Teses sobre integração das renováveis no sistemas energéticos vencem Prémio REN 2019

25-03-2020
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Duas teses de doutoramento e de mestrado sobre uma melhor integração das renováveis nos vários mercados e sistemas energéticos existentes foram as grandes vencedoras do Prémio REN 2019, que foi entregue esta segunda-feira à tarde, numa cerimónia no hotel Ritz, em Lisboa, organizada em parceria com o Expresso.

A melhor tese de doutoramento, um prémio que foi atribuído pela primeira vez este ano, é uma investigação da autoria de Tiago Manuel Pinto, aluno da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Minho (UTAD), que recebeu 30 mil euros.

Este trabalho incidiu na criação de um sistema que permitisse aos agentes poderem tomar melhores decisões sobre quando comprar e vender eletricidade no mercado grossista recorrendo, para esse efeito, à inteligência artificial. Uma investigação que surgiu devido ao impacto que a penetração das renováveis tem neste mercado.

Já a melhor tese de mestrado é da autoria de Nuno Gonçalo Soares, aluno da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que recebeu 25 mil euros pela investigação sobre como compensar as perdas económicas e técnicas das unidades de geração devido à incerteza/intermitência de produção das energias renováveis.

O Prémio REN 2019, que vai já na sua 24ª edição, distinguiu ainda mais quatro trabalhos - segunda e terceira melhores teses de mestrado e mais duas menções honrosas também para teses de mestrado em várias áreas da energia. No total, são agora seis prémios no valor de 75 mil euros.

“Os prémios científicos estimulam a relação com o mercado de trabalho e estimulam o mercado científico”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, no encerramento da cerimónia.

De acordo com o governante, este estímulo torna-se ainda mas relevante no contexto atual de transição energética. “Estes processos estão cada vez mais acelerados e só se conseguem concretizar com recursos humanos mais bem qualificados”.

O professor e engenheiro João Peças Lopes, presidente do júri, também destacou essa necessidade, frisando que a transição energética exige que se continue a trabalhar academicamente para que possam ser criados ainda mais sistemas de produção de energia amiga do ambiente que permita atingir os objetivos propostos.

Este tema tinha sido introduzido mais cedo durante a conferência pela analista chefe da Bloomberg, Tom Rowland-Rees que alertou, na sua apresentação, que aquilo que está a ser feito hoje, nomeadamente nas eólicas, painéis solares e baterias, não chega para aumentar mais o peso das renováveis na produção de eletricidade e no mix energético mundial.

Leia mais sobre o tema da transição energética e conheça todos os premiados do Prémio REN 2019 na edição impressa deste sábado do jornal Expresso

Duas teses de doutoramento e de mestrado sobre uma melhor integração das renováveis nos vários mercados e sistemas energéticos existentes foram as grandes vencedoras do Prémio REN 2019, que foi entregue esta segunda-feira à tarde, numa cerimónia no hotel Ritz, em Lisboa, organizada em parceria com o Expresso.

A melhor tese de doutoramento, um prémio que foi atribuído pela primeira vez este ano, é uma investigação da autoria de Tiago Manuel Pinto, aluno da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Minho (UTAD), que recebeu 30 mil euros.

Este trabalho incidiu na criação de um sistema que permitisse aos agentes poderem tomar melhores decisões sobre quando comprar e vender eletricidade no mercado grossista recorrendo, para esse efeito, à inteligência artificial. Uma investigação que surgiu devido ao impacto que a penetração das renováveis tem neste mercado.

Já a melhor tese de mestrado é da autoria de Nuno Gonçalo Soares, aluno da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que recebeu 25 mil euros pela investigação sobre como compensar as perdas económicas e técnicas das unidades de geração devido à incerteza/intermitência de produção das energias renováveis.

O Prémio REN 2019, que vai já na sua 24ª edição, distinguiu ainda mais quatro trabalhos - segunda e terceira melhores teses de mestrado e mais duas menções honrosas também para teses de mestrado em várias áreas da energia. No total, são agora seis prémios no valor de 75 mil euros.

“Os prémios científicos estimulam a relação com o mercado de trabalho e estimulam o mercado científico”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, no encerramento da cerimónia.

De acordo com o governante, este estímulo torna-se ainda mas relevante no contexto atual de transição energética. “Estes processos estão cada vez mais acelerados e só se conseguem concretizar com recursos humanos mais bem qualificados”.

O professor e engenheiro João Peças Lopes, presidente do júri, também destacou essa necessidade, frisando que a transição energética exige que se continue a trabalhar academicamente para que possam ser criados ainda mais sistemas de produção de energia amiga do ambiente que permita atingir os objetivos propostos.

Este tema tinha sido introduzido mais cedo durante a conferência pela analista chefe da Bloomberg, Tom Rowland-Rees que alertou, na sua apresentação, que aquilo que está a ser feito hoje, nomeadamente nas eólicas, painéis solares e baterias, não chega para aumentar mais o peso das renováveis na produção de eletricidade e no mix energético mundial.

Leia mais sobre o tema da transição energética e conheça todos os premiados do Prémio REN 2019 na edição impressa deste sábado do jornal Expresso

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