O trio de candidatos a sucessores de Bragança Fernandes, que qualquer que seja o vencedor será eleito líder da Assembleia Distrital, afirmam não recear a fuga de militantes às urnas, depois de esta semana a Polícia Judiciária e o DIAP de Lisboa terem realizado 70 buscas em todo o país, entre elas à Sede Nacional do PSD, no âmbito da operação 'Tutti-Frutti, que investiga ajustes diretos e tráfico de influência entre “indivíduos ligados a estruturas partidárias e autarquias”.
Na vésperas das eleições para a Distrital do PSD do Porto, questionados sobre o efeito nas urnas da investigão, os três candidatos afiançam que a notícia poderá, até, mobilizar ao voto os 12.500 eleitores com quotas em dia. Alberto Machado, líder da Concelhia do PSD/Porto e da Junta de Paranhos, afirma que “é para inverter a descredibilização dos partidos e dos seus protagonistas” que se candidata. Lembra que “não foi por acaso” que escolheu como leme de campanha 'Mudar para Vencer - Para um PSD-Porto com Futuro' , propondo-se abrir o partido às bases e a novos protagonistas, único caminho capaz, diz, para “recuperar a credibilidade da classe política”.
O concorrente que tem por mandatário o eurodeputado Paulo Rangel e apoios declarados de autarcas de 10 das 18 estruturas locais viu, esta, na véspera das eleições, divulgado no JN, que a partir da Casa da Cultura, equipamento ligada à Junta que lidera, a única do PSD no Porto, que foram divulgados emails anónimos contra Rui Moreira a denunciar o alegado favorecimento do presidente da Câmara do Porto à família no caso Selminho, entretanto arquivado.
Alberto Machado, que acompanhou as buscas da PJ há seis meses, adverte que a rede wireless da Casa da Cultura é de acesso livre. “Qualquer pessoa tem pode ter acedido ao equipamento e enviado os emails do portátil ou telemóvel”, refere, repudiando o uso indevido da rede e “a coincidência da notícia” nas véspera do ato eleitoral, sem apontar, contudo, diretamente o dedo a um ou outro.
Alberto Santos renega 'cacicagem'
Tal como o s seus concorrentes, Alberto Santos, ex-presidente da Câmara de Penafiel, também antecipa que a investigação da PJ não irá desmotivar os militantes, antes “votar para refrescar o partido” de velhas práticas. O ex-autarca recusa-se a contar espingardas entre apoiantes até ao fecho das urnas, sublinhando que a distrital “não é uma confederação de concelhias” e rejeita ter uma Comissão Política organizada numa lógica de “leilão de lugares ou favores, na lógica da cacicagem junto das concelhias mais poderosas”.
O candidato que tem por mandatário o ex-ministro Arlindo Cunha e como vice Paulo Ramalho, ambos eleitos para o atual Conselho Nacional do PSD, e António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia e membro do Conselho Estratégico Nacional da era Rio, como primeiro subscritor de candidatura, avança com o mote 'Porto de Partida - Uma voz, uma liderança'. Santos aposta numa Distrital de proximidade com os militantes, “empenhada no próximo combate autárquico e com sentido de responsabilidade na vida pública”.
Alberto Santos quer ainda tornar a maior Distrital laranja do país num “motor de ação política do distrito e a nível nacional, “capaz de refletir sobre a estratégia política da Direção Nacional”. Tal como referiu José Silvano, secretário-geral do PSD no dia das buscas, adverte que os factos em investigação são anteriores à eleição de Rui Rio, “cuja liderança se pauta pelo combate à corrupção e compadrio”, razão pela qual não teme a desmobilização dos militantes locais.
Rui Nunes sem subserviência a Rio
Rui Nunes, professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto e estreante na vida político-partidária ativa, afirma que o que o faz correr “é precisamente o combate às práticas» que levaram à operação da PJ em estruturas do partido. “São episódios como o desta semana que afastam os cidadãos da política, e do PSD em particular”, afirma, frisando que “é para romper com esse ciclo vicioso” que vai a votos.
O candidato que corre com o lema 'Fazer renascer um PSD à Sá Carneiro', fundador do 'Fórum Democracia e Sociedade - Uma Agenda para Portugal', espaço de reflexão que lançou as bases da corrida à liderança de Rui Rio após a saída da Câmara do Porto, adverte que há três candidatos, mas apenas dois programas: “O meu de verdadeira rutura, sem amarras, nem interesses instalados no distrito, e o dos meus concorrentes”.
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética avisa ainda que a sua candidatura será “contra tudo e contra todos, contra ventos é marés até expurgar o pecado original que ditou as buscas da investigação Tutti-Frutti“, a mesma que, em seu entender, gerou a hecatombe autárquica no Porto. Rui Nunes terá por vices Edgar Loureiro e Marta Peneda e um programa político destinado “a quem não se revê neste PSD do Porto e na forma de fazer caciqueira de fazer política”. Apesar de estar em sintonia com o presidente do partido em matérias nacionais, refere que, se para defende a região “for preciso dizer não à direção nacional”, dirá: “Com respeito mas sem subserviência».
