O grupo, numa actuação em estúdio, na ESART(foto: ZIP TV/emissão)O (Des)concertante Trio, grupo nascido na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco, acaba de vencer a 59ª Copa Mundial de Acordeão na categoria de Música de Câmara. Um evento que entre 18 e 22 de Outubro juntou na cidade norueguesa de Asker alguns dos melhores acordeonistas mundiais, num total de noventa músicos oriundos de três dezenas de países. O trio, constituído pela acordeonista Carisa Marcelino, pela violoncelista Ana Luísa Marques e pelo clarinetista Sérgio Neves, interpertou obras de Sérgio Azevedo e Paulo Jorge Ferreira, este último docente da disciplina de Música de Câmara naquela escola e responsável pela direcção artística dos três jovens, que no âmbito daquela cadeira formaram o grupo em Outubro de 2004. "Fomos com a expectativa de ganhar o primeiro prémio. Desta vez conseguimos", confessa Sérgio Neves. "É a cereja em cima do bolo depois de dois anos de trabalho".Recorde-se que já em Setembro do ano passado o (Des)concertante Trio conquistara o segundo lugar na modalidade de Música de Câmara (categoria superior) da 19ª edição do Prémio Jovens Músicos, posição igualmente alcançada pelo agrupamento em Junho de 2005 no Concurso Internacional de Música Erudita de Valtidone, em Itália. Por seu lado, Carisa Marcelino fora um dos oito participantes portugueses na edição anterior da Copa Mundial de Acordeão, realizada em Castelo Branco em Outubro do ano passado, competição onde a estudante da ESART conquistou o quinto lugar na categoria sénior. Para trás fica ainda a participação desta jovem nas edições de 2000 e 2001, onde arrebatou um nono e um décimo lugares.Na edição deste ano da Copa Mundial de Acordeão, Portugal também conseguiu um terceiro lugar na categoria de Música de Câmara com o duo de flauta e acordeão Carolina Patrício e Carisa Marcelino, as quais interpretaram peças de Helmut Reinbothe, Bronistaw Kazimier Prybylsk, Bogdan Precz e Rainer Pezolt. Já Inês Vas e André Natanael, que se apresentaram a concurso na categoria júnior, ficaram no décimo primeiro e décimo segundo lugares, respectivamente. Depois de uma final dominada por três russos, um francês, um croata e uma espanhola, o prémio de melhor interpretação foi atribuído ao russo Vladimir Chernukh (categoria sénior) e ao sérvio Petar Maric (categoria júnior). França e Itália são os países de origem dos vencedores das restantes categorias a concurso. Com quatro galardões no currículo e uma carreira cada vez mais internacional, o (Des)concertante Trio prefere definir bem os seus objectivos. "Os prémios são a chave para a crescente reputação, mas obrigam-nos a trabalhar", explica Sério Neves. "Agora é preciso calma. Temos de crescer individualmente para ficarmos mais fortes", refere o jovem clarinetista, que já terminou a sua licenciatura na ESART e que neste momento se encontra a fazer um mestrado em Londres. Entre as prioridades do grupo albicastrense, "um projecto bastante sólido, para muitos anos", e que vai permanecer assim que os restantes elementos do grupo concluam o curso superior em Castelo Branco, estão a encomenda de uma obra para triplo concerto e orquestra a um compositor português e a gravação de um CD de originais. Outros dos objectivos do trio, que pretende continuar a dinamizar a música erudita para acordeão, são o de abrir as portas a novos instrumentos e o de interpretar arranjos de obras desconhecidas do grande público.Entretanto, continuam os concertos lá fora. "Tocar no estrangeiro está a tornar-se um hábito para nós", graceja Sérgio Neves, lembrando que graças ao aumento do prestígio do (Des)concertante Trio, o grupo é cada vez mais contactado. Em Dezembro eles regressam a Castelo Branco, tendo sido também convidados para uma actuação em Oliveira do Bairro. Entre 10 e 12 de Fevereiro eles vão estar em Itália, mês em que participam ainda num concurso em Portugal. Em aberto está para já a participação do trio numa competição na Grécia e a realização de actuações na Noruega.Jorge Costa
