Bancada Norte: Pregador

22-12-2009
marcar artigo

Artur Filipe, presidente do Beira-Mar, aplaudiu de forma efusiva a proposta do Boavista de alargamento dos campeonatos profissionais. Aliás, no seu entendimento, nem há razões para esperar: o alargamento deve ser feito de imediato. Apresenta várias justificações para a alteração - nenhuma, claro, que deixe entender que dessa forma o Beira-Mar escaparia à Liga de Honra. Aliás, nos últimos dias, o presidente aveirense tem sido pródigo em afirmações, melhor dizendo, em acusações, clamando pela injustiça da descida de divisão do Beira-Mar. A arma que mais tem utilizado é a dos impostos, gritando bem alto ter o clube pago um milhão de euros ao Estado. Até aqui, tudo bem. Se pagou foi porque era devido, ou seja, não fez mais do que a sua obrigação. O problema, diz, é que houve outros que não pagaram. Questiona, inclusive, a validade de documentos entregues à Liga como prova...

O futebol português continua a experimentar dificuldades graves para exterminar os discos riscados. Há demasiados protagonistas a pensar que a repetição exaustiva de uma determinada acusação transforma-a em verdade absoluta, mesmo sem denúncia de facto. Denúncia seria pôr o nome aos bois. Se há quem não pague impostos, diga-se e prove-se; se há repartições das finanças ou serviços da Segurança Social que falsificam documentos, diga-se quais e a quem beneficiam. Falar em verdade desportiva adulterada porque há quem não pague impostos é desculpa de quem demora a perceber que o insucesso também se explica pela incompetência. Pura e simples.

FERNANDO ROLA

Artur Filipe, presidente do Beira-Mar, aplaudiu de forma efusiva a proposta do Boavista de alargamento dos campeonatos profissionais. Aliás, no seu entendimento, nem há razões para esperar: o alargamento deve ser feito de imediato. Apresenta várias justificações para a alteração - nenhuma, claro, que deixe entender que dessa forma o Beira-Mar escaparia à Liga de Honra. Aliás, nos últimos dias, o presidente aveirense tem sido pródigo em afirmações, melhor dizendo, em acusações, clamando pela injustiça da descida de divisão do Beira-Mar. A arma que mais tem utilizado é a dos impostos, gritando bem alto ter o clube pago um milhão de euros ao Estado. Até aqui, tudo bem. Se pagou foi porque era devido, ou seja, não fez mais do que a sua obrigação. O problema, diz, é que houve outros que não pagaram. Questiona, inclusive, a validade de documentos entregues à Liga como prova...

O futebol português continua a experimentar dificuldades graves para exterminar os discos riscados. Há demasiados protagonistas a pensar que a repetição exaustiva de uma determinada acusação transforma-a em verdade absoluta, mesmo sem denúncia de facto. Denúncia seria pôr o nome aos bois. Se há quem não pague impostos, diga-se e prove-se; se há repartições das finanças ou serviços da Segurança Social que falsificam documentos, diga-se quais e a quem beneficiam. Falar em verdade desportiva adulterada porque há quem não pague impostos é desculpa de quem demora a perceber que o insucesso também se explica pela incompetência. Pura e simples.

FERNANDO ROLA

marcar artigo