O médico ginecologista palestino Ezzeldeen Abu al-Ashi, de 55 anos, foi indicado para o Prémio Nobel da Paz, segundo informa o jornal árabe asharq alawsat, num artigo, em inglês, intitulado “A jornada de Ezzeldeen Abu al-Ashi”.O médico, morador no campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza, protagonizou umas das cenas mais trágicas da ofensiva militar israelita sobre a faixa de Gaza, de Janeiro passado, quando perdeu três filhas num ataque israelita.Este caso, um entre muitos, transformou-se num acontecimento mediático porque o médico ligou a um jornalista israelita, seu amigo, Eldad Slomi, do Canal 10, para pedir auxílio e este que estava em estúdio pôs a conversa no ar.A indicação foi feita pelo Departamento de Estado da Bélgica, que considerou al Aish como um "soldado da paz". O médico já tinha sido agraciado anteriormente com a cidadania honorária belga “em reconhecimento dos seus esforços ao serviço da humanidade”.Abu al-Aish formou-se em Israel e durante anos trabalhou em diversos hospitais do país.No dia 17 de Janeiro, a sua casa, no campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza foi atingida por disparos de artilharia.Shlomi estava no estúdio em mais uma maratona de transmissões ao vivo. O seu telefone tocou. Mesmo estando no ar, o jornalista atendeu a chamada, preocupado. Do outro lado da linha, os gritos desesperados de Abu al Aish, contando a Eldad que as filhas estavam mortas. Sem disfarçar a emoção, Eldad tenta usar seus contactos e envia uma ambulância para socorrer o amigo palestino, trazendo as vítimas para serem atendidas em hospitais de Israel. As cenas do drama foram indescritíveis. (Podem visionar o vídeo original, que demora 4:18 minutos e que está em hebreu. No entanto podem ter acesso à legendagem em inglês, se clicarem no triângulo que se encontra no canto inferior esquerdo da imagem)O exército israelita, de início, alegou que as tropas identificaram militantes disparando do telhado da residência de Abu al Aish. O médico negou as acusações e afirmou que as suas filhas estavam "armadas apenas com amor". Face ao embaraço da situação e da comoção nacional, o Exército admitiu posteriormente a sua responsabilidade e pediu desculpas à família de al Aish.Destas três crianças conhecemos a história, faltam ainda contar as histórias de pelo menos outras 428.Na Faixa de Gaza morreram durante a agressão israelita, 1.455 palestinos dos quais 431 eram crianças, Dos 5.380 feridos, 1.872 eram crianças.
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O médico ginecologista palestino Ezzeldeen Abu al-Ashi, de 55 anos, foi indicado para o Prémio Nobel da Paz, segundo informa o jornal árabe asharq alawsat, num artigo, em inglês, intitulado “A jornada de Ezzeldeen Abu al-Ashi”.O médico, morador no campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza, protagonizou umas das cenas mais trágicas da ofensiva militar israelita sobre a faixa de Gaza, de Janeiro passado, quando perdeu três filhas num ataque israelita.Este caso, um entre muitos, transformou-se num acontecimento mediático porque o médico ligou a um jornalista israelita, seu amigo, Eldad Slomi, do Canal 10, para pedir auxílio e este que estava em estúdio pôs a conversa no ar.A indicação foi feita pelo Departamento de Estado da Bélgica, que considerou al Aish como um "soldado da paz". O médico já tinha sido agraciado anteriormente com a cidadania honorária belga “em reconhecimento dos seus esforços ao serviço da humanidade”.Abu al-Aish formou-se em Israel e durante anos trabalhou em diversos hospitais do país.No dia 17 de Janeiro, a sua casa, no campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza foi atingida por disparos de artilharia.Shlomi estava no estúdio em mais uma maratona de transmissões ao vivo. O seu telefone tocou. Mesmo estando no ar, o jornalista atendeu a chamada, preocupado. Do outro lado da linha, os gritos desesperados de Abu al Aish, contando a Eldad que as filhas estavam mortas. Sem disfarçar a emoção, Eldad tenta usar seus contactos e envia uma ambulância para socorrer o amigo palestino, trazendo as vítimas para serem atendidas em hospitais de Israel. As cenas do drama foram indescritíveis. (Podem visionar o vídeo original, que demora 4:18 minutos e que está em hebreu. No entanto podem ter acesso à legendagem em inglês, se clicarem no triângulo que se encontra no canto inferior esquerdo da imagem)O exército israelita, de início, alegou que as tropas identificaram militantes disparando do telhado da residência de Abu al Aish. O médico negou as acusações e afirmou que as suas filhas estavam "armadas apenas com amor". Face ao embaraço da situação e da comoção nacional, o Exército admitiu posteriormente a sua responsabilidade e pediu desculpas à família de al Aish.Destas três crianças conhecemos a história, faltam ainda contar as histórias de pelo menos outras 428.Na Faixa de Gaza morreram durante a agressão israelita, 1.455 palestinos dos quais 431 eram crianças, Dos 5.380 feridos, 1.872 eram crianças.