Fórum Palestina: Crescente apoio à retirada de direitos políticos à minoria àrabe em Israel.

19-12-2009
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Cerca de metade dos israelitas acreditam que para se ser um "verdadeiro israelita", tem de se ter nascido em Israel.Este foi o resultado obtido pelo Israel Democracy Institute no seu estudo anual “Índex da Democracia Israelita”, publicado nesta segunda-feira, e de que o Haaretz publica um resumo, que aqui se traduz. (O título, formatação e os destaques são de nossa responsabilidade).O relatório, que este ano se centrou na integração dos imigrantes russos na sociedade israelita, testou a noção dominante de que a integração foi fácil. No entanto, as conclusões do estudo apontam noutro sentido. O estudo revelou que a maioria dos imigrantes russos sentem que não têm poder para mudar a sua realidade imediata, mesmo 20 anos após a imigração da antiga União Soviética ter começado.Esta sondagem foi realizada em Março de 2009, e incluiu uma amostra aleatória de adultos israelitas, num total de 1.191 pessoas que foram inquiridas em três idiomas diferentes: Hebreu, Árabe e Russo. A margem de erro é de 2,8 por cento. O estudo constatou que o estado de espírito dos imigrantes russos é geralmente mais sombrio, os problemas que eles enfrentam são mais duros, e que as suas reacções são mais severos do que as dos veteranos israelitas. As vozes dos sectores imigrantes mostram uma maior preocupação com as ameaças à segurança de Israel, estão menos ligados a Israel, e poucos imigrantes afirmam que gostariam que os seus filhos crescessem em Israel.O relatório constatou que 77 por cento dos imigrantes russos apoiam a promoção da migração dos árabes de Israel, por oposição aos 47 por cento dos judeus nativos que dizem que apoiariam uma política desse tipo 33 por cento dos judeus nativos aceita a existência de partidos políticos árabes no Knesset, enquanto apenas 23 por cento dos imigrantes aceita este facto. 27 por cento dos israelitas não concordou com a afirmação de que "uma maioria judaica é necessária nas decisões importantes para o país" em comparação com 38 por cento que se opôs à mesma pergunta em 2003. Estes números indicam um crescente apoio à retirada dos direitos políticos da minoria árabe em Israel.O estudo também revelou que 61 por cento da opinião pública israelita está insatisfeita com a democracia israelita. A confiança do público israelita nas Forças de Defesa aumentaram para 79 por cento, a confiança na polícia em locais públicos, afundou para 40 por cento, e a sua confiança no sistema jurídico aumentou para 57 por cento. A sondagem concluiu que 89 por cento dos israelitas pensam que a corrupção é prevalente em Israel e que 50 por cento pensa que os políticos vão para a política apenas para proveito pessoal. Entre a população árabe de Israel, as crenças são um pouco diferentes: 66% dos árabes israelitas, não pensa que se tem de ser corrupto, para se ter sucesso na política. Demograficamente, os mais pessimistas quanto a corrupção são os imigrantes, onde 47 por cento pensa que tem de ser corrupto, para se ter êxito.Tanto os israelitas nativos como os imigrantes russos vêem nas ameaças à segurança e nos factores económicos como razões para deixar Israel. No entanto, 81 por cento dos imigrantes, por oposição aos 59% dos israelitas nativos, vêem a questão da segurança como a razão central para abandonar o país. Apenas 28 por cento dos imigrantes sentem que as expectativas que tinham antes de se mudarem para Israel foram largamente alcançadas. Os pontos de vista dos jovens imigrantes sobre este aspecto são semelhantes às da antiga geração de imigrantes. Os imigrantes parecem muito pessimistas, em comparação com os israelitas nativos, tanto judeus como árabes, com apenas alguns imigrantes a manifestarem a esperança de que seu nível de vida vai melhorar no futuro. Além disso, 54 por cento dos imigrantes sentem que a sua educação os torna excessivamente qualificados para as funções que exercem, em oposição a uns meros 24 por cento dos israelitas nativos. O fosso entre estas duas áreas demográficos sobre esta questão é particularmente evidente entre a população mais jovem. O estudo constata ainda que 54 por cento dos israelitas, judeus e árabes, concorda que "só os cidadãos leais ao seu país reúnem os requisitos para usufruírem dos direitos civis" (56 por cento dos judeus nativos, 67 por cento de imigrantes russos e 30 por cento dos árabes israelitas). 38 por cento da população judaica em geral sente que os cidadãos judaicos devem ter mais direitos que os cidadãos não-judeus (43 por cento dos nativos judeus em oposição aos 23 por cento dos imigrantes). 41 por cento dos nativos judeus acreditam que "árabes de Israel são descriminados, em relação aos judeus", enquanto 28 por cento dos imigrantes russos também concorda com esta afirmação. No que respeita à liberdade de expressão, é seguro dizer que os israelitas acreditam nela como um valor básico, mas o estudo constata que a maioria dos israelitas recusa-se a permitir duras críticas ao seu governo. 74 por cento dos israelitas apoiam "à liberdade de expressão para todos, independentemente do seu estatuto", enquanto, simultaneamente, 58 por cento concordam que "um orador político deve ser proibido de expressar duras críticas contra o Estado de Israel." Este número representa um aumento significativo desde 2003, quando o número de israelitas que concordaram com a afirmação foi de 48 por cento.


