Alto Hama: E assim se vê a força da Sonangolou seja, do clã Eduardo dos Santos

23-12-2009
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PS, PSD, CDS-PP e PCP destacaram hoje os esforços do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, na consolidação da democracia e congratularam-se com o aprofundamento das relações entre Portugal e Angola.Democracia, digo eu, deve ser aquela coisa a propósito da qual Ana Gomes, membro da missão de observação eleitoral da União Europeia nas segundas eleições multipartidárias de Angola, disse:“São legítimas as dúvidas que foram levantadas por partidos políticos e organizações da sociedade civil sobre a votação em Luanda”; “Posso apenas dizer que a desorganização foi bem organizada”;“À última da hora, foram credenciados 500 observadores por organizações que se sabe serem muito próximas do MPLA”; “Parece que alguém não quis que as eleições fossem observadas por pessoas independentes”; “As eleições em Luanda decorreram sem a presença de cadernos eleitorais nas assembleias de voto e isso não pode ser apenas desorganização...”O Bloco de Esquerda, que recusou participar no encontro, acabou por ficar isolado nas críticas à “falta de democracia” em Angola, com os restantes partidos a valorizarem os esforços do Presidente angolano para a paz e para a democracia.É natural. Percebo que o PSD por ter legítimas aspirações de governo e o PS, por ser governo, tenham uma postura de Estado e uma política típica dos que são, ou querem ser, donos da verdade. Quanto aos outros, o PCP continua igual a si mesmo, ou não fosse o pai do MPLA, ou não fosse o principal responsável pelo facto do MPLA estar no poder desde 1975.Em relação ao CDS, já lá vai e está mais do que enterrado o partido que Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa, Lucas Pires ou até mesmo Ribeiro e Castro ajudaram a singrar. Em declarações aos jornalistas, o deputado do BE João Semedo criticou a “perseguição política, violação dos direitos humanos e de liberdade de imprensa” em Angola, sublinhando que aquele país tem “o mesmo presidente da República há 30 anos”.Mas tudo isto, e o muito mais que se vai sabendo, é claro, nada significa se comparado com os dólares da Sonangol. Tao simples quanto isso.Quanto ao resto, enquanto a Sonangol deixar, o Alto Hama continuará a dizer que:No ranking da corrupção divulgado pela Transparência Internacional, Portugal aparece na 32ª posição, Cabo verde na 47ª, Brasil na 80ª, Sao Tomé e Príncipe na 121ª, Moçambique na 126ª, Timor-Leste na 145ª, Guiné-Bissau na 158ª tal como Angola.Em Angola, mais de 68% da população vive em pobreza extrema e a taxa estimada de analfabetismo é de 58%.


PS, PSD, CDS-PP e PCP destacaram hoje os esforços do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, na consolidação da democracia e congratularam-se com o aprofundamento das relações entre Portugal e Angola.Democracia, digo eu, deve ser aquela coisa a propósito da qual Ana Gomes, membro da missão de observação eleitoral da União Europeia nas segundas eleições multipartidárias de Angola, disse:“São legítimas as dúvidas que foram levantadas por partidos políticos e organizações da sociedade civil sobre a votação em Luanda”; “Posso apenas dizer que a desorganização foi bem organizada”;“À última da hora, foram credenciados 500 observadores por organizações que se sabe serem muito próximas do MPLA”; “Parece que alguém não quis que as eleições fossem observadas por pessoas independentes”; “As eleições em Luanda decorreram sem a presença de cadernos eleitorais nas assembleias de voto e isso não pode ser apenas desorganização...”O Bloco de Esquerda, que recusou participar no encontro, acabou por ficar isolado nas críticas à “falta de democracia” em Angola, com os restantes partidos a valorizarem os esforços do Presidente angolano para a paz e para a democracia.É natural. Percebo que o PSD por ter legítimas aspirações de governo e o PS, por ser governo, tenham uma postura de Estado e uma política típica dos que são, ou querem ser, donos da verdade. Quanto aos outros, o PCP continua igual a si mesmo, ou não fosse o pai do MPLA, ou não fosse o principal responsável pelo facto do MPLA estar no poder desde 1975.Em relação ao CDS, já lá vai e está mais do que enterrado o partido que Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa, Lucas Pires ou até mesmo Ribeiro e Castro ajudaram a singrar. Em declarações aos jornalistas, o deputado do BE João Semedo criticou a “perseguição política, violação dos direitos humanos e de liberdade de imprensa” em Angola, sublinhando que aquele país tem “o mesmo presidente da República há 30 anos”.Mas tudo isto, e o muito mais que se vai sabendo, é claro, nada significa se comparado com os dólares da Sonangol. Tao simples quanto isso.Quanto ao resto, enquanto a Sonangol deixar, o Alto Hama continuará a dizer que:No ranking da corrupção divulgado pela Transparência Internacional, Portugal aparece na 32ª posição, Cabo verde na 47ª, Brasil na 80ª, Sao Tomé e Príncipe na 121ª, Moçambique na 126ª, Timor-Leste na 145ª, Guiné-Bissau na 158ª tal como Angola.Em Angola, mais de 68% da população vive em pobreza extrema e a taxa estimada de analfabetismo é de 58%.

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