Carta ao filhoNão vivas sobre a terra como um estranhoUm turista no meio da natureza.Habita o mundo como a casa do teu pai.Crê na semente, na terra, no mar.mas acima de tudo crê nas pessoas.Ama as nuvens,as máquinas,os livros,mas acima de tudo ama o homem.Sente a tristeza do ramo que murcha,do astro que se extingue,do animal ferido que agoniza,mas acima de tudoSente a tristeza e a dor das pessoas.Alegra-te com todos os bens da terra,Com a sombra e a luz,com as quatro estações,mas acima de tudo e a mãos cheiasalegra-te com as pessoas.Nazim Hikmet, (1902 - 1963) c. 1960. Traduzido do inglês por Carlos Eugênio Marcondes de Moura.Escritor e poeta turco nascido em Salonica, Grécia, então parte do império otomano, que, perseguido por suas idéias políticas, marcou profundamente a literatura turca ao romper com a tradição islâmica e sob a influência dos futuristas russos, propôs a despoetização da poesia. Pensando seguir uma carreira militar, entrou para a academia naval de Istambul e serviu na Marinha, da qual foi expulso (1919) por atividades revolucionárias. Partiu para Moscou, onde estudou ciências políticas e sociais por cinco anos, na Universidade Comunista de Moscou. Regressou à Turquia (1924), após a proclamação da república e tornou-se conhecido com seus primeiros poemas, de cunho patriótico. Condenado (1938) pela suposta participação num complô, após ser posto em liberdade (1950) por força de uma intensa campanha internacional, radicou-se então em Moscou, onde morreu. Publicou as coletâneas 835 satir (1929) e 1 + 1 = 2 (1930), os poemas históricos Sesini kaybeden sehir (1931) e Benerci kendini niçin öldürdü? (1932), as peças para teatro Kofatos (1932) e Unutulan adam (1935) e lançou uma autobiografia em Berlim (1961)..in Estepes Poliliterárias
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Carta ao filhoNão vivas sobre a terra como um estranhoUm turista no meio da natureza.Habita o mundo como a casa do teu pai.Crê na semente, na terra, no mar.mas acima de tudo crê nas pessoas.Ama as nuvens,as máquinas,os livros,mas acima de tudo ama o homem.Sente a tristeza do ramo que murcha,do astro que se extingue,do animal ferido que agoniza,mas acima de tudoSente a tristeza e a dor das pessoas.Alegra-te com todos os bens da terra,Com a sombra e a luz,com as quatro estações,mas acima de tudo e a mãos cheiasalegra-te com as pessoas.Nazim Hikmet, (1902 - 1963) c. 1960. Traduzido do inglês por Carlos Eugênio Marcondes de Moura.Escritor e poeta turco nascido em Salonica, Grécia, então parte do império otomano, que, perseguido por suas idéias políticas, marcou profundamente a literatura turca ao romper com a tradição islâmica e sob a influência dos futuristas russos, propôs a despoetização da poesia. Pensando seguir uma carreira militar, entrou para a academia naval de Istambul e serviu na Marinha, da qual foi expulso (1919) por atividades revolucionárias. Partiu para Moscou, onde estudou ciências políticas e sociais por cinco anos, na Universidade Comunista de Moscou. Regressou à Turquia (1924), após a proclamação da república e tornou-se conhecido com seus primeiros poemas, de cunho patriótico. Condenado (1938) pela suposta participação num complô, após ser posto em liberdade (1950) por força de uma intensa campanha internacional, radicou-se então em Moscou, onde morreu. Publicou as coletâneas 835 satir (1929) e 1 + 1 = 2 (1930), os poemas históricos Sesini kaybeden sehir (1931) e Benerci kendini niçin öldürdü? (1932), as peças para teatro Kofatos (1932) e Unutulan adam (1935) e lançou uma autobiografia em Berlim (1961)..in Estepes Poliliterárias