"Fechado por motivos pessoais até sexta-feira"

04-02-2011
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O cartaz afixado na montra ajuda a explicar o motivo para a porta estar encerrada: "Fechado por motivos pessoais até sexta-feira", lê-se. É aqui, na Avenida de França, que funciona o único restaurante chinês de Famalicão. Os proprietários chegaram ao Minho antes da grande vaga de imigração da China para Portugal e por ali ficaram já lá vai década e meia. Embora ninguém o assuma oficialmente, o estabelecimento pertence ao homem detido pela PJ por envolvimento no sequestro de outra cidadã chinesa.

Nos últimos anos, a cidade foi descoberta pelos empresários asiáticos e hoje há mais de 40 estabelecimentos comerciais detidos por chineses em todo o concelho, segundo dados da Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF). Nem sempre a convivência é fácil e a instituição tem recebido queixas dos comerciantes tradicionais, mas entre a comunidade chinesa também há associados da ACIF. O crime, no entanto, parece ter passado ao lado da comunidade chinesa. Nos estabelecimentos comerciais ninguém ouviu falar do caso. Contornando as dificuldades com o português, o proprietário da Loja China queixa-se do negócio, parado por causa da crise, mas sobre o rapto assegura nada saber. Das lojas retalhistas como esta, o negócio dos chineses expandiu-se também para o calçado e vestuário. Nas principais ruas da cidade há várias lojas de grandes dimensões, propriedade de empresários vindos da China. Na mais recente delas, a For You, que ocupa dois pisos na Rua de Santo António, os empregados são todos portugueses. É Nelson, um desses funcionários, quem explica que os patrões chegaram há menos de um ano e não dominam a língua. Sobre o crime, a mesma garantia: nunca ouviram falar. Samuel Silva

O cartaz afixado na montra ajuda a explicar o motivo para a porta estar encerrada: "Fechado por motivos pessoais até sexta-feira", lê-se. É aqui, na Avenida de França, que funciona o único restaurante chinês de Famalicão. Os proprietários chegaram ao Minho antes da grande vaga de imigração da China para Portugal e por ali ficaram já lá vai década e meia. Embora ninguém o assuma oficialmente, o estabelecimento pertence ao homem detido pela PJ por envolvimento no sequestro de outra cidadã chinesa.

Nos últimos anos, a cidade foi descoberta pelos empresários asiáticos e hoje há mais de 40 estabelecimentos comerciais detidos por chineses em todo o concelho, segundo dados da Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF). Nem sempre a convivência é fácil e a instituição tem recebido queixas dos comerciantes tradicionais, mas entre a comunidade chinesa também há associados da ACIF. O crime, no entanto, parece ter passado ao lado da comunidade chinesa. Nos estabelecimentos comerciais ninguém ouviu falar do caso. Contornando as dificuldades com o português, o proprietário da Loja China queixa-se do negócio, parado por causa da crise, mas sobre o rapto assegura nada saber. Das lojas retalhistas como esta, o negócio dos chineses expandiu-se também para o calçado e vestuário. Nas principais ruas da cidade há várias lojas de grandes dimensões, propriedade de empresários vindos da China. Na mais recente delas, a For You, que ocupa dois pisos na Rua de Santo António, os empregados são todos portugueses. É Nelson, um desses funcionários, quem explica que os patrões chegaram há menos de um ano e não dominam a língua. Sobre o crime, a mesma garantia: nunca ouviram falar. Samuel Silva

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