Almanaque Republicano: BUSTOS DA REPÚBLICA

21-01-2011
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"A figura feminina como representação simbólica da República teve enorme divulgação nos primeiros tempos do novo regime político implantado em Portugal em 1910. Com efeito, o busto da República tornou-se mesmo um dos seus símbolos com maior visibilidade, sobretudo quando, a partir de 1912, passou a ser obrigatória a sua colocação em repartições e edifícios públicos e ao ser adoptado, como efígie, para figurar em moedas de grande circulação.Embora existam muitas versões artísticas de bustos da República, os mais conhecidos e difundidos foram os que obtiveram o 1.º e o 2.º lugares num concurso promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, em 1911, com o objectivo de se escolher aquele que deveria passar a ser o «busto oficial». São seus autores, respectivamente, os escultores Francisco dos Santos (1878-1930) e Simões de Almeida Sobrinho (1880-1950).Os Correios Portugueses, que desde 2007 têm vindo a evocar em selo alguns dos temas mais representativos da efeméride que o País celebra em 2010, propuseram a artistas contemporâneos que efectuassem uma reinterpretação livre do busto tradicional da República. A presente emissão traduz o resultado de tal repto (com reprodução das criações artísticas da autoria de André Carrilho, Bento Condado, Costa Pinheiro, João Abel Manta, João Machado, Júlio Pomar e Luís Macieira), e inclui ainda uma cópia da peça «histórica», assinada por Francisco Santos, vencedor do concurso público de 1911. Embora tenha caído em desuso, o busto da República ainda hoje é interpretado como personificação do regime republicano, evocando espontaneamente os seus valores e mais nobres ideais, sintetizados no lema-programa inspirador da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade. Aliás, a própria escolha da figura feminina como imagem representativa da República e da Mãe Pátria, se bem que com origens mais longínquas, remete para o exemplo francês, inclusive na adopção dos seus atributos, designadamente o barrete frígio e o ramo de louros, ícones da Liberdade e da Vitória e também eles de ressonâncias históricas remotas"ler MAIS AQUIJ.M.M.


"A figura feminina como representação simbólica da República teve enorme divulgação nos primeiros tempos do novo regime político implantado em Portugal em 1910. Com efeito, o busto da República tornou-se mesmo um dos seus símbolos com maior visibilidade, sobretudo quando, a partir de 1912, passou a ser obrigatória a sua colocação em repartições e edifícios públicos e ao ser adoptado, como efígie, para figurar em moedas de grande circulação.Embora existam muitas versões artísticas de bustos da República, os mais conhecidos e difundidos foram os que obtiveram o 1.º e o 2.º lugares num concurso promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, em 1911, com o objectivo de se escolher aquele que deveria passar a ser o «busto oficial». São seus autores, respectivamente, os escultores Francisco dos Santos (1878-1930) e Simões de Almeida Sobrinho (1880-1950).Os Correios Portugueses, que desde 2007 têm vindo a evocar em selo alguns dos temas mais representativos da efeméride que o País celebra em 2010, propuseram a artistas contemporâneos que efectuassem uma reinterpretação livre do busto tradicional da República. A presente emissão traduz o resultado de tal repto (com reprodução das criações artísticas da autoria de André Carrilho, Bento Condado, Costa Pinheiro, João Abel Manta, João Machado, Júlio Pomar e Luís Macieira), e inclui ainda uma cópia da peça «histórica», assinada por Francisco Santos, vencedor do concurso público de 1911. Embora tenha caído em desuso, o busto da República ainda hoje é interpretado como personificação do regime republicano, evocando espontaneamente os seus valores e mais nobres ideais, sintetizados no lema-programa inspirador da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade. Aliás, a própria escolha da figura feminina como imagem representativa da República e da Mãe Pátria, se bem que com origens mais longínquas, remete para o exemplo francês, inclusive na adopção dos seus atributos, designadamente o barrete frígio e o ramo de louros, ícones da Liberdade e da Vitória e também eles de ressonâncias históricas remotas"ler MAIS AQUIJ.M.M.

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