"Saí da água a arrastar-me e a vomitar, sem forças nenhumas"

27-07-2016
marcar artigo

Único sobrevivente da tragédia do Meco afirma que quer provar que tudo não passou de um acidente e limpar a imagem das seis vítimas.

Numa entrevista à edição desta quinta-feira da revista Sábado, João Gouveia explica que encontros como o que aconteceu no fim-de-semana de Dezembro não têm a conotação que lhe foi dada na comunicação social. “O principal objectivo é, ano lectivo após ano lectivo, pegar naquilo que correu pior na COPA [Comissão Oficial de Praxes Académicas] e melhorar” e “transmitir experiência”.

João Gouveia nega que durante o fim-de-semana qualquer um dos seis jovens tenha sido submetido a testes ou provas. “Acima de tudo, estes encontros anuais serviam para nos unirmos”, conta.

Quanto ao número de pessoas que estiveram na casa alugada em Aiana, o jovem garante que além de si apenas lá ficaram Carina Sanchez, Joana Barroso, Andreia Revéz, Catarina Soares, Tiago Campos e Pedro Tito Negrão, todos alunos da Universidade Lusófona.

João Gouveia desmente ter tido problemas ou confrontos com Carina Sanchez ao contrário do que se deu a entender com a divulgação de um SMS onde a aluna dizia dizer estar “cansada do Dux”. Para o jovem, Carina estava “cansada porque dá muito trabalho organizar e planear” as actividades da COPA e que não passou de “desabafo”. João Gouveia nega que houvesse qualquer mal-estar entre o grupo naqueles dois dias.

O mediatismo que envolve o caso tornou difícil superar a tragédia, confessa. Aguentou a pressão pelos amigos. “O que mais me deu força foi pensar que por eles eu ia demonstrar que não há nada de mal além do acidente, que já foi horrível”.

João Gouveia diz que tem apenas um objectivo: “Provar o que aconteceu e apagar tudo o que está a ser dito e escrito para denegrir a imagem” dos seis jovens.

Esteve ausente nos funerais das vítimas por aconselhamento da psicóloga e recusa ter-se mantido em silêncio perante os pedidos de explicações das famílias. João Gouveia afirma que confiou essa missão à irmã, mais uma vez por recomendação médica, e assegura que esta chegou ao contacto com alguns familiares, a quem fez chegar a mensagem de que João e a família estavam disponíveis para os apoiar. O jovem admite, no entanto, que ao ter decidido não falar levou a que passasse da condição de sobrevivente a suspeito.

Quanto à noite da tragédia, João Gouveia explica que não sabe como conseguiu sobreviver. “Já falei com especialistas, uns disseram que foi por eu ter feito bodyboard, outros consideram que o facto de ter tentado salvar a Pocahontas [Carina Sanchez] fez com que a minha cabeça se libertasse do pânico de me salvar a mim”. O sobrevivente faz ainda uma referência a um gorro que tinha dois telemóveis, através dos quais pediu depois ajuda. “Saí da água a arrastar-me e a vomitar, sem forças nenhumas”, lembra.

Durante a entrevista João Gouveia lamenta que os colegas tenham sido “expostos da maneira que foram pela comunicação social e as insinuações que fizeram sobre eles, não estando eles cá para se defenderem”.

Único sobrevivente da tragédia do Meco afirma que quer provar que tudo não passou de um acidente e limpar a imagem das seis vítimas.

Numa entrevista à edição desta quinta-feira da revista Sábado, João Gouveia explica que encontros como o que aconteceu no fim-de-semana de Dezembro não têm a conotação que lhe foi dada na comunicação social. “O principal objectivo é, ano lectivo após ano lectivo, pegar naquilo que correu pior na COPA [Comissão Oficial de Praxes Académicas] e melhorar” e “transmitir experiência”.

João Gouveia nega que durante o fim-de-semana qualquer um dos seis jovens tenha sido submetido a testes ou provas. “Acima de tudo, estes encontros anuais serviam para nos unirmos”, conta.

Quanto ao número de pessoas que estiveram na casa alugada em Aiana, o jovem garante que além de si apenas lá ficaram Carina Sanchez, Joana Barroso, Andreia Revéz, Catarina Soares, Tiago Campos e Pedro Tito Negrão, todos alunos da Universidade Lusófona.

João Gouveia desmente ter tido problemas ou confrontos com Carina Sanchez ao contrário do que se deu a entender com a divulgação de um SMS onde a aluna dizia dizer estar “cansada do Dux”. Para o jovem, Carina estava “cansada porque dá muito trabalho organizar e planear” as actividades da COPA e que não passou de “desabafo”. João Gouveia nega que houvesse qualquer mal-estar entre o grupo naqueles dois dias.

O mediatismo que envolve o caso tornou difícil superar a tragédia, confessa. Aguentou a pressão pelos amigos. “O que mais me deu força foi pensar que por eles eu ia demonstrar que não há nada de mal além do acidente, que já foi horrível”.

João Gouveia diz que tem apenas um objectivo: “Provar o que aconteceu e apagar tudo o que está a ser dito e escrito para denegrir a imagem” dos seis jovens.

Esteve ausente nos funerais das vítimas por aconselhamento da psicóloga e recusa ter-se mantido em silêncio perante os pedidos de explicações das famílias. João Gouveia afirma que confiou essa missão à irmã, mais uma vez por recomendação médica, e assegura que esta chegou ao contacto com alguns familiares, a quem fez chegar a mensagem de que João e a família estavam disponíveis para os apoiar. O jovem admite, no entanto, que ao ter decidido não falar levou a que passasse da condição de sobrevivente a suspeito.

Quanto à noite da tragédia, João Gouveia explica que não sabe como conseguiu sobreviver. “Já falei com especialistas, uns disseram que foi por eu ter feito bodyboard, outros consideram que o facto de ter tentado salvar a Pocahontas [Carina Sanchez] fez com que a minha cabeça se libertasse do pânico de me salvar a mim”. O sobrevivente faz ainda uma referência a um gorro que tinha dois telemóveis, através dos quais pediu depois ajuda. “Saí da água a arrastar-me e a vomitar, sem forças nenhumas”, lembra.

Durante a entrevista João Gouveia lamenta que os colegas tenham sido “expostos da maneira que foram pela comunicação social e as insinuações que fizeram sobre eles, não estando eles cá para se defenderem”.

marcar artigo