Música lindíssima de Leonard Cohen para fruir, enquanto a mente se ocupa em divagações metafísicas sobre o sentido da existência.E não é que as divagações, segundo estudos recentes, mobilizam mais circuitos neurais e mais sinapses (iluminam-se e fervilham de actividade as avenidas da mente!) que o raciocínio lógico e o cálculo? Quando, na minha juventude, as questões filosóficas me capturaram o espírito e me tornaram a vontade refém destas bebedeiras reflexivas, eu bem que desconfiava que havia aqui qualquer coisa de uma complexidade grandiosa e esmagadora. É a beleza transcendente de pensar-me sem os constrangimentos da gramática, sem os afogos da lógica e sem a pressão da corporeidade humana que connosco disputa os limites da extensão física e social. É esta a verdadeira liberdade!Por outro lado, sempre tive algumas reservas acerca da festividade que envolve a celebração dos aniversários. Que sentimentos festivos pode encerrar o pretexto que nos recorda a inexorabilidade do tempo e a finitude do nosso destino? Celebrar a nossa passagem pelo tempo, ignorando desconhecer a desumanidade trágica que a temporalidade encerra, sempre disposta a abandonar-nos no exacto momento em que mais necessitaríamos dela, é um exercício bem ambivalente.Mas, os aniversários também têm o lado positivo de nos lembrar que há amigos que se lembram de nós. Uns sentimentos equilibram os outros.Chega de lucubrações filosóficas!Obrigado, João!
Categorias
Entidades
Música lindíssima de Leonard Cohen para fruir, enquanto a mente se ocupa em divagações metafísicas sobre o sentido da existência.E não é que as divagações, segundo estudos recentes, mobilizam mais circuitos neurais e mais sinapses (iluminam-se e fervilham de actividade as avenidas da mente!) que o raciocínio lógico e o cálculo? Quando, na minha juventude, as questões filosóficas me capturaram o espírito e me tornaram a vontade refém destas bebedeiras reflexivas, eu bem que desconfiava que havia aqui qualquer coisa de uma complexidade grandiosa e esmagadora. É a beleza transcendente de pensar-me sem os constrangimentos da gramática, sem os afogos da lógica e sem a pressão da corporeidade humana que connosco disputa os limites da extensão física e social. É esta a verdadeira liberdade!Por outro lado, sempre tive algumas reservas acerca da festividade que envolve a celebração dos aniversários. Que sentimentos festivos pode encerrar o pretexto que nos recorda a inexorabilidade do tempo e a finitude do nosso destino? Celebrar a nossa passagem pelo tempo, ignorando desconhecer a desumanidade trágica que a temporalidade encerra, sempre disposta a abandonar-nos no exacto momento em que mais necessitaríamos dela, é um exercício bem ambivalente.Mas, os aniversários também têm o lado positivo de nos lembrar que há amigos que se lembram de nós. Uns sentimentos equilibram os outros.Chega de lucubrações filosóficas!Obrigado, João!