António Romão decidiu hoje prestar um "Tributo ao Professor Bentes". Aqui.Ao encontrar o texto, foram muitas as imagens (talvez melhor, as sensações) que percorreram a minha mente.O prof. Bentes foi o meu professor primário, da 1.ª à 4.ª classe, na Escola de S. Bartolomeu, ali a dois passos da casa onde nasci e onde vivia, na Rua das Padeiras.Soube que ele era alguém importante no desporto porque um colega de sala de aula levava o pão para comer no intervalo embrulhado numa bolsa que tinha bordado o emblema da Briosa e as palavras "Bentes rato atómico". Lá em casa, a família disse-me que ele tinha sido um grande jogador.Ajudou-me ainda a preparar o "exame de admissão", nas explicações colectivas que decorriam depois das aulas na própria escola. Outros tempos...Foi com ele, também, que entrei pela primeira vez no Campo de Santa Cruz, num fim de tarde, para ver o treino dos juvenis, que ele orientava. Em 1964? Em 1965?Mais tarde, fomos "colegas de ofício" e encontrámo-nos várias vezes na Delegação Escolar de Coimbra, que funcionava na escola primária da Avenida Sá da Bandeira, ao lado da Manutenção Militar. Era lá que trabalhava.Um dia, pedi-lhe uma entrevista.Recusou, recusou... até que aceitou.Marcado o encontro, disse-lhe que era para o "O Jogo".- É um jornal novo?, perguntou.-É. É um jornal diário desportivo, respondi.- Diário???! E há notícias para fazer um jornal desportivo todos os dias?!..., comentou.Foi aí por 1986 ou 1987. Era o início do jornalismo desportivo diário em Portugal. Hoje é o que se sabe.(Tenho de ir à procura da entrevista, nunca guardei os meus trabalhos, por vezes aparecem uns por aqui, outros por ali...)Homem simples e bom, o professor Bentes é das pessoas a quem devo algo do que sou.(Outro é o padre Nunes Pereira que, se fosse vivo, faria 100 anos no próximo dia 3 de Dezembro. Vou tentar não me esquecer dele nessa data.)Académica 1950-1951
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António Romão decidiu hoje prestar um "Tributo ao Professor Bentes". Aqui.Ao encontrar o texto, foram muitas as imagens (talvez melhor, as sensações) que percorreram a minha mente.O prof. Bentes foi o meu professor primário, da 1.ª à 4.ª classe, na Escola de S. Bartolomeu, ali a dois passos da casa onde nasci e onde vivia, na Rua das Padeiras.Soube que ele era alguém importante no desporto porque um colega de sala de aula levava o pão para comer no intervalo embrulhado numa bolsa que tinha bordado o emblema da Briosa e as palavras "Bentes rato atómico". Lá em casa, a família disse-me que ele tinha sido um grande jogador.Ajudou-me ainda a preparar o "exame de admissão", nas explicações colectivas que decorriam depois das aulas na própria escola. Outros tempos...Foi com ele, também, que entrei pela primeira vez no Campo de Santa Cruz, num fim de tarde, para ver o treino dos juvenis, que ele orientava. Em 1964? Em 1965?Mais tarde, fomos "colegas de ofício" e encontrámo-nos várias vezes na Delegação Escolar de Coimbra, que funcionava na escola primária da Avenida Sá da Bandeira, ao lado da Manutenção Militar. Era lá que trabalhava.Um dia, pedi-lhe uma entrevista.Recusou, recusou... até que aceitou.Marcado o encontro, disse-lhe que era para o "O Jogo".- É um jornal novo?, perguntou.-É. É um jornal diário desportivo, respondi.- Diário???! E há notícias para fazer um jornal desportivo todos os dias?!..., comentou.Foi aí por 1986 ou 1987. Era o início do jornalismo desportivo diário em Portugal. Hoje é o que se sabe.(Tenho de ir à procura da entrevista, nunca guardei os meus trabalhos, por vezes aparecem uns por aqui, outros por ali...)Homem simples e bom, o professor Bentes é das pessoas a quem devo algo do que sou.(Outro é o padre Nunes Pereira que, se fosse vivo, faria 100 anos no próximo dia 3 de Dezembro. Vou tentar não me esquecer dele nessa data.)Académica 1950-1951