Pré-aviso de greve às avaliações no PolitécnicoO Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) lançou hoje um pré-aviso de greve às avaliações nos institutos politécnicos durante uma semana a partir de 7 de Julho, em protesto contra a proposta governamental de revisão da carreira."Será feita uma greve às avaliações durante uma semana e será depois feita uma reavaliação durante o processo. Serão depois os decentes que nos dirão se querem continuar", disse, em conferência de imprensa, o presidente do sindicato, Gonçalo Xufre.O SNESup contesta em particular o regime de transição de carreiras imposto para o subsistema politécnico, acrescentou.Gonçalo Xufre lembrou que nem o SNESup nem a Fenprof, sindicatos que representam cerca de 95 por cento dos docentes do Ensino Superior, assinaram o acordo de revisão da carreira do Ensino Superior com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).Por este motivo, o sindicalista salienta que o acordo não tem a simpatia da maioria dos docentes e "foi uma farsa"."Pretendemos reafirmar que estes sindicatos podem dar-se ao luxo de assinar um acordo global com o MCTES pela única e exclusiva razão de não terem nenhuma representatividade no Ensino Superior", disse, sublinhando que "as propostas do Governo apresentam vários problemas e não detêm a aprovação dos docentes".O sindicalista considerou que "o ministério, ao fazer aquela cerimónia [de assinatura do acordo], quis passar a ideia de que tinha um consenso à volta da proposta e isso não achámos intelectualmente honesto", destacou, realçando que esta tomada de posição pretende "não deixar passar essa farsa desse acordo".Por outro lado, adiantou que o SNESup e docentes não sindicalizados estão a desenvolver "contactos institucionais, quer com a Presidência da República, quer com os partidos políticos que estão agora a elaborar os seus programas eleitorais"."Na primeira oportunidade, quem detiver a tutela do ensino superior, no nosso entender, deve rectificar aquilo que está mal nos estatutos e, nesse sentido, o processo de transição dos docentes do politécnico é crucial para nós", concluiu, salientando que vai "deixar este processo adormecer, para que não passe para a opinião pública e futuros governantes que este processo foi consensual".Assinaram o acordo com o ministério a Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) - em cujo âmbito negociaram a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP) e o Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE) -, assim como o Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SPES) e o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL).In Diário de Notícias.
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Pré-aviso de greve às avaliações no PolitécnicoO Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) lançou hoje um pré-aviso de greve às avaliações nos institutos politécnicos durante uma semana a partir de 7 de Julho, em protesto contra a proposta governamental de revisão da carreira."Será feita uma greve às avaliações durante uma semana e será depois feita uma reavaliação durante o processo. Serão depois os decentes que nos dirão se querem continuar", disse, em conferência de imprensa, o presidente do sindicato, Gonçalo Xufre.O SNESup contesta em particular o regime de transição de carreiras imposto para o subsistema politécnico, acrescentou.Gonçalo Xufre lembrou que nem o SNESup nem a Fenprof, sindicatos que representam cerca de 95 por cento dos docentes do Ensino Superior, assinaram o acordo de revisão da carreira do Ensino Superior com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).Por este motivo, o sindicalista salienta que o acordo não tem a simpatia da maioria dos docentes e "foi uma farsa"."Pretendemos reafirmar que estes sindicatos podem dar-se ao luxo de assinar um acordo global com o MCTES pela única e exclusiva razão de não terem nenhuma representatividade no Ensino Superior", disse, sublinhando que "as propostas do Governo apresentam vários problemas e não detêm a aprovação dos docentes".O sindicalista considerou que "o ministério, ao fazer aquela cerimónia [de assinatura do acordo], quis passar a ideia de que tinha um consenso à volta da proposta e isso não achámos intelectualmente honesto", destacou, realçando que esta tomada de posição pretende "não deixar passar essa farsa desse acordo".Por outro lado, adiantou que o SNESup e docentes não sindicalizados estão a desenvolver "contactos institucionais, quer com a Presidência da República, quer com os partidos políticos que estão agora a elaborar os seus programas eleitorais"."Na primeira oportunidade, quem detiver a tutela do ensino superior, no nosso entender, deve rectificar aquilo que está mal nos estatutos e, nesse sentido, o processo de transição dos docentes do politécnico é crucial para nós", concluiu, salientando que vai "deixar este processo adormecer, para que não passe para a opinião pública e futuros governantes que este processo foi consensual".Assinaram o acordo com o ministério a Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) - em cujo âmbito negociaram a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP) e o Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE) -, assim como o Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SPES) e o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL).In Diário de Notícias.