A textura do Texto: Homossexualidade, Casamento e Adopção

07-12-2019
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É com perplexidade que perante os gigantescos problemas que o país enfrenta os nossos políticos insistam em manter as suas mentes, agendas e espaços noticiosos ocupados com questões como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outros assuntos menores. Certamente que quem luta por este assunto, não achará de menor importância, até porque se sentem aviltados por uma sociedade que lhes recusa aquilo que acreditam ser um seu direito natural.No entanto gostaria de trazer esta discussão a um nível mais básico, ao princípio. Antes de falarmos do casamento entre homossexuais, deveríamos para princípio olhar para a homossexualidade. Afinal, sejamos sinceros, esta luta dos movimentos gay, não é pelo casamento em si, nem tão pouco pela adopção de crianças, mas sim pela igualdade, ou seja, para que a sociedade olhe para este comportamento sexual como natural, normal e comum. Acredito que esta luta não é pelo casamento e pela adopção em si pois, numa altura em que os casais heterossexuais cada vez casam menos, optando pela união de facto, bem como, hoje em dia, nada impede um homossexual de adoptar uma criança, desde que tenha todas as condições para isso, só resta uma razão para esta luta: a igualdade, ou melhor, o reconhecimento social do seu comportamento sexual. Também vejo algum mérito na discussão da questão das heranças num relacionamento prolongado, mas isso leva-nos para outra discussão, certamente mais jurídica, mas igualmente polémica, que é a questão da legítima nas heranças, que é um atentado à propriedade privada e ao direito de decidir o destino das suas propriedades da parte de qualquer cidadão.Quando falo de um nível mais básico na discussão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, falo de que, antes de reconhecermos um comportamento como natural e socialmente aceitável, deveríamos estudar um pouco mais esse mesmo comportamento. Afinal a sociedade evolui e evoluiu já muito, mas reflectimos sempre muito pouco sobre o sentido dessas evoluções. O que acontece efectivamente é que há alguns anos atrás esta discussão era impensável, os homossexuais eram descriminados ou até perseguidos. Não defendo perseguição ou segregação de pessoas, porque sei separar as pessoas dos seus comportamentos, o que defendo sim é que, tendo evoluído a sociedade ao ponto de aceitarmos hoje coisas há anos impensáveis, questiono-me, e com preocupação, qual o sentido desta evolução.Voltando ao mais básico dos raciocínios, sem entrar em radicalismos, gostaria de voltar ao básico dos básicos, que é olhar para a sexualidade do ponto de vista biológico, do corpo. Afinal a sexualidade é uma função orgânica comum a todos os animais, com vista à manutenção da espécie. Para tal é necessária a manutenção de uma relação sexual entre um macho e uma fêmea. No entanto o ser humano, fruto de uma criação especial, ao sexo, à reprodução, viu adicionado um intenso prazer e sobretudo o romance, o maravilhoso amor entre um homem e uma mulher. Daí, a função sexual foi-se separando da função reprodutiva, ou seja a busca do prazer sexual, passou a ser mais uma busca do prazer e do amor, sem que se busque necessariamente a reprodução - o que de si só já é uma enorme evolução.Por isso é normal que um homem seja atraído por uma mulher para amar e manter uma relação sexual: isto é o normal, mas mais, é mesmo o natural. Por favor não recusem já o argumento com base em preconceitos do tipo "lá está este a dizer que a homossexualidade é contra natura". Calma. A realidade é que é contra a biologia do ser humano. Pelo que é normal que todo o desenvolvimento biológico do homem e da mulher seja para que, entre si se atraiam, e entre si mantenham relacionamentos sexuais e amorosos. Isto leva-nos então ao degrau seguinte da discussão: se biologicamente e no desenvolvimento biológico e emocional natural, biologicamente definido do ser humano, o homem deve sentir-se atraído pela mulher, e vice-versa, porque acontece a atracção homossexual - existe então aqui um desvio do natural.