Solidariedade e Cidadania: Estar atento aos sinais

22-12-2009
marcar artigo

Apesar de estarem entregues todas as moções, por decisão do camarada José Sócrates, só no próximo dia 6 será conhecido o conteúdo da sua moção.Lamentamos que a COC não coloque antes dessa data as moções entregues on-line.Este facto não nos pode inibir de começarmos desde já a discutir as questões que nos preocupam como militantes socialistas.Os comentários já editados neste blogue demonstram claramente a vontade de participação e a necessidade de um debate sereno e clarificador.Uma das questões sobre a qual tomamos partido na moção é a nossa posição contra as taxas ditas “moderadoras” que o camarada Correia de Campos defendeu que deveriam ser pagas por quem carece de internamento ou de intervenção cirúrgica. Não está em causa a necessidade de reduzir e racionalizar os custos na Saúde. Na moção apontam-se algumas medidas que poderiam permitir reduzir os custos, mas consideramos que estas novas taxas não devem ser adoptadas porque põem causa os direitos dos doentes.A medida tem, aliás, segundo Correia de Campos, reduzido alcance financeiro.Foi por isso com muito interesse que assistimos à entrevista ontem dada a um canal de televisão por Constantino Sakellarides, antigo Director-Geral da Saúde do governo de António Guterres.Sakellarides classificou estas taxas como “ taxas de punição dos doentes” e acrescentou que apenas servirão para “pressionar o doente a pressionar o médico” a que o internamento termine rapidamente (Vide, Diário de Notícias de 30 de Setembro de 2006).Mas disse mais, que estão em contradição com a filosofia que deve estar na base do Serviço Nacional de Saúde, que são um erro e não devem ser adoptadas.Um princípio subjacente ao Serviço Nacional de Saúde é o de que nós pagamos os nossos impostos e fazemos os nossos descontos para podermos beneficiar do sistema quando estamos numa situação de maior vulnerabilidade decorrente designadamente da idade. Não faz nenhum sentido por isso vir a punir os mais idosos quando recorrem ao internamento ou à intervenção cirúrgica, criando-lhes uma angústia suplementar, provocada pela existência de taxas deste tipo.A sua eventual existência podia aliás ser um primeiro passo na alteração dos princípios subjacentes ao Serviço Nacional de Saúde. Vale, por isso, a pena discutir a sua criação.José Leitão

Apesar de estarem entregues todas as moções, por decisão do camarada José Sócrates, só no próximo dia 6 será conhecido o conteúdo da sua moção.Lamentamos que a COC não coloque antes dessa data as moções entregues on-line.Este facto não nos pode inibir de começarmos desde já a discutir as questões que nos preocupam como militantes socialistas.Os comentários já editados neste blogue demonstram claramente a vontade de participação e a necessidade de um debate sereno e clarificador.Uma das questões sobre a qual tomamos partido na moção é a nossa posição contra as taxas ditas “moderadoras” que o camarada Correia de Campos defendeu que deveriam ser pagas por quem carece de internamento ou de intervenção cirúrgica. Não está em causa a necessidade de reduzir e racionalizar os custos na Saúde. Na moção apontam-se algumas medidas que poderiam permitir reduzir os custos, mas consideramos que estas novas taxas não devem ser adoptadas porque põem causa os direitos dos doentes.A medida tem, aliás, segundo Correia de Campos, reduzido alcance financeiro.Foi por isso com muito interesse que assistimos à entrevista ontem dada a um canal de televisão por Constantino Sakellarides, antigo Director-Geral da Saúde do governo de António Guterres.Sakellarides classificou estas taxas como “ taxas de punição dos doentes” e acrescentou que apenas servirão para “pressionar o doente a pressionar o médico” a que o internamento termine rapidamente (Vide, Diário de Notícias de 30 de Setembro de 2006).Mas disse mais, que estão em contradição com a filosofia que deve estar na base do Serviço Nacional de Saúde, que são um erro e não devem ser adoptadas.Um princípio subjacente ao Serviço Nacional de Saúde é o de que nós pagamos os nossos impostos e fazemos os nossos descontos para podermos beneficiar do sistema quando estamos numa situação de maior vulnerabilidade decorrente designadamente da idade. Não faz nenhum sentido por isso vir a punir os mais idosos quando recorrem ao internamento ou à intervenção cirúrgica, criando-lhes uma angústia suplementar, provocada pela existência de taxas deste tipo.A sua eventual existência podia aliás ser um primeiro passo na alteração dos princípios subjacentes ao Serviço Nacional de Saúde. Vale, por isso, a pena discutir a sua criação.José Leitão

marcar artigo