Bastou o renascer do episódio Freeport para logo a comunicação social desatar a relatar outras alegadas suspeitas que assolam José Sócrates e que nada têm que ver com o Freeport.Desde as casas da Guarda e aos prazos procedimentais alegadamente acelerados passando pela aprovação de outros projectos polémicos aquando da sua passagem pelo Ministério do Ambiente, parece valer tudo para dar a entender que, face ao Primeiro-Ministro, temos motivos bastantes para dele suspeitar.Não quero agora discutir se temos ou não temos esses motivos. Mas antes questionar a duvidosa oportunidade jornalística de alguma comunicação social para, só agora, vir revelar que, afinal de contas, e por exemplo, José Sócrates pode ter aprovado projectos polémicos e em vésperas de eleições.É que esses factos, tal qual são agora noticiados, estão há muito à disposição de todos e há muito que podem ser investigados jornalisticamente. Se quanto ao caso Freeport há, de facto, novas notícias e factos até agora desconhecidos, como a carta rogatória e as alegadas suspeitas inglesas, já o mesmo se não pode dizer do passado profissional e governativo de José Sócrates.Porquê agora? Porquê esperar pelas alegadas suspeitas do Freeport para noticiar e agravar as suspeitas relativamente a outros processos?Mas mesmo quanto ao procedimento administrativo relativo ao Freeport, por que razão não foi ele, desde logo, desde a primeira suspeita, visto e revisto? Porque é que apenas em 2009 a comunicação social revisita e descobre alegadas irregularidades e perplexidades num procedimento que é público desde a sua aprovação e sobre o qual todos sabiam, pelo menos desde 2005, poder conter as alegadas irregularidades agora noticiadas?Desenganam-se aqueles que vêem nestas minhas perguntas uma qualquer simpatia especial para com o Primeiro-Ministro. Elas demonstram apenas desconforto pelos critérios de oportunidade jornalística e que tendem menos para a busca da verdade do que para a afirmação de um poder de intervenção política. Poder esse que, por ter já feito sentir os seus efeitos relativamente a todos os partidos, não é de fácil identificação.
Bastou o renascer do episódio Freeport para logo a comunicação social desatar a relatar outras alegadas suspeitas que assolam José Sócrates e que nada têm que ver com o Freeport.Desde as casas da Guarda e aos prazos procedimentais alegadamente acelerados passando pela aprovação de outros projectos polémicos aquando da sua passagem pelo Ministério do Ambiente, parece valer tudo para dar a entender que, face ao Primeiro-Ministro, temos motivos bastantes para dele suspeitar.Não quero agora discutir se temos ou não temos esses motivos. Mas antes questionar a duvidosa oportunidade jornalística de alguma comunicação social para, só agora, vir revelar que, afinal de contas, e por exemplo, José Sócrates pode ter aprovado projectos polémicos e em vésperas de eleições.É que esses factos, tal qual são agora noticiados, estão há muito à disposição de todos e há muito que podem ser investigados jornalisticamente. Se quanto ao caso Freeport há, de facto, novas notícias e factos até agora desconhecidos, como a carta rogatória e as alegadas suspeitas inglesas, já o mesmo se não pode dizer do passado profissional e governativo de José Sócrates.Porquê agora? Porquê esperar pelas alegadas suspeitas do Freeport para noticiar e agravar as suspeitas relativamente a outros processos?Mas mesmo quanto ao procedimento administrativo relativo ao Freeport, por que razão não foi ele, desde logo, desde a primeira suspeita, visto e revisto? Porque é que apenas em 2009 a comunicação social revisita e descobre alegadas irregularidades e perplexidades num procedimento que é público desde a sua aprovação e sobre o qual todos sabiam, pelo menos desde 2005, poder conter as alegadas irregularidades agora noticiadas?Desenganam-se aqueles que vêem nestas minhas perguntas uma qualquer simpatia especial para com o Primeiro-Ministro. Elas demonstram apenas desconforto pelos critérios de oportunidade jornalística e que tendem menos para a busca da verdade do que para a afirmação de um poder de intervenção política. Poder esse que, por ter já feito sentir os seus efeitos relativamente a todos os partidos, não é de fácil identificação.
