A falta de vergonha para caçar votos aos mais ingénuos não tem limites no staff dos assessores de imagem de Sócrates.Depois da derrota nas eleições europeias (convém lembrar que Sócrates, após enganar os portugueses em 2005, nunca mais ganhou nada em eleições nacionais), o país tem assistido, num misto de incredulidade e repugnância, à operação mediática de lavagem da imagem pública de Sócrates, trajado agora com uma personalidade mais condizente com o tipo cortês que se emociona (alguém se lembra já do político determinado e obstinado a defender à outrance as medidas governativas mais disparatadas?) e que exercita esgares paternalistas, nunca escarnecendo dos seus adversários. Bastou, para tal, terem-lhe injectado uns extractos de animal manso para, de repente, emergir um timbre de voz a dar para o melodramático, um olhar de absorta e infinita complacência ou as sucessivas declarações de horror à maledicência, exorcizando a sua prática retórica de quando era oposição e de quando andava de peito inchado com o deslumbramento da maioria absoluta.Para que o simulacro do “bonzinho” cole junto da opinião pública invocam-se repetidamente os filhos (terão estado, durante a legislatura, a estudar em algum colégio particular e não se terão apercebido da ferocidade do pai para com os professores e da degradação que instalou na escola pública? – sempre podiam tê-lo aconselhado a ser “fixe” com esse bando de privilegiados, os professores) e até se ensaiam lágrimas socráticas (porventura com a mesma composição química das choradas pelo crocodilo).A figura vai ficando lavadinha e cintilante de tudo aquilo que antes não se foi.Agora, é a notícia da reaproximação à ex-mulher, de forma a obter-se o efeito junto das pessoas que seja ajustado à táctica deste PS de defender o mesmo e o seu contrário, agradando aos apologistas da união de facto, mas piscando o olho aos que se revêem mais na estrutura familiar tradicional.É bem provável que a grande Fátima Lopes, depois do irmão de Sócrates, ainda se lembre de convidar, esta semana, os filhos e a ex-mulher de Sócrates, de modo a poder-se passar a mensagem de um político demasiado humano, compreensivo e nada arrogante, que ideia!Quem sabe se a seguir não aparecem o tio e os primos.Já a menina Câncio talvez seja recomendável escondê-la, aproveitando o espaço livre no armário de Jorge Pedreira e afins.No limite, não chegaremos a 27 de Setembro sem assistir a uma confissão de Sócrates do tipo “continuo a alimentar o sonho de um dia vir a ser professor – adoro os professores, numa qualquer escola TEIP, claro está, se o director for militante ou simpatizante do PS”.Esta gente não tem sentido do ridículo?!
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A falta de vergonha para caçar votos aos mais ingénuos não tem limites no staff dos assessores de imagem de Sócrates.Depois da derrota nas eleições europeias (convém lembrar que Sócrates, após enganar os portugueses em 2005, nunca mais ganhou nada em eleições nacionais), o país tem assistido, num misto de incredulidade e repugnância, à operação mediática de lavagem da imagem pública de Sócrates, trajado agora com uma personalidade mais condizente com o tipo cortês que se emociona (alguém se lembra já do político determinado e obstinado a defender à outrance as medidas governativas mais disparatadas?) e que exercita esgares paternalistas, nunca escarnecendo dos seus adversários. Bastou, para tal, terem-lhe injectado uns extractos de animal manso para, de repente, emergir um timbre de voz a dar para o melodramático, um olhar de absorta e infinita complacência ou as sucessivas declarações de horror à maledicência, exorcizando a sua prática retórica de quando era oposição e de quando andava de peito inchado com o deslumbramento da maioria absoluta.Para que o simulacro do “bonzinho” cole junto da opinião pública invocam-se repetidamente os filhos (terão estado, durante a legislatura, a estudar em algum colégio particular e não se terão apercebido da ferocidade do pai para com os professores e da degradação que instalou na escola pública? – sempre podiam tê-lo aconselhado a ser “fixe” com esse bando de privilegiados, os professores) e até se ensaiam lágrimas socráticas (porventura com a mesma composição química das choradas pelo crocodilo).A figura vai ficando lavadinha e cintilante de tudo aquilo que antes não se foi.Agora, é a notícia da reaproximação à ex-mulher, de forma a obter-se o efeito junto das pessoas que seja ajustado à táctica deste PS de defender o mesmo e o seu contrário, agradando aos apologistas da união de facto, mas piscando o olho aos que se revêem mais na estrutura familiar tradicional.É bem provável que a grande Fátima Lopes, depois do irmão de Sócrates, ainda se lembre de convidar, esta semana, os filhos e a ex-mulher de Sócrates, de modo a poder-se passar a mensagem de um político demasiado humano, compreensivo e nada arrogante, que ideia!Quem sabe se a seguir não aparecem o tio e os primos.Já a menina Câncio talvez seja recomendável escondê-la, aproveitando o espaço livre no armário de Jorge Pedreira e afins.No limite, não chegaremos a 27 de Setembro sem assistir a uma confissão de Sócrates do tipo “continuo a alimentar o sonho de um dia vir a ser professor – adoro os professores, numa qualquer escola TEIP, claro está, se o director for militante ou simpatizante do PS”.Esta gente não tem sentido do ridículo?!