A Nossa Candeia: Da Flexibilidade Laboral à Economia Nacional...

03-08-2010
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Há dias, no habitual frente-a-frente que o Jornal da Noite da SIC-N apresenta sob a tutela de Mário Crespo, Miguel Relvas demonstrou claramente que a posição defendida pela nova direcção do PSD face às questões do desemprego, do crescimento económico e da criação de emprego nada acrescentam ou alteram relativamente ao que a Dra.Manuela Ferreira Leite defendeu. Furioso com as observações avisadas sobre o problema que Bernardino Soares lhe ia colocando, no exercício de um contraditório que a realidade sustenta, Miguel Relvas defendeu mais alterações ao código laboral, afirmando sem reservas a velha solução liberal assente no legitimar de maior flexibilidade e maior mobilidade. Sem resposta aos argumentos do seu intrlocutor que lhe chamava a atenção para o efectivo significado da chamada "flexibilização" no contexto de uma economia sem postos de trabalho, a pretexto de uma pretensa mobilidade profissional inútil e ineficaz que decorre do défice de empregos disponíveis, para além da teimosia cega e surda de quem não tem um pensamento inovador, crítico e criativo sobre a matéria, Miguel Relvas acabou por ver as suas afirmações reduzidas "ad absurdum" na sequência dessa persistência lógica imune à verdade dos factos, na feliz dedução aristotélica de Bernardino Soares que acabou por extrapolar da argumentação do seu interlocutor sobre a vantagem de uma completa precariedade laboral ao desemprego, a seguinte afirmação: "(...) pois... também é preferível o desemprego à escravatura(...)", acrescentando: "(...) isso é política de terra queimada(...)". A demagogia grosseira e insensível das medidas propostas pelo PSD tem aliás eco numa crítica alargada que, entre outros, Manuel Alegre fez a propósito do discurso do Presidente da República que irresponsavelmente e sem sentido de Estado, resolveu declarar que a situação do país é "insustentável"! Não só porque, por um lado, o próprio FMI considerou inviáveis as políticas praticadas pela União Europeia (ler AQUI) em cujo contexto foi defendida e levada à prática a evocada flexibilidade, como, por outro lado, tal como refere Paulo Pedroso no Banco Corrido, o nosso país é o que, segundo a OCDE, maior flexibilidade adoptou nas últimas décadas... Entre oPSD e o discurso de Cavaco Silva no 10 de Junho, a sintonia é total mas, obviamente!, contrária aos interesses da economia portuguesa e das condições de vida dos portugueses! Moral da história: a situação é, ainda, por tudo isto, de estagnação e o melhor que o maior partido da oposição nos oferece, no meio das dificuldades com que nos defrontamos, é uma proposta de agravamento dessas dificuldades! Estamos, de novo, esclarecidos!


Há dias, no habitual frente-a-frente que o Jornal da Noite da SIC-N apresenta sob a tutela de Mário Crespo, Miguel Relvas demonstrou claramente que a posição defendida pela nova direcção do PSD face às questões do desemprego, do crescimento económico e da criação de emprego nada acrescentam ou alteram relativamente ao que a Dra.Manuela Ferreira Leite defendeu. Furioso com as observações avisadas sobre o problema que Bernardino Soares lhe ia colocando, no exercício de um contraditório que a realidade sustenta, Miguel Relvas defendeu mais alterações ao código laboral, afirmando sem reservas a velha solução liberal assente no legitimar de maior flexibilidade e maior mobilidade. Sem resposta aos argumentos do seu intrlocutor que lhe chamava a atenção para o efectivo significado da chamada "flexibilização" no contexto de uma economia sem postos de trabalho, a pretexto de uma pretensa mobilidade profissional inútil e ineficaz que decorre do défice de empregos disponíveis, para além da teimosia cega e surda de quem não tem um pensamento inovador, crítico e criativo sobre a matéria, Miguel Relvas acabou por ver as suas afirmações reduzidas "ad absurdum" na sequência dessa persistência lógica imune à verdade dos factos, na feliz dedução aristotélica de Bernardino Soares que acabou por extrapolar da argumentação do seu interlocutor sobre a vantagem de uma completa precariedade laboral ao desemprego, a seguinte afirmação: "(...) pois... também é preferível o desemprego à escravatura(...)", acrescentando: "(...) isso é política de terra queimada(...)". A demagogia grosseira e insensível das medidas propostas pelo PSD tem aliás eco numa crítica alargada que, entre outros, Manuel Alegre fez a propósito do discurso do Presidente da República que irresponsavelmente e sem sentido de Estado, resolveu declarar que a situação do país é "insustentável"! Não só porque, por um lado, o próprio FMI considerou inviáveis as políticas praticadas pela União Europeia (ler AQUI) em cujo contexto foi defendida e levada à prática a evocada flexibilidade, como, por outro lado, tal como refere Paulo Pedroso no Banco Corrido, o nosso país é o que, segundo a OCDE, maior flexibilidade adoptou nas últimas décadas... Entre oPSD e o discurso de Cavaco Silva no 10 de Junho, a sintonia é total mas, obviamente!, contrária aos interesses da economia portuguesa e das condições de vida dos portugueses! Moral da história: a situação é, ainda, por tudo isto, de estagnação e o melhor que o maior partido da oposição nos oferece, no meio das dificuldades com que nos defrontamos, é uma proposta de agravamento dessas dificuldades! Estamos, de novo, esclarecidos!

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