IMPRIMIR
Presidente do Moza Banco alerta para o poder de veto da Moçambique Capitais
17:21 Maria Teixeira Alves
Prakash Ratilal falava a propósito da venda do Novo Banco, decidida pelo Banco de Portugal durante o processo de Resolução do Banco Espírito Santo.
O presidente do Moza Banco alertou, em declarações a um jornal moçambicano, para o poder de veto que a Moçambique Capitais tem sobre a mudança de dono do banco moçambicano.
"A venda da participação de 49% que o português Novo Banco detém no Moza Banco terá de contar com o aval da sociedade Moçambique Capitais", assegurou recentemente o presidente do banco moçambicano em declarações ao semanário moçambicano Savana.
Prakash Ratilal falava a propósito da venda da instituição portuguesa, decidida pelo Banco de Portugal durante o processo de Resolução do Banco Espírito Santo (BES), que fez com que o capital que este detinha no Moza Banco, através do BES África, passasse para o Novo Banco.
Esta informação já tinha sido divulgada pelo Económico que explicava que o facto de haver um acordo accionista entre os dois accionistas do Moza Banco: a Moçambique Capitais (com 51%) e o Novo Banco com 49%, que dá direito de preferência ao outro na venda. O que pode criar obstáculos à alienação do Novo Banco, já que o Moza Banco faz parte do pacote que está previsto ser vendido até ao Verão.
Com 51% da estrutura accionista do Moza Banco, a Moçambique Capitais tem o direito de vetar a entrada de um novo accionista para a instituição financeira, a quarta maior de Moçambique, ao abrigo dos acordos anteriormente assinados pelo BES África, afirmou Ratilal, que acumula o cargo de presidente do banco com o da sociedade moçambicana.
"Assiste-nos o direito de escolhermos a nossa noiva, o nosso novo parceiro", enfatizou o presidente da Moçambique Capitais.
Na semana passada, várias notícias deram conta do alegado interesse da sociedade de investimento Atlas Mara, fundada pelo antigo presidente executivo do banco Barclays, Robert Diamond, em adquirir a participação do Novo Banco na instituição moçambicana. Em Portugal é a Domínio Capital, boutique de negócios e de investimentos portuguesa, que está a mandatada de forma exclusiva para apoiar e representar a Atlas Mara em Angola e Moçambique.
Sobre o interesse do Atlas Mara no Moza Banco, na parte que cabe ao Novo Banco, Prakash Ratilal disse apenas que "várias entidades" têm manifestado interesse, recusando-se a confirmar a aproximação da Atlas Mara ao Moza Banco, assim como de adiantar o nome dos outros interessados, alegando compromissos de confidencialidade.
No entanto, e tal como avançado pelo Económico, a venda isolada do capital do Novo Banco em Moçambique é improvável atendendo ao processo de Resolução do BES, que impossibilita a venda separada dos activos do recém-criado banco português.
De acordo com o portal do Moza Banco, a instituição financeira detém 6,97% da quota do mercado em Moçambique, país onde operam 19 bancos comerciais.
Para consolidar a sua posição de segundo maior accionista no Moza Banco, o extinto BES África adquiriu em duas fases diferentes 24,5% do capital da Geocapital - Gestão de Participações, sociedade de investimento do magnata do jogo de Macau Stanley Ho.
Categorias
Entidades
IMPRIMIR
Presidente do Moza Banco alerta para o poder de veto da Moçambique Capitais
17:21 Maria Teixeira Alves
Prakash Ratilal falava a propósito da venda do Novo Banco, decidida pelo Banco de Portugal durante o processo de Resolução do Banco Espírito Santo.
O presidente do Moza Banco alertou, em declarações a um jornal moçambicano, para o poder de veto que a Moçambique Capitais tem sobre a mudança de dono do banco moçambicano.
"A venda da participação de 49% que o português Novo Banco detém no Moza Banco terá de contar com o aval da sociedade Moçambique Capitais", assegurou recentemente o presidente do banco moçambicano em declarações ao semanário moçambicano Savana.
Prakash Ratilal falava a propósito da venda da instituição portuguesa, decidida pelo Banco de Portugal durante o processo de Resolução do Banco Espírito Santo (BES), que fez com que o capital que este detinha no Moza Banco, através do BES África, passasse para o Novo Banco.
Esta informação já tinha sido divulgada pelo Económico que explicava que o facto de haver um acordo accionista entre os dois accionistas do Moza Banco: a Moçambique Capitais (com 51%) e o Novo Banco com 49%, que dá direito de preferência ao outro na venda. O que pode criar obstáculos à alienação do Novo Banco, já que o Moza Banco faz parte do pacote que está previsto ser vendido até ao Verão.
Com 51% da estrutura accionista do Moza Banco, a Moçambique Capitais tem o direito de vetar a entrada de um novo accionista para a instituição financeira, a quarta maior de Moçambique, ao abrigo dos acordos anteriormente assinados pelo BES África, afirmou Ratilal, que acumula o cargo de presidente do banco com o da sociedade moçambicana.
"Assiste-nos o direito de escolhermos a nossa noiva, o nosso novo parceiro", enfatizou o presidente da Moçambique Capitais.
Na semana passada, várias notícias deram conta do alegado interesse da sociedade de investimento Atlas Mara, fundada pelo antigo presidente executivo do banco Barclays, Robert Diamond, em adquirir a participação do Novo Banco na instituição moçambicana. Em Portugal é a Domínio Capital, boutique de negócios e de investimentos portuguesa, que está a mandatada de forma exclusiva para apoiar e representar a Atlas Mara em Angola e Moçambique.
Sobre o interesse do Atlas Mara no Moza Banco, na parte que cabe ao Novo Banco, Prakash Ratilal disse apenas que "várias entidades" têm manifestado interesse, recusando-se a confirmar a aproximação da Atlas Mara ao Moza Banco, assim como de adiantar o nome dos outros interessados, alegando compromissos de confidencialidade.
No entanto, e tal como avançado pelo Económico, a venda isolada do capital do Novo Banco em Moçambique é improvável atendendo ao processo de Resolução do BES, que impossibilita a venda separada dos activos do recém-criado banco português.
De acordo com o portal do Moza Banco, a instituição financeira detém 6,97% da quota do mercado em Moçambique, país onde operam 19 bancos comerciais.
Para consolidar a sua posição de segundo maior accionista no Moza Banco, o extinto BES África adquiriu em duas fases diferentes 24,5% do capital da Geocapital - Gestão de Participações, sociedade de investimento do magnata do jogo de Macau Stanley Ho.