«Não há qualquer indício, em particular, de ingerência» de seja quem for. Tudo nos conformes. Como se previa... a culpa, porque a há, vai morrer solteira. Será? E a responsabilidade? E a pedagogia política? E a emissão de sinais que aqui conduzem? E a atitude geral propiciadora? E os militantes do PS (sei que no Sindicato há gente de vários partidos - é essa a surpresa de que Mário Nogueira falava), mas quero que os militantes do PS (1) pensem bem nisto: por este caminho é mais do que provável que amanhã, talvez com outro governo, serão alvo do mesmo abuso então talvez já na sede do seu partido, quando um polícia, por sua iniciativa (como é evidente) decidir, «recolher informação sobre o que é que está a ser preparado». Preparado? Era um cordão humano. Mas mais parece que estamos a falar de um assalto a um banco! Leia o Relatório da IGAI, o despacho do ministro etc.. Tudo aqui (tem os links no final desse artigo de Helena Pereira, no 'Sol').«Ocupem-se das investigações criminais», terá dito o comandante local. E os dois foram fazer «investigações criminais». Nas quais incluíram uma pequena deslocação à sede do Sindicato, onde os «criminosos», por princípio, estão acoitados.Conclusão brilhantíssima: a ida ao Sindicato não resulta directamente da ordem dada mas apenas da sua interpretação pelos dois.Brilhante.Solteira!(A menos que, como defendi logo no primeiro dia - clique sobre este link -, o Tribunal Europeu pense de outra forma quando e se o Sindicato lá chegar. A menos que, como defendi logo, um inquérito parlamentar - se o houvesse, se o houver - interrompa o ciclo deste tipo de interpretações).________(1)Não resisto a transcrevê-lo. Você já estava à espera, não era? Eis:A indiferençaPrimeiro levaram os comunistas,Mas eu não me importeiPorque não era nada comigo.Em seguida levaram alguns operários,Mas a mim não me afectouPorque eu não sou operário.Depois prenderam os sindicalistas,Mas eu não me incomodeiPorque nunca fui sindicalista.Logo a seguir chegou a vezDe alguns padres, mas comoNunca fui religioso, também não liguei.Agora levaram-me a mimE quando percebi,Já era tarde.Bertold Brecht, princípio dos anos 30 do século XX, Alemanha nazi
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«Não há qualquer indício, em particular, de ingerência» de seja quem for. Tudo nos conformes. Como se previa... a culpa, porque a há, vai morrer solteira. Será? E a responsabilidade? E a pedagogia política? E a emissão de sinais que aqui conduzem? E a atitude geral propiciadora? E os militantes do PS (sei que no Sindicato há gente de vários partidos - é essa a surpresa de que Mário Nogueira falava), mas quero que os militantes do PS (1) pensem bem nisto: por este caminho é mais do que provável que amanhã, talvez com outro governo, serão alvo do mesmo abuso então talvez já na sede do seu partido, quando um polícia, por sua iniciativa (como é evidente) decidir, «recolher informação sobre o que é que está a ser preparado». Preparado? Era um cordão humano. Mas mais parece que estamos a falar de um assalto a um banco! Leia o Relatório da IGAI, o despacho do ministro etc.. Tudo aqui (tem os links no final desse artigo de Helena Pereira, no 'Sol').«Ocupem-se das investigações criminais», terá dito o comandante local. E os dois foram fazer «investigações criminais». Nas quais incluíram uma pequena deslocação à sede do Sindicato, onde os «criminosos», por princípio, estão acoitados.Conclusão brilhantíssima: a ida ao Sindicato não resulta directamente da ordem dada mas apenas da sua interpretação pelos dois.Brilhante.Solteira!(A menos que, como defendi logo no primeiro dia - clique sobre este link -, o Tribunal Europeu pense de outra forma quando e se o Sindicato lá chegar. A menos que, como defendi logo, um inquérito parlamentar - se o houvesse, se o houver - interrompa o ciclo deste tipo de interpretações).________(1)Não resisto a transcrevê-lo. Você já estava à espera, não era? Eis:A indiferençaPrimeiro levaram os comunistas,Mas eu não me importeiPorque não era nada comigo.Em seguida levaram alguns operários,Mas a mim não me afectouPorque eu não sou operário.Depois prenderam os sindicalistas,Mas eu não me incomodeiPorque nunca fui sindicalista.Logo a seguir chegou a vezDe alguns padres, mas comoNunca fui religioso, também não liguei.Agora levaram-me a mimE quando percebi,Já era tarde.Bertold Brecht, princípio dos anos 30 do século XX, Alemanha nazi