra. Na região Centro, as indústrias dos têxteis e do vestuário absorvem 15% do emprego na indústria. Na sequência do término do Acordo Multifibras da Organização Mundial do Comércio no final de 2004, quase duplicaram as importações de artigos têxteis e de vestuário para a UE provenientes de países com produção mais barata. Os produtores comunitários, incluindo os portugueses, foram confrontados com um mercado muito competitivo. Por outro lado, grande parte da produção foi deslocalizada da UE para países de baixo custo (China e Índia, em especial).Fonte: ExpressoComentário pessoal:Mais um paliativo para a industria têxtil portuguesa (empresários e trabalhadores).Não há qualquer referencia à ajuda para a evolução, motivação, desenvolvimento das empresas da industria têxtil, apenas se pode depreender que a OMC em perfeita sintonia com a CE, já decidiram a morte da nossa industria têxtil, com a assinatura de diversos acordos que me parecem “encomendados” pelos lobys representativos das multinacionais ávidas de lucro a todo o custo.Se queremos que as empresas a nível internacional, sejam prosperas e contribuam para melhorar a economia de cada país, algo tem que ser feito para dificultar (taxando, contingentando, aplicando medidas anti-dumping – social), a concorrência desleal de alguns países, que não têm qualquer respeito pelo ser humano, que não cumprem os mais elementares direitos humanos, que tratam as pessoas como escravos, que exploram a mão-de-obra infantil. Que raio de organização é esta “OMC” que se limita a liberalizar (facilitismo, desregulação) sem qualquer padrão de exigência? Não tenho qualquer dúvida que a postura da OMC, foi uma das grandes causadoras da crise económica (e não só) que ainda tentamos ultrapassar. João Pala (augustopala@gmail.com)
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O montante do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização vai ajudar mais de 1500 trabalhadores despedidos do sector têxtil no Norte e Centro do país.Lusa15:54 Sexta-feira, 13 de Nov de 2009A Comissão Europeia entregou hoje a Portugal quase 833 mil euros do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização para ajudar 1504 trabalhadores despedidos de 49 empresas do sector têxtil no Norte e Centro do país. O pedido de 832.800 euros foi feito em Janeiro, autorizado por Bruxelas em Junho e recebeu luz verde do Parlamento e Conselho europeus em Setembro. Os trabalhadores envolvidos ficaram desempregados entre Fevereiro e Novembro de 2008 e este valor destina-se a facilitar o seu regresso ao mercado de trabalho. O Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), com um limite anual de 500 milhões de euros, foi criado para prestar apoio complementar aos trabalhadores afectados pelas mutações na estrutura do comércio mundial e para contribuir para a sua reinserção no mercado de trabalho.Norte é especialista no sectorO custo estimado do pacote de assistência, que incluirá medidas de orientação de carreira, formação profissional, apoio ao empreendedorismo e reconhecimento e certificação de competências para os trabalhadores despedidos, ascende a 1,6 milhões de euros, 832.800 dos quais solicitados ao FEG. Segundo dados de Bruxelas, o Norte de Portugal é a região da União Europeia (UE) que mais especialização concentra no sector dos têxteis e do vestuário. Em termos de emprego nesta região, o sector representa mais de 14% do total da mão-de-obra. Na região Centro, as indústrias dos têxteis e do vestuário absorvem 15% do emprego na indústria. Na sequência do término do Acordo Multifibras da Organização Mundial do Comércio no final de 2004, quase duplicaram as importações de artigos têxteis e de vestuário para a UE provenientes de países com produção mais barata. Os produtores comunitários, incluindo os portugueses, foram confrontados com um mercado muito competitivo. Por outro lado, grande parte da produção foi deslocalizada da UE para países de baixo custo (China e Índia, em especial).Fonte: ExpressoComentário pessoal:Mais um paliativo para a industria têxtil portuguesa (empresários e trabalhadores).Não há qualquer referencia à ajuda para a evolução, motivação, desenvolvimento das empresas da industria têxtil, apenas se pode depreender que a OMC em perfeita sintonia com a CE, já decidiram a morte da nossa industria têxtil, com a assinatura de diversos acordos que me parecem “encomendados” pelos lobys representativos das multinacionais ávidas de lucro a todo o custo.Se queremos que as empresas a nível internacional, sejam prosperas e contribuam para melhorar a economia de cada país, algo tem que ser feito para dificultar (taxando, contingentando, aplicando medidas anti-dumping – social), a concorrência desleal de alguns países, que não têm qualquer respeito pelo ser humano, que não cumprem os mais elementares direitos humanos, que tratam as pessoas como escravos, que exploram a mão-de-obra infantil. Que raio de organização é esta “OMC” que se limita a liberalizar (facilitismo, desregulação) sem qualquer padrão de exigência? Não tenho qualquer dúvida que a postura da OMC, foi uma das grandes causadoras da crise económica (e não só) que ainda tentamos ultrapassar. João Pala (augustopala@gmail.com)