Sismo foi o «maior desde 1969», diz presidente de Instituto de Meteorologia – O presidente do Instituto de Meteorologia considerou que o sismo desta quinta-feira foi o «maior desde 1969». Apesar de ter sido sentido por muitos com alguma intensidade, Adérito Serrão confirmou que o sismo não provocou quaisquer vítimas.O presidente do Instituto de Meteorologia considerou que o sismo desta quinta-feira em Portugal com a magnitude de 6.0 na escala de Richter foi o «maior desde 1969». Apesar de ter sido de forte intensidade, segundo Adérito Serrão, este sismo cujo epicentro se localizou no Oceano Atlântico a 30 quilómetros de profundidade, «não causou estragos e não danificou estruturas».Em declarações à agência Lusa, Adérito Serrão explicou ainda que o «sismo foi sentido em Lisboa, em muitos locais sobretudo nos lugares de maior elevação», bem como «ao longo de toda a costa algarvia». Junto ao Centro Operacional de Sismologia, este responsável confirmou que «não existem vítimas a registar» e que este sismo «foi sentido com alguma intensidade, em bastantes locais pelas populações».Por seu lado, o sismólogo Fernando Carrilho explicou que as «réplicas são normais» e «tendem a diminuir quer em intensidade, quer em intervalos de tempo» e que o sismo teve uma «duração aproximada de três minutos».Estudo de risco sísmico e tsunamis será apresentado em Janeiro – O Estudo do Risco Sísmico e Tsunamis do Algarve, esperado há sete anos e que esteve para ser apresentado em Agosto, vai ser apresentado em Janeiro pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, garantiu a governadora civil de Faro. No entanto, para Isilda Gomes, «mais importante ainda do que a apresentação pública do risco sísmico é o facto de neste momento o planeamento já estar a ser efectuado em função exactamente desse estudo».Segundo um simulacro antecipadamente feito pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) no documento, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter com epicentro em Tavira causaria 12 mil mortos e destruiria 18 mil edifícios. Carlos Martins, engenheiro e professor na Universidade do Algarve, outra entidade envolvida no estudo, alertou que muitos edifícios podem não estar preparados para uma catástrofe, até porque só as edificações públicas são sujeitas a uma fiscalização prévia.«É condição suficiente para os projectos estarem em conformidade a assinatura de um termo de responsabilidade por um técnico inscrito numa associação profissional», ou seja, «basta uma assinatura», disse, frisando que uma legislação muito permissiva pode dar um dia maus resultados. Se sismo fosse mais perto da costa teria efeitos semelhantes ao abalo de Aquila, diz especialista – Para Luís Guerreiro, que esteve em Aquila depois do sismo naquela região, que deixou pessoas soterradas e casas destruídas, se o abalo desta quinta-feira tivesse sido mais perto da costa teria provocado efeitos semelhantes aos registados naquela cidade italiana. «O tipo de construção era relativamente semelhante ao sistema português», mas talvez Aquila tenha «um núcleo antigo mais importante», disse, frisando que em Portugal não há razões para alarme porque o epicentro foi a cerca de 100 quilómetros do Cabo de São Vicente.O professor do departamento de Engenharia Civil do IST aplaudiu o facto de a Protecção Civil estar a verificar algumas estruturas, acrescentando, no entanto, que não deverá «encontrar grande coisa». Luís Guerreiro destacou o facto de a Protecção Civil ser a única entidade que tem investido em matéria de segurança sísmica em Portugal, contando com o apoio de algumas universidades, enquanto as autarquias têm mostrado pouca «preocupação» neste tema.As novas construções têm tudo para estar preparadas para aguentar tremores de terra, mas o especialista põe em dúvida a fiscalização realizada, que é «baseada muito no compromisso de honra do projectista» e não tanto numa «verificação sistemática» da forma como os edifícios são construídos. Assim, para o professor é preciso passar do papel a prática, mas sobretudo fiscalizar o cumprimento das normas para que a segurança esteve completamente garantida.O sismo de 6.0 na escala de Richter, com epicentro a cerca de 100 quilómetros do Cabo de São Vicente, foi sentido em Portugal à 1:37 e desde então foram sentidas pelo menos 16 réplicas.Protecção Civil quer verificar estruturas após sismo – A Protecção Civil quer fiscalizar diversas estruturas, na sequência do sismo de 6.0 na escala de Richter que abalou, esta quinta-feira, boa parte do território português, mas que foi sentido em particular no litoral. Em declarações à TSF, o comandante Pedro Araújo explicou que foi feita uma reunião esta quinta-feira de madrugada em que esteve presente o ministro Rui Pereira e onde foi feita a primeira preparação deste plano.«Naturalmente que se seguirão outras demarches no sentido de definir as melhores acções a serem tomadas», acrescentou este comandante, que adiantou que será feita uma verificação local de alguns sítios de acordo com a sensibilidade da Protecção Civil e das populações. Pedro Araújo lembrou ainda que bombeiros e Protecção Civil receberam milhares de chamadas por causa do abalo, chamadas em que a população que pediu essencialmente informação e perguntou sobre a possibilidade de existência de réplicas foi tranquilizada.«Era sobretudo uma preocupação relacionada com a repetição ou não de eventos sísmicos e por isso aquilo que foi sendo dito é que é vulgar existirem réplicas, embora de menor intensidade, que foi aquilo que aconteceu», concluiu.* * * * * * * *Fonte: TSF