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O trio de candidatos a sucessores de Bragança Fernandes, que qualquer que seja o vencedor será eleito líder da Assembleia Distrital, afirmam não recear a fuga de militantes às urnas, depois de esta semana a Polícia Judiciária e o DIAP de Lisboa terem realizado 70 buscas em todo o país, entre elas à Sede Nacional do PSD, no âmbito da operação 'Tutti-Frutti, que investiga ajustes diretos e tráfico de influência entre “indivíduos ligados a estruturas partidárias e autarquias”.
Na vésperas das eleições para a Distrital do PSD do Porto, questionados sobre o efeito nas urnas da investigão, os três candidatos afiançam que a notícia poderá, até, mobilizar ao voto os 12.500 eleitores com quotas em dia. Alberto Machado, líder da Concelhia do PSD/Porto e da Junta de Paranhos, afirma que “é para inverter a descredibilização dos partidos e dos seus protagonistas” que se candidata. Lembra que “não foi por acaso” que escolheu como leme de campanha 'Mudar para Vencer - Para um PSD-Porto com Futuro' , propondo-se abrir o partido às bases e a novos protagonistas, único caminho capaz, diz, para “recuperar a credibilidade da classe política”.
O concorrente que tem por mandatário o eurodeputado Paulo Rangel e apoios declarados de autarcas de 10 das 18 estruturas locais viu, esta, na véspera das eleições, divulgado no JN, que a partir da Casa da Cultura, equipamento ligada à Junta que lidera, a única do PSD no Porto, que foram divulgados emails anónimos contra Rui Moreira a denunciar o alegado favorecimento do presidente da Câmara do Porto à família no caso Selminho, entretanto arquivado.
Alberto Machado, que acompanhou as buscas da PJ há seis meses, adverte que a rede wireless da Casa da Cultura é de acesso livre. “Qualquer pessoa tem pode ter acedido ao equipamento e enviado os emails do portátil ou telemóvel”, refere, repudiando o uso indevido da rede e “a coincidência da notícia” nas véspera do ato eleitoral, sem apontar, contudo, diretamente o dedo a um ou outro.
Alberto Santos renega 'cacicagem'
Tal como o s seus concorrentes, Alberto Santos, ex-presidente da Câmara de Penafiel, também antecipa que a investigação da PJ não irá desmotivar os militantes, antes “votar para refrescar o partido” de velhas práticas. O ex-autarca recusa-se a contar espingardas entre apoiantes até ao fecho das urnas, sublinhando que a distrital “não é uma confederação de concelhias” e rejeita ter uma Comissão Política organizada numa lógica de “leilão de lugares ou favores, na lógica da cacicagem junto das concelhias mais poderosas”.
O candidato que tem por mandatário o ex-ministro Arlindo Cunha e como vice Paulo Ramalho, ambos eleitos para o atual Conselho Nacional do PSD, e António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia e membro do Conselho Estratégico Nacional da era Rio, como primeiro subscritor de candidatura, avança com o mote 'Porto de Partida - Uma voz, uma liderança'. Santos aposta numa Distrital de proximidade com os militantes, “empenhada no próximo combate autárquico e com sentido de responsabilidade na vida pública”.
Alberto Santos quer ainda tornar a maior Distrital laranja do país num “motor de ação política do distrito e a nível nacional, “capaz de refletir sobre a estratégia política da Direção Nacional”. Tal como referiu José Silvano, secretário-geral do PSD no dia das buscas, adverte que os factos em investigação são anteriores à eleição de Rui Rio, “cuja liderança se pauta pelo combate à corrupção e compadrio”, razão pela qual não teme a desmobilização dos militantes locais.
Rui Nunes sem subserviência a Rio
Rui Nunes, professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto e estreante na vida político-partidária ativa, afirma que o que o faz correr “é precisamente o combate às práticas» que levaram à operação da PJ em estruturas do partido. “São episódios como o desta semana que afastam os cidadãos da política, e do PSD em particular”, afirma, frisando que “é para romper com esse ciclo vicioso” que vai a votos.
O candidato que corre com o lema 'Fazer renascer um PSD à Sá Carneiro', fundador do 'Fórum Democracia e Sociedade - Uma Agenda para Portugal', espaço de reflexão que lançou as bases da corrida à liderança de Rui Rio após a saída da Câmara do Porto, adverte que há três candidatos, mas apenas dois programas: “O meu de verdadeira rutura, sem amarras, nem interesses instalados no distrito, e o dos meus concorrentes”.
O presidente da Associação Portuguesa de Bioética avisa ainda que a sua candidatura será “contra tudo e contra todos, contra ventos é marés até expurgar o pecado original que ditou as buscas da investigação Tutti-Frutti“, a mesma que, em seu entender, gerou a hecatombe autárquica no Porto. Rui Nunes terá por vices Edgar Loureiro e Marta Peneda e um programa político destinado “a quem não se revê neste PSD do Porto e na forma de fazer caciqueira de fazer política”. Apesar de estar em sintonia com o presidente do partido em matérias nacionais, refere que, se para defende a região “for preciso dizer não à direção nacional”, dirá: “Com respeito mas sem subserviência».