Quando a claridade surgedo ventre da noite,és a derradeira musaa esconder-se no palco e,ainda a noite estrebucha,já gasta e quase morta,és a primeira graçaa entrar em cena com luz.Nessa metamorfose,demoro-me na indecisa crisálidaque troca de vestes e acariciodesbragadamente o teu corpo,num camarim aceso pela sorteque me apraz em ter o ensejode te ver assim intacta.Mas…Não me pertences… És perfeita,em mim, integralmente.És íntegra, para além de mim,perfeitamente.Poema: Nilson Barcelli © Janeiro 2009Fotografia: Rafal Kay
Categorias
Entidades
Quando a claridade surgedo ventre da noite,és a derradeira musaa esconder-se no palco e,ainda a noite estrebucha,já gasta e quase morta,és a primeira graçaa entrar em cena com luz.Nessa metamorfose,demoro-me na indecisa crisálidaque troca de vestes e acariciodesbragadamente o teu corpo,num camarim aceso pela sorteque me apraz em ter o ensejode te ver assim intacta.Mas…Não me pertences… És perfeita,em mim, integralmente.És íntegra, para além de mim,perfeitamente.Poema: Nilson Barcelli © Janeiro 2009Fotografia: Rafal Kay