(Lena Kramaric)
Virilha contra virilha
reconstruo o meu corpo
colado ao teu. Choro.
Não estás a meu lado.
Virilha contra nádega
asas de salvação efémera
reconstruo o teu corpo
junto ao meu. Choro.
Sem os meus braços
envolvendo-te a cintura,
sem as tuas pernas no meu pescoço,
sem a tua mão moldando-se
ao meu ventre
choro: não estás a meu lado.
Sem a tua boca
no meu peito, a tua língua
no meu sexo, os teus seios
soltos, desenfreados
choro: não estás a meu lado.
Sem as tuas fendas
e lagos sou um pobre animal
desamparado, e choro
sobre o teu ninho nos lençóis
em que não posso derramar
o olhar, o sémen, as palavras
de quando estás a meu lado.
Casimiro de Brito
E há no meu corpo a saudade do teu, virilha contra virilha, da tua mão moldando-se ao meu peito, do derramar das palavras e do sémen de quando estás ao meu lado.
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(Lena Kramaric)
Virilha contra virilha
reconstruo o meu corpo
colado ao teu. Choro.
Não estás a meu lado.
Virilha contra nádega
asas de salvação efémera
reconstruo o teu corpo
junto ao meu. Choro.
Sem os meus braços
envolvendo-te a cintura,
sem as tuas pernas no meu pescoço,
sem a tua mão moldando-se
ao meu ventre
choro: não estás a meu lado.
Sem a tua boca
no meu peito, a tua língua
no meu sexo, os teus seios
soltos, desenfreados
choro: não estás a meu lado.
Sem as tuas fendas
e lagos sou um pobre animal
desamparado, e choro
sobre o teu ninho nos lençóis
em que não posso derramar
o olhar, o sémen, as palavras
de quando estás a meu lado.
Casimiro de Brito
E há no meu corpo a saudade do teu, virilha contra virilha, da tua mão moldando-se ao meu peito, do derramar das palavras e do sémen de quando estás ao meu lado.