Comentário de Luís Serpa a este post:
Há uns anos era obrigatório “dar entrada” (e “dar saída”) de uma embarcação de recreio num porto nacional, mesmo se em proveniência de outro porto nacional; essa prática sempre me irritou, por duas razões: a) se eu viesse de comboio ou de automóvel ninguém me pedia para “dar entrada” ou “saída”; b) os organismos onde era preciso “dar entrada” (Capitania, Alfândega e Polícia Marítima – enfim, o antecessor desta) eram muitas vezes longe dos portos.
Regra geral não cumpria essas formalidades, mas quando era obrigado, por qualquer razão a cumpri-las (entrada. Saída nunca fiz) dizia que o barco vinha de Madrid, Paris, Berlim, Timbuctu, Samarkanda, e assim por diante.
Acreditem se quiserem, mas em anos desta coisa nunca – nunca – ninguém estranhou que uma embarcação de vela entrasse no porto de, por exemplo, Figueira da Foz em proveniência de “Madrid”.
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Comentário de Luís Serpa a este post:
Há uns anos era obrigatório “dar entrada” (e “dar saída”) de uma embarcação de recreio num porto nacional, mesmo se em proveniência de outro porto nacional; essa prática sempre me irritou, por duas razões: a) se eu viesse de comboio ou de automóvel ninguém me pedia para “dar entrada” ou “saída”; b) os organismos onde era preciso “dar entrada” (Capitania, Alfândega e Polícia Marítima – enfim, o antecessor desta) eram muitas vezes longe dos portos.
Regra geral não cumpria essas formalidades, mas quando era obrigado, por qualquer razão a cumpri-las (entrada. Saída nunca fiz) dizia que o barco vinha de Madrid, Paris, Berlim, Timbuctu, Samarkanda, e assim por diante.
Acreditem se quiserem, mas em anos desta coisa nunca – nunca – ninguém estranhou que uma embarcação de vela entrasse no porto de, por exemplo, Figueira da Foz em proveniência de “Madrid”.