Há um mês, a ministra Isabel Alçada anunciou o encerramento de 500 escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos - a bem da educação, da cultura, enfim, da Nação...Ontem, a ainda ministra Alçada veio dizer que, afinal, não são 500 as escolas que vão encerrar: são 701.701!: portanto melhor, muito melhor do que 500 - como facilmente compreende quem perceber que quanto mais escolas encerrarem, mais a educação avança...Estas 701 escolas já não abrirão no próximo ano lectivo e estão assim distribuídas:384 na zona Norte;155 na zona Centro;119 na zona de Lisboa e Vale do Tejo;32 no Alentejo; e11 no Algarve.A medida, cujo alcance educativo/cultural foi devidamente sublinhado pelo Governo de Sócrates, surge na sequência de idênticas preocupações reveladas pela saudosa Maria de Lurdes Rodrigues, a qual (antes de ir aprender inglês para a Fundação Luso Americana) já tinha ordenado o encerramento de 2500 escolas - gesto que a afirmou como pioneira no desbravamento dos caminhos rumo à modernidade na educação...Porque é de modernidade que se trata: a modernidade que transparece do nobilíssimo objectivo, enunciado pela ministra Alçada, de «garantir a todos os alunos igualdade de oportunidades no acesso a espaços educativos de qualidade». E digam lá: quem é que pode discordar de tal objectivo, tão cheio de modernidade e enunciado em frase tão cheia de modernidade?
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Há um mês, a ministra Isabel Alçada anunciou o encerramento de 500 escolas do 1º ciclo com menos de 21 alunos - a bem da educação, da cultura, enfim, da Nação...Ontem, a ainda ministra Alçada veio dizer que, afinal, não são 500 as escolas que vão encerrar: são 701.701!: portanto melhor, muito melhor do que 500 - como facilmente compreende quem perceber que quanto mais escolas encerrarem, mais a educação avança...Estas 701 escolas já não abrirão no próximo ano lectivo e estão assim distribuídas:384 na zona Norte;155 na zona Centro;119 na zona de Lisboa e Vale do Tejo;32 no Alentejo; e11 no Algarve.A medida, cujo alcance educativo/cultural foi devidamente sublinhado pelo Governo de Sócrates, surge na sequência de idênticas preocupações reveladas pela saudosa Maria de Lurdes Rodrigues, a qual (antes de ir aprender inglês para a Fundação Luso Americana) já tinha ordenado o encerramento de 2500 escolas - gesto que a afirmou como pioneira no desbravamento dos caminhos rumo à modernidade na educação...Porque é de modernidade que se trata: a modernidade que transparece do nobilíssimo objectivo, enunciado pela ministra Alçada, de «garantir a todos os alunos igualdade de oportunidades no acesso a espaços educativos de qualidade». E digam lá: quem é que pode discordar de tal objectivo, tão cheio de modernidade e enunciado em frase tão cheia de modernidade?