A vila de Velas, em São Jorge, foi palco de um episódio de violência contra um cão que foi espancado, por dois adolescentes, um com 15 e outro com 16 anos, que seguidamente lhe atearam fogo, enquanto este ainda se encontrava vivo. O incidente ocorreu na passada semana e foi confirmado pela Polícia de Segurança Pública de Velas, que informou DI que o dono do animal não apresentou queixa contra os jovens. Por isso os jovens devem ser apenas alvo de uma contra-ordenação. Porém, no que diz respeito a uma possível vaga de delinquência juvenil na vila, o comandante da PSP de Velas, António Oliveira, afirma que “têm-se vindo a registar abusos no consumo de álcool” e que “o mesmo levou a alguns comportamentos desviantes, mas não podemos falar em onda de violência”. Análise Sociológica Contactado por DI, o sociólogo Alberto Peixoto chama a atenção para a urgência de uma “intervenção imediata”, sendo que “este tipo de comportamento deve ser censurado e reprovado, por alguém mais responsável, de modo a que este tipo de situação não se repita e para que a dignidade dos animais seja respeitada”. O sociólogo explica ainda que “há estudos que provam que este tipo de violência contra animais, que ocorre durante a infância ou adolescência, pode vir a ser reproduzido, na idade adulta, em pessoas”. “A prevenção é essencial, de modo a educar os membros da sociedade para a não violência”, sustenta. Segundo Alberto Peixoto, “neste caso, o comportamento dos jovens revela um total desrespeito pela norma, que pode ser motivado por uma questão de socialização, de personalidade, de interação com os pares, ou até mesmo de psicopatologia”. O sociólogo aponta alguns casos em que quando se faz uma autopsia social ao historial de alguns “serial killers”, constata-se que estes têm um passado com episódios de violência contra animais.Fonte: Correio dos Açores, 29 de Maio de 2009
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A vila de Velas, em São Jorge, foi palco de um episódio de violência contra um cão que foi espancado, por dois adolescentes, um com 15 e outro com 16 anos, que seguidamente lhe atearam fogo, enquanto este ainda se encontrava vivo. O incidente ocorreu na passada semana e foi confirmado pela Polícia de Segurança Pública de Velas, que informou DI que o dono do animal não apresentou queixa contra os jovens. Por isso os jovens devem ser apenas alvo de uma contra-ordenação. Porém, no que diz respeito a uma possível vaga de delinquência juvenil na vila, o comandante da PSP de Velas, António Oliveira, afirma que “têm-se vindo a registar abusos no consumo de álcool” e que “o mesmo levou a alguns comportamentos desviantes, mas não podemos falar em onda de violência”. Análise Sociológica Contactado por DI, o sociólogo Alberto Peixoto chama a atenção para a urgência de uma “intervenção imediata”, sendo que “este tipo de comportamento deve ser censurado e reprovado, por alguém mais responsável, de modo a que este tipo de situação não se repita e para que a dignidade dos animais seja respeitada”. O sociólogo explica ainda que “há estudos que provam que este tipo de violência contra animais, que ocorre durante a infância ou adolescência, pode vir a ser reproduzido, na idade adulta, em pessoas”. “A prevenção é essencial, de modo a educar os membros da sociedade para a não violência”, sustenta. Segundo Alberto Peixoto, “neste caso, o comportamento dos jovens revela um total desrespeito pela norma, que pode ser motivado por uma questão de socialização, de personalidade, de interação com os pares, ou até mesmo de psicopatologia”. O sociólogo aponta alguns casos em que quando se faz uma autopsia social ao historial de alguns “serial killers”, constata-se que estes têm um passado com episódios de violência contra animais.Fonte: Correio dos Açores, 29 de Maio de 2009