Como as inundações na zona baixa de Alcântara são recorrentes, um estudo prévio da REFER para o Plano de Urbanização de Alcântara vem propor a construção de cinco bacias de retenção de água ao longo do vale para diminuir o risco de cheias.Nele é proposto um sistema com bacias de retenção de água a construir a jusante da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), no espaço anteriormente ocupado por uma estação de serviço, junto à zona da Estação de Alcântara-Terra e junto à Estação de Alcântara-Rio (duas).O argumento usado é que “um sistema de bacias de retenção apresenta como principal vantagem a diminuição dos riscos de cheia, através da redução dos caudais e volumes de ponta de cheia”, recorda o documento, sublinhando que, ao promoverem alguma infiltração de água, as bacias diminuem a exigência relativa aos sistemas de drenagem.Como a construção descontrolada, a existência de caves e de infra-estruturas subterrâneas acarretam “graves situações de drenagem e de risco de inundações que é essencial considerar”, o estudo aponta a construção de dois reservatórios enterrados (Campolide-Benfica e Avenidas Novas), previstos no Plano Geral de Drenagem de Lisboa e que deverão garantir “o controlo das cheias para o período de retorno de 10 anos”. O documento recorda igualmente que o Caneiro de Alcântara tem “algumas deficiências de carácter estrutural e de capacidade de escoamento para condições simultâneas de chuvadas intensas e preia-mar” e sublinha as implicações que a construção de linhas ou túneis ferroviários na zona pode ter na estrutura e na segurança do próprio Caneiro.Refere igualmente que uma das soluções propostas para a via-férrea interfere com um dos elementos da estação elevatória da SIMTEJO, pertencente ao Sistema Interceptor de Algés-Alcântara, pois “trata-se de um sifão duplo invertido (…) que terá que ser remodelado para viabilizar a construção da nova via-férrea em túnel”.O estudo destaca igualmente algumas das limitações do Caneiro, sobretudo a antiguidade de alguns dos colectores, e defende que “as intervenções a realizar no Caneiro deverão conduzir a secções com maiores capacidades efectivas de escoamento”, sublinhando que as intervenções nas infra-estruturas adicionais de drenagem “deverão aumentar a capacidade de escoamento”, com descargas o mais a jusante possível, no sentido do rio Tejo.A Ribeira de Alcântara, vulgarmente conhecida como Caneiro de Alcântara por se encontrar canalizada, começa junto às Portas de Benfica, no cruzamento da Estrada Militar com a Rua das Fontainhas (limite com o concelho da Amadora), e atravessa as freguesias de Benfica e S. Domingos de Benfica até à estação de caminhos-de-ferro de Campolide. A partir desta zona, após a confluência com a Ribeira de Sete Rios, prolonga-se no sentido Norte-Sul até desaguar no Rio Tejo junto à Gare Marítima de Alcântara.Ver Lusa doc. nº 10102072, 10/09/2009 - 15:45
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Como as inundações na zona baixa de Alcântara são recorrentes, um estudo prévio da REFER para o Plano de Urbanização de Alcântara vem propor a construção de cinco bacias de retenção de água ao longo do vale para diminuir o risco de cheias.Nele é proposto um sistema com bacias de retenção de água a construir a jusante da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), no espaço anteriormente ocupado por uma estação de serviço, junto à zona da Estação de Alcântara-Terra e junto à Estação de Alcântara-Rio (duas).O argumento usado é que “um sistema de bacias de retenção apresenta como principal vantagem a diminuição dos riscos de cheia, através da redução dos caudais e volumes de ponta de cheia”, recorda o documento, sublinhando que, ao promoverem alguma infiltração de água, as bacias diminuem a exigência relativa aos sistemas de drenagem.Como a construção descontrolada, a existência de caves e de infra-estruturas subterrâneas acarretam “graves situações de drenagem e de risco de inundações que é essencial considerar”, o estudo aponta a construção de dois reservatórios enterrados (Campolide-Benfica e Avenidas Novas), previstos no Plano Geral de Drenagem de Lisboa e que deverão garantir “o controlo das cheias para o período de retorno de 10 anos”. O documento recorda igualmente que o Caneiro de Alcântara tem “algumas deficiências de carácter estrutural e de capacidade de escoamento para condições simultâneas de chuvadas intensas e preia-mar” e sublinha as implicações que a construção de linhas ou túneis ferroviários na zona pode ter na estrutura e na segurança do próprio Caneiro.Refere igualmente que uma das soluções propostas para a via-férrea interfere com um dos elementos da estação elevatória da SIMTEJO, pertencente ao Sistema Interceptor de Algés-Alcântara, pois “trata-se de um sifão duplo invertido (…) que terá que ser remodelado para viabilizar a construção da nova via-férrea em túnel”.O estudo destaca igualmente algumas das limitações do Caneiro, sobretudo a antiguidade de alguns dos colectores, e defende que “as intervenções a realizar no Caneiro deverão conduzir a secções com maiores capacidades efectivas de escoamento”, sublinhando que as intervenções nas infra-estruturas adicionais de drenagem “deverão aumentar a capacidade de escoamento”, com descargas o mais a jusante possível, no sentido do rio Tejo.A Ribeira de Alcântara, vulgarmente conhecida como Caneiro de Alcântara por se encontrar canalizada, começa junto às Portas de Benfica, no cruzamento da Estrada Militar com a Rua das Fontainhas (limite com o concelho da Amadora), e atravessa as freguesias de Benfica e S. Domingos de Benfica até à estação de caminhos-de-ferro de Campolide. A partir desta zona, após a confluência com a Ribeira de Sete Rios, prolonga-se no sentido Norte-Sul até desaguar no Rio Tejo junto à Gare Marítima de Alcântara.Ver Lusa doc. nº 10102072, 10/09/2009 - 15:45