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O grupo, numa actuação em estúdio, na ESART(foto: ZIP TV/emissão)O (Des)concertante Trio, grupo nascido na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) de Castelo Branco, acaba de vencer a 59ª Copa Mundial de Acordeão na categoria de Música de Câmara. Um evento que entre 18 e 22 de Outubro juntou na cidade norueguesa de Asker alguns dos melhores acordeonistas mundiais, num total de noventa músicos oriundos de três dezenas de países. O trio, constituído pela acordeonista Carisa Marcelino, pela violoncelista Ana Luísa Marques e pelo clarinetista Sérgio Neves, interpertou obras de Sérgio Azevedo e Paulo Jorge Ferreira, este último docente da disciplina de Música de Câmara naquela escola e responsável pela direcção artística dos três jovens, que no âmbito daquela cadeira formaram o grupo em Outubro de 2004. "Fomos com a expectativa de ganhar o primeiro prémio. Desta vez conseguimos", confessa Sérgio Neves. "É a cereja em cima do bolo depois de dois anos de trabalho".Recorde-se que já em Setembro do ano passado o (Des)concertante Trio conquistara o segundo lugar na modalidade de Música de Câmara (categoria superior) da 19ª edição do Prémio Jovens Músicos, posição igualmente alcançada pelo agrupamento em Junho de 2005 no Concurso Internacional de Música Erudita de Valtidone, em Itália. Por seu lado, Carisa Marcelino fora um dos oito participantes portugueses na edição anterior da Copa Mundial de Acordeão, realizada em Castelo Branco em Outubro do ano passado, competição onde a estudante da ESART conquistou o quinto lugar na categoria sénior. Para trás fica ainda a participação desta jovem nas edições de 2000 e 2001, onde arrebatou um nono e um décimo lugares.Na edição deste ano da Copa Mundial de Acordeão, Portugal também conseguiu um terceiro lugar na categoria de Música de Câmara com o duo de flauta e acordeão Carolina Patrício e Carisa Marcelino, as quais interpretaram peças de Helmut Reinbothe, Bronistaw Kazimier Prybylsk, Bogdan Precz e Rainer Pezolt. Já Inês Vas e André Natanael, que se apresentaram a concurso na categoria júnior, ficaram no décimo primeiro e décimo segundo lugares, respectivamente. Depois de uma final dominada por três russos, um francês, um croata e uma espanhola, o prémio de melhor interpretação foi atribuído ao russo Vladimir Chernukh (categoria sénior) e ao sérvio Petar Maric (categoria júnior). França e Itália são os países de origem dos vencedores das restantes categorias a concurso. Com quatro galardões no currículo e uma carreira cada vez mais internacional, o (Des)concertante Trio prefere definir bem os seus objectivos. "Os prémios são a chave para a crescente reputação, mas obrigam-nos a trabalhar", explica Sério Neves. "Agora é preciso calma. Temos de crescer individualmente para ficarmos mais fortes", refere o jovem clarinetista, que já terminou a sua licenciatura na ESART e que neste momento se encontra a fazer um mestrado em Londres. Entre as prioridades do grupo albicastrense, "um projecto bastante sólido, para muitos anos", e que vai permanecer assim que os restantes elementos do grupo concluam o curso superior em Castelo Branco, estão a encomenda de uma obra para triplo concerto e orquestra a um compositor português e a gravação de um CD de originais. Outros dos objectivos do trio, que pretende continuar a dinamizar a música erudita para acordeão, são o de abrir as portas a novos instrumentos e o de interpretar arranjos de obras desconhecidas do grande público.Entretanto, continuam os concertos lá fora. "Tocar no estrangeiro está a tornar-se um hábito para nós", graceja Sérgio Neves, lembrando que graças ao aumento do prestígio do (Des)concertante Trio, o grupo é cada vez mais contactado. Em Dezembro eles regressam a Castelo Branco, tendo sido também convidados para uma actuação em Oliveira do Bairro. Entre 10 e 12 de Fevereiro eles vão estar em Itália, mês em que participam ainda num concurso em Portugal. Em aberto está para já a participação do trio numa competição na Grécia e a realização de actuações na Noruega.Jorge Costa