É aqui que quero chegar: afinal o que sabemos da homossexualidade - é um desvio, é uma opção, há alguma interferência no desenvolvimento normal dessas pessoas que produza esse desvio sexual, o que acontece? Estamos a assumir como socialmente aceitável um comportamento que não conhecemos. Existem tantos comportamentos sexuais que rejeitamos, simplesmente achamos horríveis, mas que em tempos já foram aceites.Será que as lições da história não nos servem para nada? Será que já nos esquecemos que em tempos a sociedade já reconheceu os relacionamentos homossexuais? Esta alegada evolução não é nova, já houve sociedades antigas que já aceitaram, ou melhor que já evoluíram no sentido em que nós estamos a evoluir, o que efectivamente faz com que esta não seja evolução nenhuma, é apenas um retorno a um estado social, que já aconteceu outras vezes na história.Agora vou dizer algo mais polémico, e tenho consciência disso, mas essa mesma consciência me obriga a dizê-lo: a verdade é que essa evolução acontecida noutros tempos da história, onde a homossexualidade era socialmente aceite, evoluiu mesmo para comportamentos pedófilos, que passaram a ser também socialmente aceites. A verdade é que esta evolução acrítica do sociedade a que hoje assistimos já aconteceu, e não no melhor sentido. Hoje a pedofilia parece-nos horrível, mas já foi aceite noutros tempos e, nada nos garante, que de hoje para amanhã não estejam também os pedófilos na rua a exigir a aceitação do seu comportamento. Não comparo homossexuais com pedófilos, critico sim a aceitação de comportamentos sem estudá-los e sem conhecimentos acerca dos mesmos, sob o argumento da evolução da sociedade. Afinal creio que devemos assumir essa evolução, bem como o sentido que pretendemos para a mesma, e, estando numa sociedade dita do conhecimento, que tantas vezes rejeita interferências com base na falta de sustentação científica e de estudos fundamentados, se disponha, ignorantemente a aceitar este comportamento como natural, mesmo desconhecendo o que provoca esse comportamento, manifestamente fora do desenvolvimento natural do ser humano.


É com perplexidade que perante os gigantescos problemas que o país enfrenta os nossos políticos insistam em manter as suas mentes, agendas e espaços noticiosos ocupados com questões como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outros assuntos menores. Certamente que quem luta por este assunto, não achará de menor importância, até porque se sentem aviltados por uma sociedade que lhes recusa aquilo que acreditam ser um seu direito natural.No entanto gostaria de trazer esta discussão a um nível mais básico, ao princípio. Antes de falarmos do casamento entre homossexuais, deveríamos para princípio olhar para a homossexualidade. Afinal, sejamos sinceros, esta luta dos movimentos gay, não é pelo casamento em si, nem tão pouco pela adopção de crianças, mas sim pela igualdade, ou seja, para que a sociedade olhe para este comportamento sexual como natural, normal e comum. Acredito que esta luta não é pelo casamento e pela adopção em si pois, numa altura em que os casais heterossexuais cada vez casam menos, optando pela união de facto, bem como, hoje em dia, nada impede um homossexual de adoptar uma criança, desde que tenha todas as condições para isso, só resta uma razão para esta luta: a igualdade, ou melhor, o reconhecimento social do seu comportamento sexual. Também vejo algum mérito na discussão da questão das heranças num relacionamento prolongado, mas isso leva-nos para outra discussão, certamente mais jurídica, mas igualmente polémica, que é a questão da legítima nas heranças, que é um atentado à propriedade privada e ao direito de decidir o destino das suas propriedades da parte de qualquer cidadão.Quando falo de um nível mais básico na discussão sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, falo de que, antes de reconhecermos um comportamento como natural e socialmente aceitável, deveríamos estudar um pouco mais esse mesmo comportamento. Afinal a sociedade evolui e evoluiu já muito, mas reflectimos sempre muito pouco sobre o sentido dessas evoluções. O que acontece efectivamente é