Francisco Sá Carneiro

10-07-2011
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No seguimento dos ‘posts’ do Carlos Guimarães Pinto, sobre Sá Carneiro, não posso deixar de fazer algumas considerações que julgo importantes.

Saber se Sá Carneiro era um liberal, um socialista, social-democrata ou um mero político sagaz (o que já é muito difícil), pouco importa. Sá Carneiro morreu em 1980, quando meio mundo era marxista e o outro anti-marxista; quando metade de Portugal era contra a economia de mercado e acreditava no enriquecimento por decreto. No meio de toda a confusão que foi a política portuguesa entre 1969 e 1980, ele esteve sempre do lado certo da barricada. Mais: sabia o que queria. Queria uma democracia liberal, num país europeu que mantivesse a sua aliança atlântica; pretendia uma economia de mercado, a dita ‘libertação da sociedade civil’; lutou pelo fim do Conselho da Revolução e pelo afastamento do PCP do poder. E por aí fora. É pouco? Não é. À data era até demais. Demasiado arrojado. Arriscado. Porque era isso que Sá Carneiro tinha e a direita portuguesa nunca mais viu num político: arrojo; ter uma visão de longo prazo da política. Por isso, Sá Carneiro saía quando não estava satisfeito, era inconstante, porque certos acordos e determinadas cedências não levavam a lado algum. Por isso mesmo, quando primeiro-ministro, conseguiu, ao contrário de outros aparentemente mais sensatos e capazes, centrar toda a sua energia política no esforço de renovação e reforma que o país necessitava. Esteve sempre na ofensiva, sempre com a iniciativa política do seu lado, sabendo que só dessa forma seria capaz de romper com os interesses instalados no Estado.

É esta sagacidade política ímpar e imparável a que se junta o inconformismo, obrigatório a quem queira servir o país, que Sá Caneiro nos deixou. São, aliás, estas características que o estado do país nos obriga procurar e que a direita portuguesa precisa. É apenas isto que julgo não podemos esquecer.

No seguimento dos ‘posts’ do Carlos Guimarães Pinto, sobre Sá Carneiro, não posso deixar de fazer algumas considerações que julgo importantes.

Saber se Sá Carneiro era um liberal, um socialista, social-democrata ou um mero político sagaz (o que já é muito difícil), pouco importa. Sá Carneiro morreu em 1980, quando meio mundo era marxista e o outro anti-marxista; quando metade de Portugal era contra a economia de mercado e acreditava no enriquecimento por decreto. No meio de toda a confusão que foi a política portuguesa entre 1969 e 1980, ele esteve sempre do lado certo da barricada. Mais: sabia o que queria. Queria uma democracia liberal, num país europeu que mantivesse a sua aliança atlântica; pretendia uma economia de mercado, a dita ‘libertação da sociedade civil’; lutou pelo fim do Conselho da Revolução e pelo afastamento do PCP do poder. E por aí fora. É pouco? Não é. À data era até demais. Demasiado arrojado. Arriscado. Porque era isso que Sá Carneiro tinha e a direita portuguesa nunca mais viu num político: arrojo; ter uma visão de longo prazo da política. Por isso, Sá Carneiro saía quando não estava satisfeito, era inconstante, porque certos acordos e determinadas cedências não levavam a lado algum. Por isso mesmo, quando primeiro-ministro, conseguiu, ao contrário de outros aparentemente mais sensatos e capazes, centrar toda a sua energia política no esforço de renovação e reforma que o país necessitava. Esteve sempre na ofensiva, sempre com a iniciativa política do seu lado, sabendo que só dessa forma seria capaz de romper com os interesses instalados no Estado.

É esta sagacidade política ímpar e imparável a que se junta o inconformismo, obrigatório a quem queira servir o país, que Sá Caneiro nos deixou. São, aliás, estas características que o estado do país nos obriga procurar e que a direita portuguesa precisa. É apenas isto que julgo não podemos esquecer.

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