PSD questiona Governo sobre a actuação da CGD na falência da Robcork

16-03-2018
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Numa pergunta entregue esta quinta-feira na Assembleia da República, dois deputados do PSD, Cristovão Crespo e José de Matos Rosa, aludem a uma notícia publicada no Negócios no dia anterior, intitulada "Estado empata 12 milhões em empresa que abriu e fechou", para questionarem o Governo sobre a actuação da CGD na liquidação da corticeira Robcork, de Portalegre.

"A actuação da Caixa Geral de Depósitos, principal financiador do projecto, suscita dúvidas e interrogações na forma como conduziu o processo e que não se coadunam com o declarado objectivo governamental", que criou "uma Unidade de Missão para a Valorização do interior, que visaria promover medidas de desenvolvimento do território do interior", consideram Cristovão Crespo e José de Matos Rosa.

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"Não se percebe como é possível que uma empresa, após concluído o processo de investimento tecnológico, entre directamente em liquidação", interrogam-se.

A Robcork demorou seis anos para abriu, foi inaugurada em Março de 2015 mas parou pouco tempo depois. A CGD mandou-a para liquidação em Janeiro passado. O banco estatal tem a haver 8 milhões dos quase 12,2 milhões de euros de créditos de entidades estatais.

"Tem o Governo conhecimento da situação identificada?" é a primeira de uma série de questões dirigidas ao ministro-adjunto e aos das Finanças e da Economia.

"Partilha o Governo a posição da Caixa Geral de Depósitos de ‘mandar para a liquidação’ a Robcork, quando foram apresentadas em vários momentos propostas de viabilização da empresa?", questionam também os dois deputados sociais-democratas.

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No texto entregue no Parlamento, Cristovão Crespo e José de Matos Rosa exigem ainda saber "que iniciativas e medidas irá o Governo adoptar e desenvolver para corrigir a situação descrita", a qual, garante, "configura um grave prejuízo para a economia local e nacional".

E "dado o impacto das decisões tomadas", os deputados signatários desejam "informação circunstanciada do processo que levou à liquidação da empresa".

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Robcork herdou trabalhadores da falida centenária Robinson, que precisa de intervenção urgente

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Instalada na antiga unidade da multinacional Johnson Controls, que fechou as portas em 2007, arrastando para o desemprego mais de 200 trabalhadores, a Robcork laborou muito pouco tempo, com cerca de 40 trabalhadores, que "herdaram" da centenária Robinson, que faliu em 2009, ano em que foi publicamente anunciado o projecto da nova corticeira.

Curiosamente, esta quinta-feira, 16 de Março, é publicado em Diário da República uma resolução do Parlamento que recomenda ao Governo medidas que permitam a preservação e valorização do património industrial da Fábrica Robinson, instalada em Portalegre em 1837, por iniciativa de um grupo de ingleses, e que chegou a empregar perto de duas mil pessoas.

A resolução aprovada na Assembleia da República recomenda ao Governo, entre outras acções para o efeito, que "promova o diagnóstico da situação do património industrial e do edificado da Fábrica Robinson, parte do conjunto classificado de interesse público que integra a Igreja e o antigo Convento de São Francisco, calendarizando uma intervenção urgente para garantir a sua salvaguarda e determinando as medidas provisórias ou técnicas de protecção indispensáveis e adequadas para o efeito, nomeadamente as que revelam maior urgência".

Numa pergunta entregue esta quinta-feira na Assembleia da República, dois deputados do PSD, Cristovão Crespo e José de Matos Rosa, aludem a uma notícia publicada no Negócios no dia anterior, intitulada "Estado empata 12 milhões em empresa que abriu e fechou", para questionarem o Governo sobre a actuação da CGD na liquidação da corticeira Robcork, de Portalegre.

"A actuação da Caixa Geral de Depósitos, principal financiador do projecto, suscita dúvidas e interrogações na forma como conduziu o processo e que não se coadunam com o declarado objectivo governamental", que criou "uma Unidade de Missão para a Valorização do interior, que visaria promover medidas de desenvolvimento do território do interior", consideram Cristovão Crespo e José de Matos Rosa.

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"Não se percebe como é possível que uma empresa, após concluído o processo de investimento tecnológico, entre directamente em liquidação", interrogam-se.

A Robcork demorou seis anos para abriu, foi inaugurada em Março de 2015 mas parou pouco tempo depois. A CGD mandou-a para liquidação em Janeiro passado. O banco estatal tem a haver 8 milhões dos quase 12,2 milhões de euros de créditos de entidades estatais.

"Tem o Governo conhecimento da situação identificada?" é a primeira de uma série de questões dirigidas ao ministro-adjunto e aos das Finanças e da Economia.

"Partilha o Governo a posição da Caixa Geral de Depósitos de ‘mandar para a liquidação’ a Robcork, quando foram apresentadas em vários momentos propostas de viabilização da empresa?", questionam também os dois deputados sociais-democratas.

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No texto entregue no Parlamento, Cristovão Crespo e José de Matos Rosa exigem ainda saber "que iniciativas e medidas irá o Governo adoptar e desenvolver para corrigir a situação descrita", a qual, garante, "configura um grave prejuízo para a economia local e nacional".

E "dado o impacto das decisões tomadas", os deputados signatários desejam "informação circunstanciada do processo que levou à liquidação da empresa".

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Curiosamente, esta quinta-feira, 16 de Março, é publicado em Diário da República uma resolução do Parlamento que recomenda ao Governo medidas que permitam a preservação e valorização do património industrial da Fábrica Robinson, instalada em Portalegre em 1837, por iniciativa de um grupo de ingleses, e que chegou a empregar perto de duas mil pessoas.

A resolução aprovada na Assembleia da República recomenda ao Governo, entre outras acções para o efeito, que "promova o diagnóstico da situação do património industrial e do edificado da Fábrica Robinson, parte do conjunto classificado de interesse público que integra a Igreja e o antigo Convento de São Francisco, calendarizando uma intervenção urgente para garantir a sua salvaguarda e determinando as medidas provisórias ou técnicas de protecção indispensáveis e adequadas para o efeito, nomeadamente as que revelam maior urgência".

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