que há alguns anos atrás esta discussão era impensável, os homossexuais eram descriminados ou até perseguidos. Não defendo perseguição ou segregação de pessoas, porque sei separar as pessoas dos seus comportamentos, o que defendo sim é que, tendo evoluído a sociedade ao ponto de aceitarmos hoje coisas há anos impensáveis, questiono-me, e com preocupação, qual o sentido desta evolução.Voltando ao mais básico dos raciocínios, sem entrar em radicalismos, gostaria de voltar ao básico dos básicos, que é olhar para a sexualidade do ponto de vista biológico, do corpo. Afinal a sexualidade é uma função orgânica comum a todos os animais, com vista à manutenção da espécie. Para tal é necessária a manutenção de uma relação sexual entre um macho e uma fêmea. No entanto o ser humano, fruto de uma criação especial, ao sexo, à reprodução, viu adicionado um intenso prazer e sobretudo o romance, o maravilhoso amor entre um homem e uma mulher. Daí, a função sexual foi-se separando da função reprodutiva, ou seja a busca do prazer sexual, passou a ser mais uma busca do prazer e do amor, sem que se busque necessariamente a reprodução - o que de si só já é uma enorme evolução.Por isso é normal que um homem seja atraído por uma mulher para amar e manter uma relação sexual: isto é o normal, mas mais, é mesmo o natural. Por favor não recusem já o argumento com base em preconceitos do tipo "lá está este a dizer que a homossexualidade é contra natura". Calma. A realidade é que é contra a biologia do ser humano. Pelo que é normal que todo o desenvolvimento biológico do homem e da mulher seja para que, entre si se atraiam, e entre si mantenham relacionamentos sexuais e amorosos. Isto leva-nos então ao degrau seguinte da discussão: se biologicamente e no desenvolvimento biológico e emocional natural, biologicamente definido do ser humano, o homem deve sentir-se atraído pela mulher, e vice-versa, porque acontece a atracção homossexual - existe então aqui um desvio do natural.É aqui que quero chegar: afinal o que sabemos da homossexualidade - é um desvio, é uma opção, há alguma interferência no desenvolvimento normal dessas pessoas que produza esse desvio sexual, o que acontece? Estamos a assumir como socialmente aceitável um comportamento que não conhecemos. Existem tantos comportamentos sexuais que rejeitamos, simplesmente achamos horríveis, mas que em tempos já foram aceites.Será que as lições da história não nos servem para nada? Será que já nos esquecemos que em tempos a sociedade já reconheceu os relacionamentos homossexuais? Esta alegada evolução não é nova, já houve sociedades antigas que já aceitaram, ou melhor que já evoluíram no sentido em que nós estamos a evoluir, o que efectivamente faz com que esta não seja evolução nenhuma, é apenas um retorno a um estado social, que já aconteceu outras vezes na história.Agora vou dizer algo mais polémico, e tenho consciência disso, mas essa mesma consciência me obriga a dizê-lo: a verdade é que essa evolução acontecida noutros tempos da história, onde a homossexualidade era socialmente aceite, evoluiu mesmo para comportamentos pedófilos, que passaram a ser também socialmente aceites. A verdade é que esta evolução acrítica do sociedade a que hoje assistimos já aconteceu, e não no melhor sentido. Hoje a pedofilia parece-nos horrível, mas já foi aceite noutros tempos e, nada nos garante, que de hoje para amanhã não estejam também os pedófilos na rua a exigir a aceitação do seu comportamento. Não comparo homossexuais com pedófilos, critico sim a aceitação de comportamentos sem estudá-los e sem conhecimentos acerca dos mesmos, sob o argumento da evolução da sociedade. Afinal creio que devemos assumir essa evolução, bem como o sentido que pretendemos para a mesma, e, estando numa sociedade dita do conhecimento, que tantas vezes rejeita interferências com base na falta de sustentação científica e de estudos fundamentados, se disponha, ignorantemente a aceitar este comportamento como natural, mesmo desconhecendo o que provoca esse comportamento, manifestamente fora do desenvolvimento natural do ser humano.

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