Octávio V Gonçalves: Lembrança tocante deixada pelo João Soares, no meu mural do Facebook, em dia de aniversário. Obrigado, João!

03-08-2010
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Música lindíssima de Leonard Cohen para fruir, enquanto a mente se ocupa em divagações metafísicas sobre o sentido da existência.E não é que as divagações, segundo estudos recentes, mobilizam mais circuitos neurais e mais sinapses (iluminam-se e fervilham de actividade as avenidas da mente!) que o raciocínio lógico e o cálculo? Quando, na minha juventude, as questões filosóficas me capturaram o espírito e me tornaram a vontade refém destas bebedeiras reflexivas, eu bem que desconfiava que havia aqui qualquer coisa de uma complexidade grandiosa e esmagadora. É a beleza transcendente de pensar-me sem os constrangimentos da gramática, sem os afogos da lógica e sem a pressão da corporeidade humana que connosco disputa os limites da extensão física e social. É esta a verdadeira liberdade!Por outro lado, sempre tive algumas reservas acerca da festividade que envolve a celebração dos aniversários. Que sentimentos festivos pode encerrar o pretexto que nos recorda a inexorabilidade do tempo e a finitude do nosso destino? Celebrar a nossa passagem pelo tempo, ignorando desconhecer a desumanidade trágica que a temporalidade encerra, sempre disposta a abandonar-nos no exacto momento em que mais necessitaríamos dela, é um exercício bem ambivalente.Mas, os aniversários também têm o lado positivo de nos lembrar que há amigos que se lembram de nós. Uns sentimentos equilibram os outros.Chega de lucubrações filosóficas!Obrigado, João!


Música lindíssima de Leonard Cohen para fruir, enquanto a mente se ocupa em divagações metafísicas sobre o sentido da existência.E não é que as divagações, segundo estudos recentes, mobilizam mais circuitos neurais e mais sinapses (iluminam-se e fervilham de actividade as avenidas da mente!) que o raciocínio lógico e o cálculo? Quando, na minha juventude, as questões filosóficas me capturaram o espírito e me tornaram a vontade refém destas bebedeiras reflexivas, eu bem que desconfiava que havia aqui qualquer coisa de uma complexidade grandiosa e esmagadora. É a beleza transcendente de pensar-me sem os constrangimentos da gramática, sem os afogos da lógica e sem a pressão da corporeidade humana que connosco disputa os limites da extensão física e social. É esta a verdadeira liberdade!Por outro lado, sempre tive algumas reservas acerca da festividade que envolve a celebração dos aniversários. Que sentimentos festivos pode encerrar o pretexto que nos recorda a inexorabilidade do tempo e a finitude do nosso destino? Celebrar a nossa passagem pelo tempo, ignorando desconhecer a desumanidade trágica que a temporalidade encerra, sempre disposta a abandonar-nos no exacto momento em que mais necessitaríamos dela, é um exercício bem ambivalente.Mas, os aniversários também têm o lado positivo de nos lembrar que há amigos que se lembram de nós. Uns sentimentos equilibram os outros.Chega de lucubrações filosóficas!Obrigado, João!

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