Cerca de metade dos israelitas acreditam que para se ser um "verdadeiro israelita", tem de se ter nascido em Israel.Este foi o resultado obtido pelo Israel Democracy Institute no seu estudo anual “Índex da Democracia Israelita”, publicado nesta segunda-feira, e de que o Haaretz publica um resumo, que aqui se traduz. (O título, formatação e os destaques são de nossa responsabilidade).O relatório, que este ano se centrou na integração dos imigrantes russos na sociedade israelita, testou a noção dominante de que a integração foi fácil. No entanto, as conclusões do estudo apontam noutro sentido. O estudo revelou que a maioria dos imigrantes russos sentem que não têm poder para mudar a sua realidade imediata, mesmo 20 anos após a imigração da antiga União Soviética ter começado.Esta sondagem foi realizada em Março de 2009, e incluiu uma amostra aleatória de adultos israelitas, num total de 1.191 pessoas que foram inquiridas em três idiomas diferentes: Hebreu, Árabe e Russo. A margem de erro é de 2,8 por cento. O estudo constatou que o estado de espírito dos imigrantes russos é geralmente mais sombrio, os problemas que eles enfrentam são mais duros, e que as suas reacções são mais severos do que as dos veteranos israelitas. As vozes dos sectores imigrantes mostram uma maior preocupação com as ameaças à segurança de Israel, estão menos ligados a Israel, e poucos imigrantes afirmam que gostariam que os seus filhos crescessem em Israel.O relatório constatou que 77 por cento dos imigrantes russos apoiam a promoção da migração dos árabes de Israel, por oposição aos 47 por cento dos judeus nativos que dizem que apoiariam uma política desse tipo 33 por cento dos judeus nativos aceita a existência de partidos políticos árabes no Knesset, enquanto apenas 23 por cento dos imigrantes aceita este facto. 27 por cento dos israelitas não concordou com a afirmação de que "uma maioria judaica é necessária nas decisões importantes para o país" em comparação com 38 por cento que se opôs à mesma pergunta em 2003. Estes números indicam um crescente apoio à retirada dos direitos políticos da minoria árabe em Israel.O estudo também revelou que 61 por cento da opinião pública israelita está insatisfeita com a democracia israelita. A confiança do público israelita nas Forças de Defesa aumentaram para 79 por cento, a confiança na polícia em locais públicos, afundou para 40 por cento, e a sua confiança no sistema jurídico aumentou para 57 por cento. A sondagem concluiu que 89 por cento dos israelitas pensam que a corrupção é prevalente em Israel e que 50 por cento pensa que os políticos vão para a política apenas para proveito pessoal. Entre a população árabe de Israel, as crenças são um pouco diferentes: 66% dos árabes israelitas, não pensa que se tem de ser corrupto, para se ter sucesso na política. Demograficamente, os mais pessimistas quanto a corrupção são os imigrantes, onde 47 por cento pensa que tem de ser corrupto, para se ter êxito.Tanto os israelitas nativos como os imigrantes russos vêem nas ameaças à segurança e nos factores económicos como razões para deixar Israel. No entanto, 81 por cento dos imigrantes, por oposição aos 59% dos israelitas nativos, vêem a questão da segurança como a razão central para abandonar o país. Apenas 28 por cento dos imigrantes sentem que as expectativas que tinham antes de se mudarem para Israel foram largamente alcançadas. Os pontos de vista dos jovens imigrantes sobre este aspecto são semelhantes às da antiga geração de imigrantes. Os imigrantes parecem muito pessimistas, em comparação com os israelitas nativos, tanto judeus como árabes, com apenas alguns imigrantes a manifestarem a esperança de que seu nível de vida vai melhorar no futuro. Além disso, 54 por cento dos imigrantes sentem que a sua educação os torna excessivamente qualificados para as funções que exercem, em oposição a uns meros 24 por cento dos israelitas nativos. O fosso entre estas duas áreas demográficos sobre esta questão é particularmente evidente entre a população mais jovem. O estudo constata ainda que 54 por cento dos israelitas, judeus e árabes, concorda que "só os cidadãos leais ao seu país reúnem os requisitos para usufruírem dos direitos civis" (56 por cento dos judeus nativos, 67 por cento de imigrantes russos e 30 por cento dos árabes israelitas). 38 por cento da população judaica em geral sente que os cidadãos judaicos devem ter mais direitos que os cidadãos não-judeus (43 por cento dos nativos judeus em oposição aos 23 por cento dos imigrantes). 41 por cento dos nativos judeus acreditam que "árabes de Israel são descriminados, em relação aos judeus", enquanto 28 por cento dos imigrantes russos também concorda com esta afirmação. No que respeita à liberdade de expressão, é seguro dizer que os israelitas acreditam nela como um valor básico, mas o estudo constata que a maioria dos israelitas recusa-se a permitir duras críticas ao seu governo. 74 por cento dos israelitas apoiam "à liberdade de expressão para todos, independentemente do seu estatuto", enquanto, simultaneamente, 58 por cento concordam que "um orador político deve ser proibido de expressar duras críticas contra o Estado de Israel." Este número representa um aumento significativo desde 2003, quando o número de israelitas que concordaram com a afirmação foi de 48 por cento.

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