EM NOME DA MÃEO Público de hoje, Dia de Finados, informa que «morreu Paul Tibbets, o piloto que deixou cair a bomba atómica americana sobre a cidade de Hiroxima».«Deixou cair»: curiosa forma de dizer, não é? Como se se tratasse de deixar cair um prato, um copo...Depois, há o raio da coincidência de estas bombas que caem, caírem sempre sobre outros países; e matarem, sempre e só, pessoas desses outros países.Diz-nos o mesmo Público que essa bomba, ao cair, matou 78.000 pessoas.Ainda que pecando por defeito, este número é bem demonstrativo do que significam palavras como: BARBÁRIE, HORROR.Diz-nos, ainda, o Público que a bomba deixada cair sobre Hiroxima levou à rendição do Japão e ao fim da II Cuerra Mundial - estória que, como se vê, continua a fazer caminho nos média dominantes, apesar de ser por de mais sabido que se trata de uma monumental patranha.E se dúvidas houvesse, bastaria o que sobre a matéria consta no célebre dossier, elaborado, em 1946, pelos serviços secretos dos EUA, e divulgado cerca de cinquenta anos depois.Um dia destes, se se proporcionar, voltarei ao assunto - quanto mais não seja para relembrar com factos que, cerca de dois meses antes do lançamento das bombas sobre Hiroxima e Nagasáqui, os EUA sabiam que o imperador japonês decidira render-se.Diz-nos, ainda, o Público, que Paul Tibbets - que morreu com 92 anos de idade - «nunca se arrependeu» de, então com trinta anos, ter deixado cair a bomba que matou dezenas de milhares de pessoas.Assim sendo, é óbvio que este homem morreu feliz, de consciência tranquila, sem arrependimentos fosse do que fosse - a não ser, talvez, daquela bofetada que, num dia de má disposição, deixou cair sobre um filho traquina... Isto digo eu.Aliás, o extremado amor de Paul Tibbets à família está bem patente no facto de ter «baptizado com o nome da sua mãe: Enola Gay», o B-29 do qual, no dia 6 de Agosto de 1945 - em nome da mãe - deixou cair a bomba atómica que matou dezenas de milhares de mães, de pais, de filhos.
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EM NOME DA MÃEO Público de hoje, Dia de Finados, informa que «morreu Paul Tibbets, o piloto que deixou cair a bomba atómica americana sobre a cidade de Hiroxima».«Deixou cair»: curiosa forma de dizer, não é? Como se se tratasse de deixar cair um prato, um copo...Depois, há o raio da coincidência de estas bombas que caem, caírem sempre sobre outros países; e matarem, sempre e só, pessoas desses outros países.Diz-nos o mesmo Público que essa bomba, ao cair, matou 78.000 pessoas.Ainda que pecando por defeito, este número é bem demonstrativo do que significam palavras como: BARBÁRIE, HORROR.Diz-nos, ainda, o Público que a bomba deixada cair sobre Hiroxima levou à rendição do Japão e ao fim da II Cuerra Mundial - estória que, como se vê, continua a fazer caminho nos média dominantes, apesar de ser por de mais sabido que se trata de uma monumental patranha.E se dúvidas houvesse, bastaria o que sobre a matéria consta no célebre dossier, elaborado, em 1946, pelos serviços secretos dos EUA, e divulgado cerca de cinquenta anos depois.Um dia destes, se se proporcionar, voltarei ao assunto - quanto mais não seja para relembrar com factos que, cerca de dois meses antes do lançamento das bombas sobre Hiroxima e Nagasáqui, os EUA sabiam que o imperador japonês decidira render-se.Diz-nos, ainda, o Público, que Paul Tibbets - que morreu com 92 anos de idade - «nunca se arrependeu» de, então com trinta anos, ter deixado cair a bomba que matou dezenas de milhares de pessoas.Assim sendo, é óbvio que este homem morreu feliz, de consciência tranquila, sem arrependimentos fosse do que fosse - a não ser, talvez, daquela bofetada que, num dia de má disposição, deixou cair sobre um filho traquina... Isto digo eu.Aliás, o extremado amor de Paul Tibbets à família está bem patente no facto de ter «baptizado com o nome da sua mãe: Enola Gay», o B-29 do qual, no dia 6 de Agosto de 1945 - em nome da mãe - deixou cair a bomba atómica que matou dezenas de milhares de mães, de pais, de filhos.