A tecnológica Vision-Box vai disponibilizar aos passageiros do aeroporto internacional de Bangalore uma experiência desde o momento do check-in até ao de embarque sem a necessidade de apresentação de qualquer documento. De que forma? Recorrendo a tecnologia biométrica, mais especificamente de reconhecimento facial, que identifica os passageiros em movimento, permitindo-lhes evitar paragens e a apresentação repetitiva de documentos de identificação e cartões de embarque.
É isto que está previsto no contrato assinado esta quarta-feira, pelas 15h, no Palácio da Foz, em Lisboa, entre Hari Marar, presidente e diretor executivo da empresa Bangalore International Airport Limited (BIAL) - operadora do aeroporto internacional Kempegowda, em Bangalore, no sul da Índia - e Miguel Leitmann, fundador e presidente executivo da Vision-Box, na presença do primeiro-ministro português, António Costa, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e a embaixadora da Índia em Portugal, Nandini Singla.
O contrato foi adjudicado por “vários milhões de euros” na sequência de um concurso público internacional, avançou ao Expresso Pedro Pinto, diretor da operação da Vision-Box na Índia, sem especificar o valor exato. A primeira etapa de implementação ficará terminada no primeiro trimestre de 2019, tendo como primeiros utilizadores os passageiros da Jet Airways, Air Asia e SpiceJet.
“A tua cara é o teu passaporte”, resumiu em comunicado o presidente da BIAL, Hari Marar. “A tecnologia biométrica de última geração da Vision-Box, aliada à sua plataforma de fluxo de passageiros, permitirá um percurso contínuo para os nossos passageiros, sem obstáculos, filas de espera ou incómodos, desde o momento do check-in até ao embarque.”
Uma porta de entrada para o mercado indiano
Esta não é a primeira vez que a Vision-Box implementa este tipo de tecnologia num aeroporto, mas é “a primeira solução de reconhecimento facial” desde o check-in ao momento do embarque no continente asiático, aponta Miguel Leitmann. “É também um dos passos mais significativos no sentido da campanha ‘India Digital’ apoiada pelo Governo.”
“Fomos a primeira empresa do mundo a testar esta tecnologia, na ilha de Aruba, dependência autónoma do reino dos Países Baixos”, acrescenta Pedro Pinto. A tecnologia está já a ser implementada no aeroporto de Amesterdão-Schiphol (“o primeiro aeroporto europeu a ter uma solução deste tipo”) e há ainda projetos-piloto a serem testados no Dubai (em conjunto com a Emirates) e em Sydney, na Austrália.
Segundo Pedro Pinto, o acordo para a modernização do aeroporto de Bangalore - cidade conhecida como a Silicon Valley da Índia - difere dos anteriores por dois motivos. “No caso da Europa e da Austrália são os aeroportos que querem que essa transformação aconteça, no caso da Índia é o próprio Governo que quer”, indica. Além disso, este será “o aeroporto com maior número de equipamentos a utilizar esta tecnologia”.
O projeto abre a porta a novas oportunidades para a empresa portuguesa. Não só porque o mercado da aviação na Índia está bem posicionado para ser o terceiro maior do mundo até 2020 (e o país quer criar mais 70 aeroportos nos próximos cinco anos), mas também porque o aeroporto de Bangalore é aquele que tem “a maior taxa de crescimento ao nível dos passageiros”.
E é também uma porta de entrada da empresa portuguesa no mercado indiano. “Permitiu abrir recentemente uma subsidiária em Nova Deli e vamos também abrir escritório em Bangalore”, especifica. “Estamos já em conversações com outros aeroportos na Índia sobre a implementação deste tipo de soluções”, diz, acrescentando que a visita de António Costa à Índia em 2017 contribuiu para uma receção mais calorosa das empresas portuguesas no país.
Com soluções em 150 países espalhados pelos cinco continentes e cinco mil unidades de gestão de identidade a nível mundial, a Vision-Box já implementou projetos em mais de 80 aeroportos internacionais, por onde passam cerca de 700 milhões de passageiros por ano. A empresa portuguesa, que emprega atualmente 400 trabalhadores, quer alcançar uma faturação de 100 milhões de euros em 2020.
