O João Miranda no Blasfémias (http://ablasfemia.blogspot.com/) publica as leis de Murphy da sinistralidade, assunto tão em voga agora com o PR na estrada. Ora leiam:Sinistralidade rodoviária IPorque haveriam de temer as multas aqueles que não temem a morte?Sinistralidade Rodoviária IIUm dia, feitas as contas, alguém ainda vai descobrir que em Portugal a probabilidade de um automobilista ter um acidente é maior que a probabilidade de ser fiscalizado pelas autoridades.Sinistralidade Rodoviária IIIQuanto maiores forem as multas mais impopular será cada fiscalização. Quanto mais impopular for cada fiscalização mais tolerantes serão os polícias.Sinistralidade Rodoviária IVSe o valor médio das multas for de 100 contos e a probabilidade de um condutor ser fiscalizado for zero, cada condutor pagará em média zero contos de multa.Se o valor médio das multas for de 200 contos e a probabilidade de um condutor ser fiscalizado for zero, cada condutor pagará em média zero contos de multa. Sinistralidade Rodoviária VSe as multas aumentam, os incentivos para a corrupção aumentam. Sinistralidade Rodoviária VIQuando as leis são injustas, ninguém as cumpre. Sinistralidade Rodoviária VIIO factor que mais influencia a sinistralidade rodoviária é o nível de vida de uma sociedade. Por uma lado, os pobres estão dispostos a correr mais riscos que os ricos. E por outro, a segurança é cara, muito cara. Sinistralidade Rodoviária VIIINão são as leis que produzem civismo, o civismo é que produz boas leis. Sinistralidade Rodoviária IXCoisas que induzem ao aumento da sinistralidade rodoviária:- Estradas mal sinalizadas;- Estradas mal construídas e pior conservadas;- Excesso de carros adquiridos em 2ª, 3ª e 4ª mão;- Peso excessivo do IA nos veículos novos;- Cartas de condução obtidas por quem não sabe conduzir;- Inexistência de estacionamento nas grandes cidades;- Péssimas condições de acesso às grandes cidades;- Legisladores maximalistas em países terceiro-mundistas. Sinistralidade Rodoviária XA sinistralidade rodoviária, medida em acidentes por quilómetro percorrido, tem vindo a diminuir nos últimos anos. As razões são puramente económicas. Melhoraram os carros, melhoraram os sistemas de segurança dos carros, melhoraram as estradas e as pessoas passaram a dar mais valor pela própria vida. Mas nada impedirá os políticos de interpretarem a redução do número de acidentes por quilómetro percorrido como um resultado das campanhas de sensibilização e dos sucessivos aumentos das multas.
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O João Miranda no Blasfémias (http://ablasfemia.blogspot.com/) publica as leis de Murphy da sinistralidade, assunto tão em voga agora com o PR na estrada. Ora leiam:Sinistralidade rodoviária IPorque haveriam de temer as multas aqueles que não temem a morte?Sinistralidade Rodoviária IIUm dia, feitas as contas, alguém ainda vai descobrir que em Portugal a probabilidade de um automobilista ter um acidente é maior que a probabilidade de ser fiscalizado pelas autoridades.Sinistralidade Rodoviária IIIQuanto maiores forem as multas mais impopular será cada fiscalização. Quanto mais impopular for cada fiscalização mais tolerantes serão os polícias.Sinistralidade Rodoviária IVSe o valor médio das multas for de 100 contos e a probabilidade de um condutor ser fiscalizado for zero, cada condutor pagará em média zero contos de multa.Se o valor médio das multas for de 200 contos e a probabilidade de um condutor ser fiscalizado for zero, cada condutor pagará em média zero contos de multa. Sinistralidade Rodoviária VSe as multas aumentam, os incentivos para a corrupção aumentam. Sinistralidade Rodoviária VIQuando as leis são injustas, ninguém as cumpre. Sinistralidade Rodoviária VIIO factor que mais influencia a sinistralidade rodoviária é o nível de vida de uma sociedade. Por uma lado, os pobres estão dispostos a correr mais riscos que os ricos. E por outro, a segurança é cara, muito cara. Sinistralidade Rodoviária VIIINão são as leis que produzem civismo, o civismo é que produz boas leis. Sinistralidade Rodoviária IXCoisas que induzem ao aumento da sinistralidade rodoviária:- Estradas mal sinalizadas;- Estradas mal construídas e pior conservadas;- Excesso de carros adquiridos em 2ª, 3ª e 4ª mão;- Peso excessivo do IA nos veículos novos;- Cartas de condução obtidas por quem não sabe conduzir;- Inexistência de estacionamento nas grandes cidades;- Péssimas condições de acesso às grandes cidades;- Legisladores maximalistas em países terceiro-mundistas. Sinistralidade Rodoviária XA sinistralidade rodoviária, medida em acidentes por quilómetro percorrido, tem vindo a diminuir nos últimos anos. As razões são puramente económicas. Melhoraram os carros, melhoraram os sistemas de segurança dos carros, melhoraram as estradas e as pessoas passaram a dar mais valor pela própria vida. Mas nada impedirá os políticos de interpretarem a redução do número de acidentes por quilómetro percorrido como um resultado das campanhas de sensibilização e dos sucessivos aumentos das multas.