Ontem, no decorrer da transmissão televisiva de um sarau comemorativo do 25 de Abril, realizado em Lisboa no Coliseu, foi com emoção que ouvi Maria Barroso, participar no espectáculo, declamando com grande força e com o seu talento de sempre, um poema do Joaquim Namorado, meu tio e amigo, desaparecido há mais de vinte anos e sempre recordado. Como ela disse, homenageou deste modo os poetas do "Novo Cancioneiro" (1941-1944- embora nove dos autores tenham sido editados em 1941 e 1942, tendo apenas sido publicado depois, a título póstumo, Políbio Gomes dos Santos, que morrera de tuberculose em 1939, com 28 anos), onde, além de Joaquim Namorado, foram publicados: Fernando Namora, Álvaro Feijó, Carlos de Oliveira, Políbio Gomes dos Santos, Francisco José Tenreiro, João José Cochofel, Mário Dionísio, Sidónio Muralha e Manuel da Fonseca.Com saudade e como homenagem aqui fica transcrito o poema que foi dito:PROMETEUAbafai meus gritos com mordaças,maior será a minha ânsia de gritá-los!Amarrai meus pulsos com grilhões,maior será a minha ânsia de quebrá-los!Rasgai a minha carne!Triturai os meus ossos!O meu sangue será minha bandeirae meus ossos o cimento duma outra humanidade.Que aqui ninguém se entrega- isto é vencer ou morrer -é na vida que se perdeque há mais ânsia de viver!
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Ontem, no decorrer da transmissão televisiva de um sarau comemorativo do 25 de Abril, realizado em Lisboa no Coliseu, foi com emoção que ouvi Maria Barroso, participar no espectáculo, declamando com grande força e com o seu talento de sempre, um poema do Joaquim Namorado, meu tio e amigo, desaparecido há mais de vinte anos e sempre recordado. Como ela disse, homenageou deste modo os poetas do "Novo Cancioneiro" (1941-1944- embora nove dos autores tenham sido editados em 1941 e 1942, tendo apenas sido publicado depois, a título póstumo, Políbio Gomes dos Santos, que morrera de tuberculose em 1939, com 28 anos), onde, além de Joaquim Namorado, foram publicados: Fernando Namora, Álvaro Feijó, Carlos de Oliveira, Políbio Gomes dos Santos, Francisco José Tenreiro, João José Cochofel, Mário Dionísio, Sidónio Muralha e Manuel da Fonseca.Com saudade e como homenagem aqui fica transcrito o poema que foi dito:PROMETEUAbafai meus gritos com mordaças,maior será a minha ânsia de gritá-los!Amarrai meus pulsos com grilhões,maior será a minha ânsia de quebrá-los!Rasgai a minha carne!Triturai os meus ossos!O meu sangue será minha bandeirae meus ossos o cimento duma outra humanidade.Que aqui ninguém se entrega- isto é vencer ou morrer -é na vida que se perdeque há mais ânsia de viver!