Não foi há muito tempo: nem a televisão era a preto e branco nem os carros se moviam a vapor. Não. Todos nos lembramos. Marcelo Rebelo de Sousa afirmava que tinha sido convidado por Paes do Amaral “a moderar os seus comentários em relação ao Governo”. Vai daí a Alta Autoridade para a Comunicação Social quis saber tudo (agora sim) preto no branco. E até o Presidente da República recebia em audiência solene o comentador. Afinal de contas era a liberdade e o próprio 25 de Abril que estava em causa. Não foi há muito tempo, mas parece. Desde então, tivemos comentadores e cronistas objecto de reparo público pelas suas críticas "infundadas" ao Governo. Temos jornalistas surpreendidos com chamadas directas do Primeiro-Ministro, “chocado e insultado” pelas opiniões daqueles. Temos um director do maior canal de rádio a assumir que foi pressionado por S. Bento. E temos a SIC em guerra aberta e a TVI prestes a declará-la com a entidade que supervisiona o sector. Tudo isto em apenas 4 anos.
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Não foi há muito tempo: nem a televisão era a preto e branco nem os carros se moviam a vapor. Não. Todos nos lembramos. Marcelo Rebelo de Sousa afirmava que tinha sido convidado por Paes do Amaral “a moderar os seus comentários em relação ao Governo”. Vai daí a Alta Autoridade para a Comunicação Social quis saber tudo (agora sim) preto no branco. E até o Presidente da República recebia em audiência solene o comentador. Afinal de contas era a liberdade e o próprio 25 de Abril que estava em causa. Não foi há muito tempo, mas parece. Desde então, tivemos comentadores e cronistas objecto de reparo público pelas suas críticas "infundadas" ao Governo. Temos jornalistas surpreendidos com chamadas directas do Primeiro-Ministro, “chocado e insultado” pelas opiniões daqueles. Temos um director do maior canal de rádio a assumir que foi pressionado por S. Bento. E temos a SIC em guerra aberta e a TVI prestes a declará-la com a entidade que supervisiona o sector. Tudo isto em apenas 4 anos.