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Sismo foi o «maior desde 1969», diz presidente de Instituto de Meteorologia – O presidente do Instituto de Meteorologia considerou que o sismo desta quinta-feira foi o «maior desde 1969». Apesar de ter sido sentido por muitos com alguma intensidade, Adérito Serrão confirmou que o sismo não provocou quaisquer vítimas.O presidente do Instituto de Meteorologia considerou que o sismo desta quinta-feira em Portugal com a magnitude de 6.0 na escala de Richter foi o «maior desde 1969». Apesar de ter sido de forte intensidade, segundo Adérito Serrão, este sismo cujo epicentro se localizou no Oceano Atlântico a 30 quilómetros de profundidade, «não causou estragos e não danificou estruturas».Em declarações à agência Lusa, Adérito Serrão explicou ainda que o «sismo foi sentido em Lisboa, em muitos locais sobretudo nos lugares de maior elevação», bem como «ao longo de toda a costa algarvia». Junto ao Centro Operacional de Sismologia, este responsável confirmou que «não existem vítimas a registar» e que este sismo «foi sentido com alguma intensidade, em bastantes locais pelas populações».Por seu lado, o sismólogo Fernando Carrilho explicou que as «réplicas são normais» e «tendem a diminuir quer em intensidade, quer em intervalos de tempo» e que o sismo teve uma «duração aproximada de três minutos».Estudo de risco sísmico e tsunamis será apresentado em Janeiro – O Estudo do Risco Sísmico e Tsunamis do Algarve, esperado há sete anos e que esteve para ser apresentado em Agosto, vai ser apresentado em Janeiro pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, garantiu a governadora civil de Faro. No entanto, para Isilda Gomes, «mais importante ainda do que a apresentação pública do risco sísmico é o facto de neste momento o planeamento já estar a ser efectuado em função exactamente desse estudo».Segundo um simulacro antecipadamente feito pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) no documento, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter com epicentro em Tavira causaria 12 mil mortos e destruiria 18 mil edifícios. Carlos Martins, engenheiro e professor na Universidade do Algarve, outra entidade envolvida no estudo, alertou que muitos edifícios podem não estar preparados para uma catástrofe, até porque só as edificações públicas são sujeitas a uma fiscalização prévia.«É condição suficiente para os projectos estarem em conformidade a assinatura de um termo de responsabilidade por um técnico inscrito numa associação profissional», ou seja, «basta uma assinatura», disse, frisando que uma legislação muito permissiva pode dar um dia maus resultados. Se sismo fosse mais perto da costa teria efeitos semelhantes ao abalo de Aquila, diz especialista – Para Luís Guerreiro, que esteve em Aquila depois do sismo naquela região, que deixou pessoas soterradas e casas destruídas, se o abalo desta quinta-feira tivesse sido mais perto da costa teria provocado efeitos semelhantes aos registados naquela cidade italiana. «O tipo de construção era relativamente semelhante ao sistema português», mas talvez Aquila tenha «um núcleo antigo mais importante», disse, frisando que em Portugal não há razões para alarme porque o epicentro foi a cerca de 100 quilómetros do Cabo de São Vicente.O professor do departamento de Engenharia Civil do IST aplaudiu o facto de a Protecção Civil estar a verificar algumas estruturas, acrescentando, no entanto, que não deverá «encontrar grande coisa». Luís Guerreiro destacou o facto de a Protecção Civil ser a única entidade que tem investido em matéria de segurança sísmica em Portugal, contando com o apoio de algumas universidades, enquanto as autarquias têm mostrado pouca «preocupação» neste tema.As novas construções têm tudo para estar preparadas para aguentar tremores de terra, mas o especialista põe em dúvida a fiscalização realizada, que é «baseada muito no compromisso de honra do projectista» e não tanto numa «verificação sistemática» da forma como os edifícios são construídos. Assim, para o professor é preciso passar do papel a prática, mas sobretudo fiscalizar o cumprimento das normas para que a segurança esteve completamente garantida.O sismo de 6.0 na escala de Richter, com epicentro a cerca de 100 quilómetros do Cabo de São Vicente, foi sentido em Portugal à 1:37 e desde então foram sentidas pelo menos 16 réplicas.Protecção Civil quer verificar estruturas após sismo – A Protecção Civil quer fiscalizar diversas estruturas, na sequência do sismo de 6.0 na escala de Richter que abalou, esta quinta-feira, boa parte do território português, mas que foi sentido em particular no litoral. Em declarações à TSF, o comandante Pedro Araújo explicou que foi feita uma reunião esta quinta-feira de madrugada em que esteve presente o ministro Rui Pereira e onde foi feita a primeira preparação deste plano.«Naturalmente que se seguirão outras demarches no sentido de definir as melhores acções a serem tomadas», acrescentou este comandante, que adiantou que será feita uma verificação local de alguns sítios de acordo com a sensibilidade da Protecção Civil e das populações. Pedro Araújo lembrou ainda que bombeiros e Protecção Civil receberam milhares de chamadas por causa do abalo, chamadas em que a população que pediu essencialmente informação e perguntou sobre a possibilidade de existência de réplicas foi tranquilizada.«Era sobretudo uma preocupação relacionada com a repetição ou não de eventos sísmicos e por isso aquilo que foi sendo dito é que é vulgar existirem réplicas, embora de menor intensidade, que foi aquilo que aconteceu», concluiu.* * * * * * * *Fonte: TSF