Cravo de Abril: A ESSÊNCIA DA DEMOCRACIA URIBIANA

28-05-2010
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Segundo nos é dito pelas televisões, rádios e jornais, Uribe e o seu governo são protagonistas de um modelo de democracia digno de servir de exemplo a todo o mundo.Segundo os partidos (BE incluído) que aprovaram o voto do PS no Parlamento, Uribe e o seu governo, para além dessa exemplar prática democrática, apresentam uma outra não menos relevante qualidade: a de intrépidos combatentes de organizações terroristas.É verdade que, soube-se agora, Uribe foi, digamos assim, eleito graças a uma fraude, mas isso que importa?: se foi fraude, foi uma fraude democrática - e, bem vistas as coisas, quem há aí que possa atirar-lhe a primeira pedra? Ou seja, e para acabar com a conversa: Uribe foi tão democráticamente eleito como o foram muitos dos seus colegas em muitos outros paises.Além disso - e convém não esquecer! - o que conta é a «mais-valia democrática» que Uribe levou à Colômbia e essa não há nada que a possa fazer esquecer.E tão evidente é essa mais-valia que nem as televisões, jornais e rádios, nem o PS e os seus colegas de Parlamento (BE incluído) sentem necessidade de se lhe referirem: para quê estar a lembrar coisas que não são agradáveis de ouvir, inevitáveis acidentes de percurso democrático, ao fim e ao cabo banalidades que não aquecem nem arrefecem no que diz respeito à questão maior, que é a democracia? Melhor é nada dizer sobre isso - e, também neste caso, acabar com a conversa...E com tal atitude, esses média e esses partidos, são injustos e ingratos para Uribe e o seu governo - pois é nessas práticas silenciadas que reside a essência da democracia uribiana, e é delas que emergem os notáveis esforços democráticos que têm vindo a ser desenvolvidos pelo governo de Uribe.Esforços que superam tudo o que naquela parte do mundo tem vindo a ser feito...Ora é para colmatar essa injustiça e essa ingratidão que aqui relembro dois exemplos - apenas dois, entre muitos - dessa democracia aplicada cujos méritos são, hoje, reconhecidos por toda a comunidade internacional:- mais de 11. 200 colombianos foram assassinados desde que Uribe foi «eleito» - sublinhe-se que não se trata de mortos em combate, mas de homens, mulheres e jovens assassinados nas prisões, em atentados e através de vários outros métodos nascidos da criatividade democrática de Uribe e dos seus capangas;- o número de desaparecidos na Colômbia ronda os 30 mil - estamos a falar dos denominados «desaparecimentos forçados» que são, regra geral, desaparecimentos para sempre, como o prova o facto de, ou nunca mais ninguém saber nada desses desaparecidos, ou quando aparecem, é assim: «em 2007, foram encontrados, enterrados em valas comuns, 1196 corpos que, pelo estado em que se encontravam, não foi possível identificar».É esta, então, a democracia louvada pelos média e pelos partidos (entre eles o BE) que, no Parlamento, juntaram a sua voz à do PS - o qual juntara a sua à voz de Uribe, que é a do Bush.E ai de quem não alinhar na louvação...


Segundo nos é dito pelas televisões, rádios e jornais, Uribe e o seu governo são protagonistas de um modelo de democracia digno de servir de exemplo a todo o mundo.Segundo os partidos (BE incluído) que aprovaram o voto do PS no Parlamento, Uribe e o seu governo, para além dessa exemplar prática democrática, apresentam uma outra não menos relevante qualidade: a de intrépidos combatentes de organizações terroristas.É verdade que, soube-se agora, Uribe foi, digamos assim, eleito graças a uma fraude, mas isso que importa?: se foi fraude, foi uma fraude democrática - e, bem vistas as coisas, quem há aí que possa atirar-lhe a primeira pedra? Ou seja, e para acabar com a conversa: Uribe foi tão democráticamente eleito como o foram muitos dos seus colegas em muitos outros paises.Além disso - e convém não esquecer! - o que conta é a «mais-valia democrática» que Uribe levou à Colômbia e essa não há nada que a possa fazer esquecer.E tão evidente é essa mais-valia que nem as televisões, jornais e rádios, nem o PS e os seus colegas de Parlamento (BE incluído) sentem necessidade de se lhe referirem: para quê estar a lembrar coisas que não são agradáveis de ouvir, inevitáveis acidentes de percurso democrático, ao fim e ao cabo banalidades que não aquecem nem arrefecem no que diz respeito à questão maior, que é a democracia? Melhor é nada dizer sobre isso - e, também neste caso, acabar com a conversa...E com tal atitude, esses média e esses partidos, são injustos e ingratos para Uribe e o seu governo - pois é nessas práticas silenciadas que reside a essência da democracia uribiana, e é delas que emergem os notáveis esforços democráticos que têm vindo a ser desenvolvidos pelo governo de Uribe.Esforços que superam tudo o que naquela parte do mundo tem vindo a ser feito...Ora é para colmatar essa injustiça e essa ingratidão que aqui relembro dois exemplos - apenas dois, entre muitos - dessa democracia aplicada cujos méritos são, hoje, reconhecidos por toda a comunidade internacional:- mais de 11. 200 colombianos foram assassinados desde que Uribe foi «eleito» - sublinhe-se que não se trata de mortos em combate, mas de homens, mulheres e jovens assassinados nas prisões, em atentados e através de vários outros métodos nascidos da criatividade democrática de Uribe e dos seus capangas;- o número de desaparecidos na Colômbia ronda os 30 mil - estamos a falar dos denominados «desaparecimentos forçados» que são, regra geral, desaparecimentos para sempre, como o prova o facto de, ou nunca mais ninguém saber nada desses desaparecidos, ou quando aparecem, é assim: «em 2007, foram encontrados, enterrados em valas comuns, 1196 corpos que, pelo estado em que se encontravam, não foi possível identificar».É esta, então, a democracia louvada pelos média e pelos partidos (entre eles o BE) que, no Parlamento, juntaram a sua voz à do PS - o qual juntara a sua à voz de Uribe, que é a do Bush.E ai de quem não alinhar na louvação...

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