Cravo de Abril: NOTÍCIAS DE GUANTÁNAMO

21-01-2011
marcar artigo


Mohammed el-Gharani nasceu no Chade há vinte anos.Aos 14 anos de idade foi preso e enviado para o campo de concentração de Guantánamo, acusado de ligações à Al-Qaeda.Em Janeiro passado, após seis anos de prisão e de torturas, o tribunal ordenou a sua libertação por falta de provas.Entretanto, continua preso. Com uma diferença: a partir da decisão do tribunal, passou a poder telefonar para a família uma vez por semana.Uma semana destas, o jovem prisioneiro, iludindo a vigilância dos carcereiros, em vez de telefonar para a família, ligou para um jornalista da Al-Jazira (que, por sinal, também esteve seis anos em Guantánamo e foi libertado por falta de provas)Nesse telefonema, o jovem Mohammed denunciou a situação em que se encontra: contou que depois da decisão do tribunal ordenando a sua libertação, viu as suas condições prisionais agravadas, inclusive passando a ser sujeito a «espancamentos quase todos os dias».Como estamos lembrados, Obama, quando tomou posse, anunciou o fim imediato dos maus tratos aos prisioneiros de Guantánamo e o encerramento do campo de concentração.No entanto - ou por esquecimento, ou por distracção, ou sabe-se lá porquê - Obama não mandou substituir «as pessoas que tratam dos presos», as quais - ou por desconhecimento da ordem presidencial, ou por vocação instalada, ou sabe-se lá porquê -prosseguiram a sua patriótica acção de torturadores.O caso de Mohammed el-Gharani é um entre muitos a atestar uma muito específica forma de exercer a democracia - desta democracia made in EUA que se autoproclama e é proclamada como a mais avançada do mundo...Já agora: com esta notícia, outra chegou confirmando a existência de uma prisão da CIA na Polónia - prisão pela qual têm passado muitos prisioneiros acusados - como o jornalista da Al-Jazira e o jovem Mohammed el-Gharani - de ligações à Al-Qaeda.Neste caso o que é de sublinhar é a subordinação total do governo da Polónia - desta Polónia que desde há duas décadas se autoproclama e é proclamada de livre, independente e democrática - aos ditames do imperialismo norte-americano e da sua democraCIA.


Mohammed el-Gharani nasceu no Chade há vinte anos.Aos 14 anos de idade foi preso e enviado para o campo de concentração de Guantánamo, acusado de ligações à Al-Qaeda.Em Janeiro passado, após seis anos de prisão e de torturas, o tribunal ordenou a sua libertação por falta de provas.Entretanto, continua preso. Com uma diferença: a partir da decisão do tribunal, passou a poder telefonar para a família uma vez por semana.Uma semana destas, o jovem prisioneiro, iludindo a vigilância dos carcereiros, em vez de telefonar para a família, ligou para um jornalista da Al-Jazira (que, por sinal, também esteve seis anos em Guantánamo e foi libertado por falta de provas)Nesse telefonema, o jovem Mohammed denunciou a situação em que se encontra: contou que depois da decisão do tribunal ordenando a sua libertação, viu as suas condições prisionais agravadas, inclusive passando a ser sujeito a «espancamentos quase todos os dias».Como estamos lembrados, Obama, quando tomou posse, anunciou o fim imediato dos maus tratos aos prisioneiros de Guantánamo e o encerramento do campo de concentração.No entanto - ou por esquecimento, ou por distracção, ou sabe-se lá porquê - Obama não mandou substituir «as pessoas que tratam dos presos», as quais - ou por desconhecimento da ordem presidencial, ou por vocação instalada, ou sabe-se lá porquê -prosseguiram a sua patriótica acção de torturadores.O caso de Mohammed el-Gharani é um entre muitos a atestar uma muito específica forma de exercer a democracia - desta democracia made in EUA que se autoproclama e é proclamada como a mais avançada do mundo...Já agora: com esta notícia, outra chegou confirmando a existência de uma prisão da CIA na Polónia - prisão pela qual têm passado muitos prisioneiros acusados - como o jornalista da Al-Jazira e o jovem Mohammed el-Gharani - de ligações à Al-Qaeda.Neste caso o que é de sublinhar é a subordinação total do governo da Polónia - desta Polónia que desde há duas décadas se autoproclama e é proclamada de livre, independente e democrática - aos ditames do imperialismo norte-americano e da sua democraCIA.

marcar artigo