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Bastou o renascer do episódio Freeport para logo a comunicação social desatar a relatar outras alegadas suspeitas que assolam José Sócrates e que nada têm que ver com o Freeport.Desde as casas da Guarda e aos prazos procedimentais alegadamente acelerados passando pela aprovação de outros projectos polémicos aquando da sua passagem pelo Ministério do Ambiente, parece valer tudo para dar a entender que, face ao Primeiro-Ministro, temos motivos bastantes para dele suspeitar.Não quero agora discutir se temos ou não temos esses motivos. Mas antes questionar a duvidosa oportunidade jornalística de alguma comunicação social para, só agora, vir revelar que, afinal de contas, e por exemplo, José Sócrates pode ter aprovado projectos polémicos e em vésperas de eleições.É que esses factos, tal qual são agora noticiados, estão há muito à disposição de todos e há muito que podem ser investigados jornalisticamente. Se quanto ao caso Freeport há, de facto, novas notícias e factos até agora desconhecidos, como a carta rogatória e as alegadas suspeitas inglesas, já o mesmo se não pode dizer do passado profissional e governativo de José Sócrates.Porquê agora? Porquê esperar pelas alegadas suspeitas do Freeport para noticiar e agravar as suspeitas relativamente a outros processos?Mas mesmo quanto ao procedimento administrativo relativo ao Freeport, por que razão não foi ele, desde logo, desde a primeira suspeita, visto e revisto? Porque é que apenas em 2009 a comunicação social revisita e descobre alegadas irregularidades e perplexidades num procedimento que é público desde a sua aprovação e sobre o qual todos sabiam, pelo menos desde 2005, poder conter as alegadas irregularidades agora noticiadas?Desenganam-se aqueles que vêem nestas minhas perguntas uma qualquer simpatia especial para com o Primeiro-Ministro. Elas demonstram apenas desconforto pelos critérios de oportunidade jornalística e que tendem menos para a busca da verdade do que para a afirmação de um poder de intervenção política. Poder esse que, por ter já feito sentir os seus efeitos relativamente a todos os partidos, não é de fácil identificação.
Bastou o renascer do episódio Freeport para logo a comunicação social desatar a relatar outras alegadas suspeitas que assolam José Sócrates e que nada têm que ver com o Freeport.Desde as casas da Guarda e aos prazos procedimentais alegadamente acelerados passando pela aprovação de outros projectos polémicos aquando da sua passagem pelo Ministério do Ambiente, parece valer tudo para dar a entender que, face ao Primeiro-Ministro, temos motivos bastantes para dele suspeitar.Não quero agora discutir se temos ou não temos esses motivos. Mas antes questionar a duvidosa oportunidade jornalística de alguma comunicação social para, só agora, vir revelar que, afinal de contas, e por exemplo, José Sócrates pode ter aprovado projectos polémicos e em vésperas de eleições.É que esses factos, tal qual são agora noticiados, estão há muito à disposição de todos e há muito que podem ser investigados jornalisticamente. Se quanto ao caso Freeport há, de facto, novas notícias e factos até agora desconhecidos, como a carta rogatória e as alegadas suspeitas inglesas, já o mesmo se não pode dizer do passado profissional e governativo de José Sócrates.Porquê agora? Porquê esperar pelas alegadas suspeitas do Freeport para noticiar e agravar as suspeitas relativamente a outros processos?Mas mesmo quanto ao procedimento administrativo relativo ao Freeport, por que razão não foi ele, desde logo, desde a primeira suspeita, visto e revisto? Porque é que apenas em 2009 a comunicação social revisita e descobre alegadas irregularidades e perplexidades num procedimento que é público desde a sua aprovação e sobre o qual todos sabiam, pelo menos desde 2005, poder conter as alegadas irregularidades agora noticiadas?Desenganam-se aqueles que vêem nestas minhas perguntas uma qualquer simpatia especial para com o Primeiro-Ministro. Elas demonstram apenas desconforto pelos critérios de oportunidade jornalística e que tendem menos para a busca da verdade do que para a afirmação de um poder de intervenção política. Poder esse que, por ter já feito sentir os seus efeitos relativamente a todos os partidos, não é de fácil identificação.