Sócrates à RTP: "é que se nós não tomássesmos estas medidas, a recessão seria muito maior, porque no momento em que você põe em causa o financiamento à nossa economia a recessão instalar-se-ia de forma precipitada, rápida e abrupta."No mínimo há que apontar a Sócrates falta de visão ou imprudência. Toma algumas - insuficientes - medidas in extremis, mas se pudesse a farra socialista continuaria. O in extremis viria depois dele, and who cares. Ferreira Leite falou disto, Medina Carreira fala disto há anos e anos. Assacar a responsabilidade toda da actual crise a Sócrates seria estúpido. A questão fundamental é que em Portugal não compensa prevenir. O discurso da prevenção não vende. Não somos prudentes nem particularmente informados, e a isto acresce que, por definição, um desastre evitado é um desastre que nunca se chega a conhecer. Ora, se um português nunca chega a vê-lo, como é que acredita que ele é possível, ainda que pouco provável?... O português tem de ver as coisas um palmo à sua frente... o português gosta de paredes... E como é próprio do imprudente, tem memória curta: 25 anos depois do FMI (m)andar aqui, voltamos ao mesmo.
Categorias
Entidades
Sócrates à RTP: "é que se nós não tomássesmos estas medidas, a recessão seria muito maior, porque no momento em que você põe em causa o financiamento à nossa economia a recessão instalar-se-ia de forma precipitada, rápida e abrupta."No mínimo há que apontar a Sócrates falta de visão ou imprudência. Toma algumas - insuficientes - medidas in extremis, mas se pudesse a farra socialista continuaria. O in extremis viria depois dele, and who cares. Ferreira Leite falou disto, Medina Carreira fala disto há anos e anos. Assacar a responsabilidade toda da actual crise a Sócrates seria estúpido. A questão fundamental é que em Portugal não compensa prevenir. O discurso da prevenção não vende. Não somos prudentes nem particularmente informados, e a isto acresce que, por definição, um desastre evitado é um desastre que nunca se chega a conhecer. Ora, se um português nunca chega a vê-lo, como é que acredita que ele é possível, ainda que pouco provável?... O português tem de ver as coisas um palmo à sua frente... o português gosta de paredes... E como é próprio do imprudente, tem memória curta: 25 anos depois do FMI (m)andar aqui, voltamos ao mesmo.