portugal dos pequeninos: A VELHA ESTUPIDEZ E A ESQUERDA MODERNA

18-12-2009
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A nossa "democracia" atingiu, no ano corrente, patamares de estupidez política inusitados. As "reacções" da maioria absolutista a tudo o que mexe, desde posições de outros órgãos de soberania até protestos, ruidosos ou silenciosos, da "sociedade civil", ampliam a coisa e, em certo sentido, explicam-na. A Lei da Paridade ou o Estatuto dos Açores são dois dos mais flagrantes exemplos da estupidez que varreu - se calhar nunca deixou de lá estar - o bando parlamentar dirigido in loco pelo sr. Alberto Martins e, através de "comando à distância", por Sócrates. A primeira, porque revela uma obsessão estalinista pelo "correcto" político que, na prática, menoriza a condição feminina (as quotas "justificam-se" porque o legislador reconhece algum tipo de inferioridade cívica, política e social a um ser humano apenas porque ele é mulher) e introduz um argumentário despropositado e sexista na escolha partidária, aumentando o caciquismo. Com os Açores, o PS pretende, até à revelia da opinião constitucional de alguns "companheiros de estrada", afrontar politicamente o PR pelo simples prazer de o fazer. Chamam a isto "esquerda moderna"? Não será antes sintoma de uma velha, persistente e inominável estupidez que aprecia trocar o fundamental pelo acessório para fazer prova de vida?


A nossa "democracia" atingiu, no ano corrente, patamares de estupidez política inusitados. As "reacções" da maioria absolutista a tudo o que mexe, desde posições de outros órgãos de soberania até protestos, ruidosos ou silenciosos, da "sociedade civil", ampliam a coisa e, em certo sentido, explicam-na. A Lei da Paridade ou o Estatuto dos Açores são dois dos mais flagrantes exemplos da estupidez que varreu - se calhar nunca deixou de lá estar - o bando parlamentar dirigido in loco pelo sr. Alberto Martins e, através de "comando à distância", por Sócrates. A primeira, porque revela uma obsessão estalinista pelo "correcto" político que, na prática, menoriza a condição feminina (as quotas "justificam-se" porque o legislador reconhece algum tipo de inferioridade cívica, política e social a um ser humano apenas porque ele é mulher) e introduz um argumentário despropositado e sexista na escolha partidária, aumentando o caciquismo. Com os Açores, o PS pretende, até à revelia da opinião constitucional de alguns "companheiros de estrada", afrontar politicamente o PR pelo simples prazer de o fazer. Chamam a isto "esquerda moderna"? Não será antes sintoma de uma velha, persistente e inominável estupidez que aprecia trocar o fundamental pelo acessório para fazer prova de vida?

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