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A tecnológica Vision-Box vai disponibilizar aos passageiros do aeroporto internacional de Bangalore uma experiência desde o momento do check-in até ao de embarque sem a necessidade de apresentação de qualquer documento. De que forma? Recorrendo a tecnologia biométrica, mais especificamente de reconhecimento facial, que identifica os passageiros em movimento, permitindo-lhes evitar paragens e a apresentação repetitiva de documentos de identificação e cartões de embarque.
É isto que está previsto no contrato assinado esta quarta-feira, pelas 15h, no Palácio da Foz, em Lisboa, entre Hari Marar, presidente e diretor executivo da empresa Bangalore International Airport Limited (BIAL) - operadora do aeroporto internacional Kempegowda, em Bangalore, no sul da Índia - e Miguel Leitmann, fundador e presidente executivo da Vision-Box, na presença do primeiro-ministro português, António Costa, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e a embaixadora da Índia em Portugal, Nandini Singla.
O contrato foi adjudicado por “vários milhões de euros” na sequência de um concurso público internacional, avançou ao Expresso Pedro Pinto, diretor da operação da Vision-Box na Índia, sem especificar o valor exato. A primeira etapa de implementação ficará terminada no primeiro trimestre de 2019, tendo como primeiros utilizadores os passageiros da Jet Airways, Air Asia e SpiceJet.
“A tua cara é o teu passaporte”, resumiu em comunicado o presidente da BIAL, Hari Marar. “A tecnologia biométrica de última geração da Vision-Box, aliada à sua plataforma de fluxo de passageiros, permitirá um percurso contínuo para os nossos passageiros, sem obstáculos, filas de espera ou incómodos, desde o momento do check-in até ao embarque.”
Uma porta de entrada para o mercado indiano
Esta não é a primeira vez que a Vision-Box implementa este tipo de tecnologia num aeroporto, mas é “a primeira solução de reconhecimento facial” desde o check-in ao momento do embarque no continente asiático, aponta Miguel Leitmann. “É também um dos passos mais significativos no sentido da campanha ‘India Digital’ apoiada pelo Governo.”
“Fomos a primeira empresa do mundo a testar esta tecnologia, na ilha de Aruba, dependência autónoma do reino dos Países Baixos”, acrescenta Pedro Pinto. A tecnologia está já a ser implementada no aeroporto de Amesterdão-Schiphol (“o primeiro aeroporto europeu a ter uma solução deste tipo”) e há ainda projetos-piloto a serem testados no Dubai (em conjunto com a Emirates) e em Sydney, na Austrália.
Segundo Pedro Pinto, o acordo para a modernização do aeroporto de Bangalore - cidade conhecida como a Silicon Valley da Índia - difere dos anteriores por dois motivos. “No caso da Europa e da Austrália são os aeroportos que querem que essa transformação aconteça, no caso da Índia é o próprio Governo que quer”, indica. Além disso, este será “o aeroporto com maior número de equipamentos a utilizar esta tecnologia”.
O projeto abre a porta a novas oportunidades para a empresa portuguesa. Não só porque o mercado da aviação na Índia está bem posicionado para ser o terceiro maior do mundo até 2020 (e o país quer criar mais 70 aeroportos nos próximos cinco anos), mas também porque o aeroporto de Bangalore é aquele que tem “a maior taxa de crescimento ao nível dos passageiros”.
E é também uma porta de entrada da empresa portuguesa no mercado indiano. “Permitiu abrir recentemente uma subsidiária em Nova Deli e vamos também abrir escritório em Bangalore”, especifica. “Estamos já em conversações com outros aeroportos na Índia sobre a implementação deste tipo de soluções”, diz, acrescentando que a visita de António Costa à Índia em 2017 contribuiu para uma receção mais calorosa das empresas portuguesas no país.
Com soluções em 150 países espalhados pelos cinco continentes e cinco mil unidades de gestão de identidade a nível mundial, a Vision-Box já implementou projetos em mais de 80 aeroportos internacionais, por onde passam cerca de 700 milhões de passageiros por ano. A empresa portuguesa, que emprega atualmente 400 trabalhadores, quer alcançar uma faturação de 100 milhões de euros em 2020.