Foi com o romance Donde nadie Te Encuentre, inspirado na história de La Pastora, uma bandoleira catalã que viveu parte da sua vida como homem, que a escritora Alicia Giménez Bartlett conquistou o júri do 67º Prémio Nadal de Literatura, no valor de 18 mil euros. Ao receber, na quinta-feira à noite, este que é o prémio literário mais antigo de Espanha, Alicia Giménez Bartlett dedicou-o à escritora Ana María Matute, último prémio Cervantes, que estava presente na cerimónia.
Giménez Bartlett tem uma vasta produção literária, mas é mais conhecida pelos romances policiais que escreveu e foram adaptados à televisão, com a inspectora Petra Delicado que criou nos anos 90. O crítico literário do El País J. Ernesto Ayala-Dip escrevia ontem a propósito da atribuição do prémio: "Que agora Giménez Bartlett receba o Nadal não me espanta nada. E não me coloca nenhuma dúvida. Continuo a interrogar-me como consegue esta escritora conciliar registos tão diferentes."
Donde nadie Te Encuentre, que ainda não foi publicado, porque o prémio a que concorreram 284 obras é atribuído a originais, é um desses romances que sai fora dos policiais de Bartlett. Na cerimónia, a escritora explicou que o romance conta a história de La Pastora, uma bandoleira maquis (guerrilha antifranquista espanhola), inspirada numa figura real, cuja vida um psiquiatra francês e um jornalista catalão (de ficção) investigam nos anos 50. Esta mulher, que se escondia nas montanhas da Catalunha, passa a vestir roupas de homem e a dizer que se chama Florencio, depois de um dia ter sido mandada despir pela Guarda Civil e violada. A verdadeira guerrilheira em que Alicia Giménez Bartlett se inspirou chamava-se Teresa Plà Meseguer (1917-2004). Nasceu com uma grave malformação genital, um "falso hermafroditismo" e o pai registou-a como mulher, mas acaba por morrer como homem, contou a escritora ao jornal ABC.
Bartlett nasceu em Almansa, em 1951, e é doutorada em Literatura Espanhola pela Universidade de Barcelona, cidade onde vive. Vários dos seus livros estão publicados em Portugal pela Pergaminho: Rituais de Morte, Dia de Cães e Os mensageiros da Escuridão, Mortos de Papel. Há ainda Um Quarto Que não É Seu (inspirado na vida de Virginia Woolf, na Bico de Pena) e um conto, O Teu Nome flutuando no Adeus (ed. Oficina do Livro).
Foi com o romance Donde nadie Te Encuentre, inspirado na história de La Pastora, uma bandoleira catalã que viveu parte da sua vida como homem, que a escritora Alicia Giménez Bartlett conquistou o júri do 67º Prémio Nadal de Literatura, no valor de 18 mil euros. Ao receber, na quinta-feira à noite, este que é o prémio literário mais antigo de Espanha, Alicia Giménez Bartlett dedicou-o à escritora Ana María Matute, último prémio Cervantes, que estava presente na cerimónia.
Giménez Bartlett tem uma vasta produção literária, mas é mais conhecida pelos romances policiais que escreveu e foram adaptados à televisão, com a inspectora Petra Delicado que criou nos anos 90. O crítico literário do El País J. Ernesto Ayala-Dip escrevia ontem a propósito da atribuição do prémio: "Que agora Giménez Bartlett receba o Nadal não me espanta nada. E não me coloca nenhuma dúvida. Continuo a interrogar-me como consegue esta escritora conciliar registos tão diferentes."
Donde nadie Te Encuentre, que ainda não foi publicado, porque o prémio a que concorreram 284 obras é atribuído a originais, é um desses romances que sai fora dos policiais de Bartlett. Na cerimónia, a escritora explicou que o romance conta a história de La Pastora, uma bandoleira maquis (guerrilha antifranquista espanhola), inspirada numa figura real, cuja vida um psiquiatra francês e um jornalista catalão (de ficção) investigam nos anos 50. Esta mulher, que se escondia nas montanhas da Catalunha, passa a vestir roupas de homem e a dizer que se chama Florencio, depois de um dia ter sido mandada despir pela Guarda Civil e violada. A verdadeira guerrilheira em que Alicia Giménez Bartlett se inspirou chamava-se Teresa Plà Meseguer (1917-2004). Nasceu com uma grave malformação genital, um "falso hermafroditismo" e o pai registou-a como mulher, mas acaba por morrer como homem, contou a escritora ao jornal ABC.
Bartlett nasceu em Almansa, em 1951, e é doutorada em Literatura Espanhola pela Universidade de Barcelona, cidade onde vive. Vários dos seus livros estão publicados em Portugal pela Pergaminho: Rituais de Morte, Dia de Cães e Os mensageiros da Escuridão, Mortos de Papel. Há ainda Um Quarto Que não É Seu (inspirado na vida de Virginia Woolf, na Bico de Pena) e um conto, O Teu Nome flutuando no Adeus (ed. Oficina do Livro).