Miguel Morgado: “Não quero uma geringonça de direita. Quero uma coligação pré-eleitoral”

02-02-2019
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Defensor de uma “refundação da federação da família não socialista”, Miguel Morgado defendeu esta noite no programa da SIC “Expresso da Meia-Noite” a necessidade de se criarem “novos alicerces” na vida política, que devolvam aos portugueses “um horizonte de expectativas maior”.

Assumindo ser “praticamente desde o início” um crítico da estratégia que Rui Rio tentou implementar no PSD, o deputado social-democrata – que disse estar a ponderar disputar a liderança do partido caso se realizem eleições diretas – afastou, contudo, ser um defensor de uma “geringonça da direita”.

“Pelo contrário”, afirmou durante o programa da SIC Notícias, “se tiver razão no diagnóstico que faço”, e que passa por considerar que a crise afeta “todo os partidos”, então faz sentido falar de uma “crise que é também – à falta de melhor palavra – cultural”.

Ao comentar o desafio lançado esta sexta-feira por Luís Montenegro ao líder do PSD, Miguel Morgado mostrou-se menos preocupado com os “problemas conjunturais, acidentais” de liderança, pondo a nota na necessidade de saber “o que fazer com o poder”.

“Não me importo nada de perder eleições”, acrescentou, para sublinhar que o que considera ser urgente fazer é “trabalho prévio, contra a maneira como nos habituamos a pensar. Um modo castrado, de baixíssimas expectativas, que a direita aceitou”, marcado pelo que considera ser a "hegemonia cultural" da esquerda e de "um governo medíocre, assente numa geringonça totalmente contraditória".

“O país está há 25 anos estagnado, teve uma bancarrota e um total espartilho das suas capacidades. Talvez só a Grécia tenha cultivado expectativas tão baixas”, lamentou.

Santana Lopes: "Eu luto, outros ficaram em casa à espera que o Rio caísse"

Já Santana Lopes preferiu não comentar a atual situação do PSD, explicando que saiu do partido para defender um novo caminho para o país. "Eu não fugi, fiz o que é legítimo em política: ir à procura de um caminho mais aberto para defender aquilo que defendo há muitos anos que acho que é muito importante para Portugal."

"Eu luto sempre. (...) Outros ficaram taticamente em casa à espera que Rui Rio caísse", acrescentou.

O eurodeputado Nuno Melo, recusou, por sua vez, que o CDS esteja a aproveitar a crise interna do PSD, defendendo que o seu partido é um partido credível, confiável e com expectativa de resultados. "O CDS não tem que aproveitar bem o momento do PSD, tem que aproveitar bem o seu momento”, insistiu.

Melo sustentou ainda que o eleitorado português sabe que nenhum voto do CDS serve para validar o Governo de António Costa, “coisa que não acontece com nenhum outro partido até à data".

Opinião contrária tem Sofia Afonso Ferreira, fundadora do movimento Democracia 21, que considerou que o desaparecimento do PSD em relação ao seu espaço tradicional é um problema para a oposição. "A direita não funciona sem o PSD, quanto mais cedo se resolver a crise interna melhor será para todos", rematou.

Defensor de uma “refundação da federação da família não socialista”, Miguel Morgado defendeu esta noite no programa da SIC “Expresso da Meia-Noite” a necessidade de se criarem “novos alicerces” na vida política, que devolvam aos portugueses “um horizonte de expectativas maior”.

Assumindo ser “praticamente desde o início” um crítico da estratégia que Rui Rio tentou implementar no PSD, o deputado social-democrata – que disse estar a ponderar disputar a liderança do partido caso se realizem eleições diretas – afastou, contudo, ser um defensor de uma “geringonça da direita”.

“Pelo contrário”, afirmou durante o programa da SIC Notícias, “se tiver razão no diagnóstico que faço”, e que passa por considerar que a crise afeta “todo os partidos”, então faz sentido falar de uma “crise que é também – à falta de melhor palavra – cultural”.

Ao comentar o desafio lançado esta sexta-feira por Luís Montenegro ao líder do PSD, Miguel Morgado mostrou-se menos preocupado com os “problemas conjunturais, acidentais” de liderança, pondo a nota na necessidade de saber “o que fazer com o poder”.

“Não me importo nada de perder eleições”, acrescentou, para sublinhar que o que considera ser urgente fazer é “trabalho prévio, contra a maneira como nos habituamos a pensar. Um modo castrado, de baixíssimas expectativas, que a direita aceitou”, marcado pelo que considera ser a "hegemonia cultural" da esquerda e de "um governo medíocre, assente numa geringonça totalmente contraditória".

“O país está há 25 anos estagnado, teve uma bancarrota e um total espartilho das suas capacidades. Talvez só a Grécia tenha cultivado expectativas tão baixas”, lamentou.

Santana Lopes: "Eu luto, outros ficaram em casa à espera que o Rio caísse"

Já Santana Lopes preferiu não comentar a atual situação do PSD, explicando que saiu do partido para defender um novo caminho para o país. "Eu não fugi, fiz o que é legítimo em política: ir à procura de um caminho mais aberto para defender aquilo que defendo há muitos anos que acho que é muito importante para Portugal."

"Eu luto sempre. (...) Outros ficaram taticamente em casa à espera que Rui Rio caísse", acrescentou.

O eurodeputado Nuno Melo, recusou, por sua vez, que o CDS esteja a aproveitar a crise interna do PSD, defendendo que o seu partido é um partido credível, confiável e com expectativa de resultados. "O CDS não tem que aproveitar bem o momento do PSD, tem que aproveitar bem o seu momento”, insistiu.

Melo sustentou ainda que o eleitorado português sabe que nenhum voto do CDS serve para validar o Governo de António Costa, “coisa que não acontece com nenhum outro partido até à data".

Opinião contrária tem Sofia Afonso Ferreira, fundadora do movimento Democracia 21, que considerou que o desaparecimento do PSD em relação ao seu espaço tradicional é um problema para a oposição. "A direita não funciona sem o PSD, quanto mais cedo se resolver a crise interna melhor será para todos", rematou.

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